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Quarta-feira, 21 de Novembro de 2007

Por qué no te callas?

Passado que foi uma semana de esta frase ter sido dita e depois de ouvir argumentos pró e contra, deveria sentir-me esclarecido! Mas não. Sinto-me cada vez mais confuso.

A primeira reacção foi colocar-me de imediato a favor “del Rey”. Incondicionalmente! Meditei e digeri os acontecimentos e pensei que afinal o monarca não agiu da melhor maneira. Voltei a pensar, dei de novo as cartas, e aqui estou eu cheio de dúvidas, ou seja, o que aparentemente era muito simples, tornou-se em mim numa grande dúvida.

Vejamos as mesmas palavras ditas noutro contexto. Por exemplo numa sala de aulas. Porventura esta será das frases mais ditas durante uma aula. A frequência será tanto maior quanto menores forem os alunos. Quem é que não perdeu já a cabeça até com os próprios filhos? Presumo que ninguém e acredito que com razão, pois a pequenada tem o condão de por vezes nos dar a volta ao “miolo”. Penso que tudo de acordo. E se o professor disser qualquer “inconveniência” e um aluno o manda calar? Bem, aí temos o caldo entornado!

E aonde quero eu chegar? É que quem manda calar outro, normalmente ou é ou sente-se superior. Pela força da razão ou pela razão da força!

Qualquer relação entre duas pessoas “ditas” educadas e civilizadas pressupõe um respeito mútuo. Mas na realidade as coisas não se processam assim, e há sempre uma a querer dominar a outra seja da forma que for. Pela força física, psicologicamente, economicamente ou outra qualquer. Está mal, mas infelizmente é assim. São as hierarquias!

Voltemos então ao princípio.

É uma verdade indiscutível que o “cowboy” sul-americano não teve a compostura que é exigida a um chefe de estado. A atitude é de alguém sem princípios e mais própria de um guardador de gado (sem ofensas para estes, claro está).

E a atitude do rei? Será que foi a melhor? Ou será uma atitude paternalista duma Espanha poderosa a impor-se a “um filho” rebelde? Será que uma pessoa inteligente (que quero acreditar que o é) pode dizer uma coisa destas a outra? Ou será que quem tem o poder obrigatoriamente tem que ter a razão moral?

Já ouvi muita coisa sobre o assunto, sendo que a grande maioria se colocou a favor do rei espanhol. Os argumentos são habituais. O “homem” é um ditador, um tirano, um déspota e outros adjectivos mais. De acordo! O “homem” não é flor que se cheire.

Mas pergunto eu: e se o interlocutor fosse, não o presidente da Venezuela mas o presidente chinês? Será que a dita frase teria sido proferida? Ou será que o presidente chinês não é um ditador, um tirano, um déspota e coisas piores?

Então em que ficamos? Será que foi dita por uma questão de princípios ou por uma questão de poder? Escolham!

Jacinto César      

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Tasca das amoreiras às 00:26
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Quarta-feira, 7 de Novembro de 2007

Informação ou Contra-Informação?

De há uns tempos a esta parte vejo muito pouco televisão! Vou vendo o meu “joguito de bola”, um ou outro filme já fora de horas e alguns programas de informação. Salvo o Jornal das 9 da SIC-Notícias e o Jornal das 10 da RTP2 que vão passando umas notícias mais ou menos isentas, tudo o resto é lixo (para mim, claro está). Ontem, depois de ter aqui escrito um desabafo sobre a comunicação social inglesa, obrigatoriamente pensei no que se passa por cá e lembrei-me de dois episódios, cada qual a merecer uma crítica e julgamento diferentes.

Episódio 1

Aqui há 3 ou 4 anos atrás, um determinado dia que não recordo, foi notícia de abertura do telejornal da SIC a descida de Portugal no ranking dos países mais ricos do mundo, de 27º para 28º, tendo sido ultrapassado por um outro país qualquer. Se tivesse descido 10 ou 20 lugares teria ficado preocupado. Mas como foi um lugar, não me tirou o sono.

Quis o destino que por um feliz acaso, um ano depois estando a ver as notícias na SIC, o telejornal noticiava a subida de um lugar no ranking atrás referido, ou seja, de 28º para 27º. Se a anterior não me tirou o sono como disse, esta não me deixou eufórico como não podia deixar de ser.

Se já afirmei atrás que nenhuma das duas notícias me perturbou nem pela negativa nem pela positiva, porque as estou eu a contar? Pelo simples facto, que a primeira foi notícia de abertura e a segunda passou naquele rodapé azul que vai passando no ecrã.

Moral da história: somos um país de masoquistas em que só o mau é que é notícia e tudo o resto pouco importa (veja-se o caso do acidente na A-23 em que todas os canais de televisão fizeram edições especiais umas atrás das outras). Jornal que não traga na 1ª página escândalo ou tragédia não vende. Somos assim!

Episódio 2

Aqui há uns quantos anos atrás, estando a ver as notícias (penso ter sido na RTP1), foi afirmado que Portugal era o país da Europa que mais álcool consumia. Devo ter pensado na altura que éramos um país de “borracholas”. Quando os programas de televisão são “impróprios para consumo” faço aquilo que muita gente faz, e a que se dá o nome de “zapping”. Passando de canal em canal, fui parar às notícias da TVE1. Qual não é o meu espanto quando ouvi exactamente a mesma notícia que a RTP1 tinha passado, só que com uma ligeira diferença: aí era referido que o país com maior número de “esponjas” era a Espanha. O que vou dizer de seguida pode parecer anedota, que estou maluco ou que sou um mentiroso compulsivo. Acreditem se quiserem, mas garanto-vos que é a verdade! Continuando no meu “zapping” fui dar de caras com as notícias do canal TG1 italiano. “Porra”, não é que vou ouvir pela 3ª vez a mesma notícia? Ora adivinhem lá qual era o país com maior número de “borrachos”? Ainda não? Então eu digo: a Itália! Só não tive um enfarte porque tenho o coração em “bom estado”.

Moral da história: o povo é manipulado e os órgãos de comunicação são uns manipuladores (A mando de quem? Será que desta vez adivinharam?).

No meio disto tudo, salve-se quem puder! Eu cá já comprei uma bóia para não morrer afogado em tanta m….!

Jacinto César


Tasca das amoreiras às 23:52
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Terça-feira, 4 de Setembro de 2007

A propósito de …. José Saramago

Nós cá em Portugal temos um azar danado com os prémios Nobel!

O primeiro (o Prof. Egas Moniz) propôs-se tratar de “malucos” com um tratamento não menos maluco (lobotomia). Anos mais tarde veio-se verificar que o tratamento ainda deixava os já desgraçados ainda mais desgraçados. Mas enfim, eram outros tempos.

Agora saiu-nos um Saramago. Este não se propõe tratar malucos, mas é ele o próprio maluco que nos quer deixar malucos a todos. Já não bastava os livros intragáveis (para mim que sou um analfabeto nestas coisas) que escreveu e escreve, para agora lhe termos que aturar a vontade de juntar Portugal com a Espanha. O homem deve ter entrado na andropausa e a Pilar Miró deve-lhe estar a exigir demais.

Como é que é possível um comunista ortodoxo como ele é (só Cunhal o batia aos pontos) propor tal solução? Ainda se o homem quisesse refazer a antiga URSS e juntar-nos ao proletariado, ainda entendia. Agora com a Espanha? Bem o Luna deve estar-lhe a rezar pelas barbas.

Oh camaradas do PCP: será que não conseguem manter calado o vosso militante? Se não conseguirem, cá por mim podem-no mandar para um daqueles manicómios que vocês diziam não existir lá para as bandas do leste. Podem também se quiserem perderem-se dele num passeio turístico pela Sibéria. Garanto-vos que prestavam um grande serviço ao país (se calhar seria o primeiro).

Jacinto César    


Tasca das amoreiras às 21:47
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