Hoje li um artigo muito interessante do Prof. César das Neves e que se intitulava “Todos os políticos vão morrer a 1 de Agosto”.
Sito algumas passagens:
“E se todos os políticos portugueses morressem misteriosamente no início do próximo mês? «Nunca ninguém soube a causa, mas na manhã de 1 de Agosto de 2013 realizou-se o sonho de tantos portugueses: subitamente faleceram todos os políticos nacionais, foi extinta a troika e até Angela Merkel se demitiu”
“… nesta hecatombe morreram igualmente muitos analistas políticos e até directores de informação.”
“De repente a crise acabou», aponta César das Neves ironicamente, frisando que «todos sabem que a classe política, além de ser uma vergonha, é a culpada da situação”
Bem, fiquei a pensar no assunto. Claro que não desejo a morte a ninguém, mas como seria o nosso país livre desta gente toda? Penso que seríamos mais felizes e até passaríamos a consumir mais “comunicação social”. As notícias seriam mais puras, sem mentira e demagogia.
E precisaríamos de quem nos governasse? Obviamente que sim, mas por gente honesta, com moral e ética para nos comandar. Eu não gosto da anarquia, mas quase que prefiro uma ditadura tecnocrática a uma democracia camuflada como a que temos.
Entretanto vou sonhando.
Jacinto César
Muito se tem falado nos últimos dias, a favor e contra, a criação desta nova associação, pelo que me limito a salientar que, num país e numa região tão carente de debate cívico e de intervenção, todas a iniciativas no sentido de fomentar esse debate são bem vindas.
Não podia no entanto deixar de comentar as reacção proveniente do Executivo Camarário, pela voz do seu Presidente, o qual, em vez de se regozijar com o aparecimento desta nova associação pelo que representa de tentativa de dinamizar o debate, e gerar ideias e consensos para o desenvolvimento do Concelho, vem de imediato tentar denegrir, quer a associação em si mesma, quer os elementos que a constituem. Ainda na mesma reacção lança o Sr. Presidente uma ideia que, a tornar-se realidade será no mínimo surpreendente, Sugere que a referida associação se irá apresentar às próximas eleições.
A ser verdade estaríamos perante uma de duas situações, qual delas a mas estranha :
Ou se trata de uma coligação que engloba dois partidos um sindicato, um ex-Presidente da Câmara e até um desiludido do poder, o que convenhamos não é uma coligação muito ortodoxa.
Ou se trata de uma associação cívica supra partidária que surge para se substituir aos partidos políticos, por considerar que estes esgotaram todas as soluções, mas, neste caso, não faz sentido que a mesma integre dois líderes partidários da oposição local.
Não creio que qualquer dos líderes da oposição caísse num erro estratégico tão básico.
O tempo dirá se me enganei
António Venâncio
Quando um aluno chega ao 12º ano, tem atrás de si 12 anos de formação.
Saber isto é suficiente para perceber, que uma melhoria real nos resultados obtido no final do 12º ano, só pode surgir fruto de uma verdadeira reforma nas políticas educativas, que actue sobre todo o percurso escolar do aluno. Este trabalho, é trabalho de uma geração, que se quer consistente e mantido no tempo, e cujos resultados irão sempre surgir progressivamente através de pequenas evoluções.
Quando Sexta-feira s se anunciaram os resultados dos exames de 12º ano, hoje publicados, com grandes melhorias nas classificações relativamente ao ano anterior, (da ordem por exemplo dos 30%
Para a estatística, fica o melhor resultado dos últimos anos nos exames de final do 12º ano.
Para o nível de competências dos alunos, ficou tudo na mesma ou pior, pois dada a alteração do grau de dificuldade das provas, não existe comparabilidade entre estes resultados e os de anos anteriores para que posamos saber qual a realidade da evolução das competências dos nossos alunos.
Para o acesso ao ensino superior, a única diferença será que aqueles cursos onde só se entrava com 18 este ano vá ser necessário ter e provavelmente nem todos os 20 irão entrar, e na base da pirâmide, haverá alguns que não obtinham a classificação mínima de 9,5 para se poderem candidatar, e que irão preencher algumas das vagas que nos últimos anos sobravam
Necessitado como está o País, e diariamente ouvimos afirmações nesse sentido, de aumentar a qualificação, é este um muito mau sinal dado aos nossos jovem, porque induz o sentimento de maior facilidade na obtenção de uma certificação com qualificações/competências mais reduzidas.
Quando no telejornal da RTP a Senhor Ministra da Educação veio defender estes resultados como resultado das suas políticas educativas e do trabalho dos professores, insinuando que apenas agora os professores começaram a preparar os seus alunos, está a mentir descaradamente aos portugueses por duas razões óbvias:
1º Os professores são os mesmos que em anos anteriores, e nunca viveram um ano de tantas angústia e instabilidade, com a consequente falta de serenidade no trabalho diário.
2º Nunca como este ano os professores foram sobrecarregados com o trabalho burocrático, e viram tão reduzida a sua disponibilidade para a preparação das suas aulas, e para a sempre necessária actualização.
A ser verdade, com afirma a Senhora Ministra, que não foram dadas quaisquer instruções por parte do Ministério da Educação, para que o grau de dificuldade das provas fosse reduzido, deveria ser instaurado um inquérito para averiguar de quem é a responsabilidade deste acto, que se traduziu numa anulação, intencional ou não, da comparabilidade de resultados, e na indução de um facilitismo que são decerto prejudiciais ao sistema de ensino, e à melhoria das qualificações que tanto se apregoa.
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