Como todos sabemos, em todas as eleições e sem excepções, os políticos prometem tudo e mais alguma coisa, ou seja, mente descaradamente com todos os dentes que têm.
Basta lembrarmo-nos dos dois últimos governos, e falo destes porque são aqueles que provavelmente nos lembramos melhor, aquilo que fizeram depois e aquilo que tinham prometido antes. E o povo na sua boa fé lá vai metendo o boletim de voto naqueles que lhe prometem mais coisas. Só que depois é que são elas.
Acho que tinha um remédio para isto. Vejamos então a receita:
1 - Todos os partidos seriam obrigados a apresentar um plano para uma legislatura como se fossem ganhar as eleições;
2 - Esse plano conteria as principais medidas importantes a tomar durante a legislatura;
3 - Esses planos seriam depositados no Tribunal Constitucional;
4 - O partido ou coligação que ganhasse as eleições teria que cumprir rigorosamente aquilo que estava no plano;
5 - Qualquer fuga ao plano daria como consequência a demissão do governo pelo Presidente da República que marcaria novas eleições.
Quais seriam as consequência de tal remédio:
1 - Os partidos ver-se-iam obrigados a escrever programas eleitorais realistas e que se sentissem capazes de cumprir;
2 - Ao escrever os programas eleitorais, os partidos só lá colocariam aquilo que de verdade conseguiriam cumprir e não fantasiar para enganar os eleitores, pois já sabiam as consequências do seu não cumprimento;
3 - Os votantes votariam naquele programa que lhe fosse mais favorável, sabendo que ao votar num partido, este se chegasse a governar teria que cumprir o que prometeu e não seria enganado como somos todos os anos em que há eleições.
O que é certo é que se prometem mundos e fundos quando à partida já sabem que é impossível cumprir o que prometeram. Toda a vida política seria mais honesta e talvez assim as pessoas acreditassem mais numa classe que já bateu no fundo há muito tempo da credibilidade.
Vamos nessa.
Jacinto César
Blogs de Elvas