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Quarta-feira, 22 de Outubro de 2014

E se ...

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Como todos sabemos, em todas as eleições e sem excepções, os políticos prometem tudo e mais alguma coisa, ou seja, mente descaradamente com todos os dentes que têm.

Basta lembrarmo-nos dos dois últimos governos, e falo destes porque são aqueles que provavelmente nos lembramos melhor, aquilo que fizeram depois e aquilo que tinham prometido antes. E o povo na sua boa fé lá vai metendo o boletim de voto naqueles que lhe prometem mais coisas. Só que depois é que são elas.

Acho que tinha um remédio para isto. Vejamos então a receita:

 

1 - Todos os partidos seriam obrigados a apresentar um plano para uma legislatura como se fossem ganhar as eleições;

2 - Esse plano conteria as principais medidas importantes a tomar durante a legislatura;

3 - Esses planos seriam depositados no Tribunal Constitucional;

4 - O partido ou coligação que ganhasse as eleições teria que cumprir rigorosamente aquilo que estava no plano;

5 - Qualquer fuga ao plano daria como consequência a demissão do governo pelo Presidente da República que marcaria novas eleições.

 

Quais seriam as consequência de tal remédio:

1 - Os partidos ver-se-iam obrigados a escrever programas eleitorais realistas e que se sentissem capazes de cumprir;

2 - Ao escrever os programas eleitorais, os partidos só lá colocariam aquilo que de verdade conseguiriam cumprir e não fantasiar para enganar os eleitores, pois já sabiam as consequências do seu não cumprimento;

3 - Os votantes votariam naquele programa que lhe fosse mais favorável, sabendo que ao votar num partido, este se chegasse a governar teria que cumprir o que prometeu e não seria enganado como somos todos os anos em que há eleições.

 

O que é certo é que se prometem mundos e fundos quando à partida já sabem que é impossível cumprir o que prometeram. Toda a vida política seria mais honesta e talvez assim as pessoas acreditassem mais numa classe que já bateu no fundo há muito tempo da credibilidade.  

 

Vamos nessa.

 

Jacinto César


Tasca das amoreiras às 14:30
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Terça-feira, 1 de Outubro de 2013

O Tsunami Socialista

 

 

Aquilo que toda a gente esperava, aconteceu. Foi um autêntico tsunami rosa que varreu o país de norte a sul.

Sempre pensei que o desastre fosse maior, mas o factor pessoal (o peso dos candidatos) atenuou o efeito.

Se por um lado concordo que as Autárquicas devem reflectir o trabalho feito ou não pelos respectivos presidentes, por outro, torna-se difícil na hora de colocar a cruz no boletim de voto que não nos lembremos das “maldades” que este governo nos tem feito a todos.

Que lições vai o primeiro-ministro tirar desta hecatombe não sei, mas que o fará dormir pouco tranquilo, lá isso fará.

Dizia Marcelo rebelo de Sousa no seu comentário dominical: “Passos Coelho é dos piores primeiros-ministros de sempre”. Tenho que concordar com ele.

Em relação aqui à nossa cidade, tudo ficou na mesma, como era de esperar.

Vamos ver o que é que acontece nos próximos capítulos da novela “Governo Passos Coelho”

 

Jacinto César  

 

 

PS - Tenho que fazer uma pequena correcção ao texto: onde se lê “Passos Coelho é dos piores primeiros-ministros de sempre”, deverá ler-se " ... é dos piores Secretários Geral do PSD ...~

As minhas desculpas. 


Tasca das amoreiras às 13:53
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Segunda-feira, 30 de Setembro de 2013

Evolução na continuidade

 

 

 

“Evolução na continuidade”, mas aonde é que já ouvi isto? Ah, já me recordo. Foi o que disse Marcelo Caetano quando substituiu Salazar no poder em 1969.

Depois das eleições de ontem aqui em Elvas, salvo as devidas diferenças, tudo vai ficar na mesma.

Se Marcelo Caetano subiu ao poder pensando que poderia alterar o estado das coisas e produzir lentamente algumas alterações, nunca o conseguiu fazer já que quem estava por detrás nunca o permitiu e deu no que deu.

Aqui em Elvas, Nuno Mocinha terá sempre atrás dele o “fantasma” de Rondão Almeida o que lhe tirará muita margem de manobra. Mas enfim, a política é assim e não há volta a dar-lhe.

No meio disto tudo lamento a não entrada de António Teodora que penso que marcaria a diferença em virtude do seu carácter. Penso que seria uma mais valia para a CME já que acredito que não iria fazer uma oposição destrutiva e constante e que para bem de Elvas colaboraria em tudo o que estivesse ao seu alcance. Os elvenses assim não quiseram. Agora uma palavra para o vencedor.

 

Caro Nuno, antes de mais os meus parabéns pela vitória mais que esperada. Espero sinceramente que tudo te corra bem, mas fundamentalmente mantenhas a tua dignidade.

Espero do fundo do coração que sejas mesmo tu o PRESIDENTE e não te deixes arrastar por manobras de bastidores.

Que sejas feliz e faças felizes os elvenses que confiaram em ti, mesmo aqueles que em ti não votaram.

 

Jacinto César     


Tasca das amoreiras às 13:30
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Segunda-feira, 23 de Setembro de 2013

Porque voto em António Teodora

 

 

 

Sei que estou a faltar à promessa que fiz ao dizer que não voltava a escrever até às eleições, só que lembrei-me de um facto que me levantava problemas morais e assim sendo retomo só por hoje os meus escritos.


Há 4 anos atrás fiz uma série de textos em que explicava porque não votava nos vários candidatos à Presidência da Câmara, sendo que no último apelava ao voto em Rondão Almeida. ( ver http://tascadasamoreiras.blogs.sapo.pt/2009/10/?page=3 )

 

Depois de dois artigos em que manifestei o meu pensamento em relação à retirada definitiva de Rondão Almeida da cena política e da polémica que causaram, vi-me obrigado a manifestar publicamente o meu sentido de voto, para comportamentos diferentes em situações iguais o que seria imoral da minha parte. Assim sendo, vou deixar aqui o meu apoio a António Teodora e explicar o porquê de tal escolha.

 

1 – Votar nos candidatos das CDU ou do BE está fora de causa por uma questão de princípios.

2 – Votar Tiago Abreu era ajudar a criar confusão dentro da Câmara se este fosse eleito vereador. Seria um desastre.

3 – Votarem Nuno Mocinha seria quase a mesma coisa que votar Rondão Almeida. Não que Nuno Mocinha não me ofereça confiança como pessoa, antes pelo contrário, mas ao votar nele, estaria a votar no político Rondão Almeida. Vais-me desculpar Nuno, mas vais ficar com muitos cabelos brancos à custa de tantos problemas que vais ter. Estás condenado a ter um “grilo” sempre no teu ombro a azucrinar-te os neurónios assim como no Pinóquio. Bem, mas sobre isso falaremos daqui a uns tempos.

 

E porque voto António Teodora?

Logo à partida será o único candidato sem aqueles tiques próprios dos políticos profissionais e dos de “capoeira” e como tal sem os vícios que estes têm.

Em segundo lugar, porque como militar que é, possui uns quantos atributos que a mim me são muito caros, como sendo a dignidade, a lealdade, o sentido do dever e a honra.

Em terceiro lugar, conhecendo-o, é uma pessoa honesta, que nunca se irá vender aos políticos e pensará sempre em primeiro lugar na comunidade antes de pensar nele próprio (ao contrário dos políticos).

Em quarto lugar porque é o único que apresenta um programa de actuação com cabeça, tronco e membros, com propostas simples e exequíveis e pondo o “cimento” de parte.

Em quinto lugar, porque acredito nele e acho que seria um presidente diferente de todos os outros a que estamos habituados a ver por esse país fora.

Tem um único senão e que é o partido que o apoia. Todos sabemos quanto o PSD está queimado por obra e graça do (des)governo que temos e do qual todos estamos a ser vítimas incluindo o próprio candidato.

Só que neste caso os partidos não podem e não devem contar, mas sim as pessoas, bastando lembrar-nos que Rondão Almeida venceu as últimas eleições com Sócrates no governo a cometer as asneiras que estava a cometer.

Assim sendo, aqui ficam as minhas razões para votar em António Teodora, já que acredito que seria um bom presidente, e mesmo que lá não chegue, acredito que como vereador será uma mais valia para a Câmara Municipal de Elvas.

Que os elvenses entendam aquilo que acabei de dizer.

Que tenha boa sorte.

 

Jacinto César


Tasca das amoreiras às 15:57
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Quinta-feira, 19 de Setembro de 2013

Eu voto! E tu?

 
 
Não votar é o mesmo que não querer saber.
O teu voto conta, mesmo que seja em branco.

 


Tasca das amoreiras às 13:04
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Terça-feira, 17 de Setembro de 2013

Carta aberta ao Comendador

(Foto - Linas de Elvas)

 

Caro Comendador


Esta é a última vez que lhe escrevo já que até às eleições vou deixar de escrever porque estou farto de ser acusado de eu ter como princípio o “bota abaixo”.

Como o senhor ultimamente se refere muito ao Senhor Jesus da Piedade (não o fazia tão católico), permita-me que lhe recorde uma frase de Santo Agostinho: “Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me bajulam, porque me corrompem”. E porque é que escolhi esta frase: por várias razões entre as quais o senhor ser um demagogo de primeira escolha e valer-se das desgraças alheias para fazer campanha eleitoral.

Costuma-se dizer “faz o bem e não olhes a quem” coisa que para si não conta. O senhor refere-se às grávidas, aos bebés, aos jovens e principalmente à 3ª idade como fossem uns desgraçadinhos que sem o senhor estariam na miséria. Por acaso o senhor acredita que qualquer outro que estivesse no seu lugar não faria o mesmo? Que seria tão insensível que não auxiliasse os mais necessitados? Mas não, tem que frisar bem a quem dá, para que se sintam envergonhados da sua condição e se sintam quase obrigados a votar no seu candidato.

Ontem como teve a amabilidade de me convidar para a inauguração do Ginásio Sénior, e sendo eu uma pessoa com educação, compareci à cerimónia.

Sabe? Senti-me envergonhado com as palavras que proferiu. Logo à partida ao considerar que a inauguração (e as outras) nada tem a ver com a campanha eleitoral, mas sim à aproximação das festas do seu querido Santo. Mas o que é que o senhor quer dizer com isso? Chamar tontos à população da sua cidade, quando todos sabem que isso não corresponde à realidade? Depois ao enumerar “os desgraçadinhos” que se não fosse a intervenção de V. Exª. andariam por aí a pedir esmolas. Será que o senhor não cumpriu a sua obrigação ao apoiar socialmente estes “desgraçadinhos”? O senhor não ajuda as pessoas desinteressadamente, o senhor compra pessoas em troca de votos e a populaça vai na conversa. Senhor Comendador, não dê às pessoas o peixe. Dê-lhes antes uma cana de pesca e ensine-os a pescar.

Não lhe retiro de modo algum o mérito das muitas coisas boas que aconteceram em Elvas nestes últimos anos, mas por outro lado estou farto de o ouvir a auto elogiar-se. Estou farto eu e muitos que vão calando esse “fartão” de uma verborreia já caduca. Imagino o que é que o senhor diria se estivesse na oposição e tivesse um presidente de câmara igual ao senhor.

Para finalizar estou tentado a retirar uma proposta que fiz quando lhe escrevi a última vez e propor que alguém lhe lave os pés e o coloque num altar para ser venerado como um Santo.

 

Os meus respeitosos cumprimentos

 

Jacinto César


Tasca das amoreiras às 14:38
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Quinta-feira, 12 de Setembro de 2013

Inqualificável!

 

Carta aberta a João Alves e Almeida

 

Caro João

 

Foi através do seu próprio jornal que fui informado que a partir do último número publicado deixaria de dar notícias sobre a campanha eleitoral para as Eleições Autárquicas em Elvas. Para dizer a verdade, fiquei pasmado e é algo que não me passaria pela cabeça que fizesse. É uma atitude inqualificável para um jornal que se diz independente e de informação local e regional. Pode apresentar os argumentos que bem entender, mas não consigo compreender. Pergunto-lhe então: para que serve o jornal? Qual o respeito que os seus leitores lhe merecem, principalmente aqueles que vivem fora de Elvas e os nossos emigrantes? O que é que o Senhor seu pai faria numa situação desta? Isto não seria certamente, porque como o conheci tenho a certeza que jamais o faria.

Eu sei a razão pela qual tomou tal decisão. Sei que não é bonito “morder a mão de quem nos dá o pão”, mas aqui seria um caso em que todos estariam em pé de igualdade e todos teriam o mesmo tratamento.

A minha primeira reacção foi a de como assinante deixar de o ser. Mas depois o bom senso disse-me que se calhar estava a contribuir para acabar com o único jornal da nossa terra. E isso não quero que aconteça em respeito para todos os elvenses que vivendo fora da sua terra têm no jornal o único elo de ligação à sua terra. No entanto reafirmo a minha indignação perante tão inqualificável tomada de decisão.

Triste figura para um jornal que casualmente nasceu no mesmo ano e mês que eu.

 

Os meus respeitosos cumprimentos

 

Jacinto César

 

 


Tasca das amoreiras às 16:30
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Quarta-feira, 11 de Setembro de 2013

O medo, o medo …

 

 

 

Caros conterrâneos

 

The horror, the horror… são as últimas palavras proferidas pelo Coronel Kurtz no filme Apocalipse Now. Para quem se recorda do filme o dito coronel era o comandante de um grupo sem lei que actuava no interior do Vietnam. Valia tudo. A sua palavra era uma ordem.

Aqui em Elvas, salvo as devidas diferenças (muitas, graças a Deus), as palavras mais utilizadas são “ O MEDO”.

Mas medo porquê? Nem estamos em estado de guerra nem numa ditadura (julgo eu). É por isso que não entendo o medo que por aí há de falar livremente e em voz alta como o medo que alguém possa ouvir o que estamos a dizer.

Eu falo ALTO E COM BOM SOM e digo aquilo que penso sem medo que alguém me leve a mal. Quero lá saber que A ou B não gostem. Eu sou LIVRE. Ninguém me compra e eu não estou à venda. Podem-me chamar comunista, fascista, socialista ou outra coisa qualquer, mas estou-me nas tintas para isso porque não estou ao serviço de ninguém. Dito isto, avancemos (sem medos, como dizia o outro).

As eleições que se aproximam têm mais a ver com as pessoas do que os partidos que as apoiam. O caso mais paradigmático sou eu próprio que nunca tendo sido socialista votei Rondão Almeida nas últimas duas eleições e disso não me arrependo. No entanto esta minha independência também me permite dizer: BASTA! CHEGA!

Num concelho em que uma percentagem enorme de pessoas resolve não se dignar votar, o que é que se pode fazer? Um apelo a que votem. Não interessa se votam em A, B ou C, mas votem porque é ainda a única arma que os cidadãos têm em manifestar a sua vontade.

“Para quê votar se a gente já sabe quem vai ganhar?” é uma das frases que mais oiço.

“ Para quê votar se são todos a mesma “cambada” e o que querem é tacho?” Dizem outros.

Pois é, é por esta e por outras que as coisas estão como estão.

Quero agora aqui esclarecer uma coisa de que muitas vezes sou acusado e que é o facto de me fartar de dizer mal do actual presidente da câmara. Gostava que me apresentassem provas de tal (tenho escrito aqui neste blog cerca de 1800 textos). Mostrem-me um onde o faça. Discordei de muitas coisas que fez? Sim, é verdade. Mas será que por discordar disto ou daquilo é estar contra? Ou será que estamos no tempo da outra senhora em que “ ou és por mim ou contra mim”? E quantas vezes concordei com aquilo que ele fez e aqui o manifestei? Bem, essas não contam, não é verdade?

Mas depois de 20 anos penso que já chega. Que dê lugar a outros e que permita mostrarem o que valem. Estou farto de ver a sua cara e o seu nome em tudo o que é sítio. Já aborrece. E o que ainda mais me incomoda é a sua crescente prepotência, sendo uma demonstração do que digo o episódio passadoem Vila Boimno último Domingo. “Agora meto as chaves no bolso e não as vão ver nos próximos 6 meses!” Mas isto é o quê senão uma manifestação pura do eu quero, posso e mando?

Caros conterrâneos, volto a pedir-vos: votem em quem quiserem, mas votem porque depois não se podem queixar e nem tão pouco têm moral para falar.

Caros conterrâneos, percam o medo e digam o que pensam. Ninguém os vai prender por isso.

Caros conterrâneos: VOTEM!

 

Jacinto César


Tasca das amoreiras às 21:49
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Segunda-feira, 9 de Setembro de 2013

O meu entendimento sobre uma Câmara Municipal

 

Já morreu aqui há uns anos atrás um senhor que foi toda a sua vida empregado de mesa e que era reconhecido por todos como um óptimo profissional e uma excelente pessoa. Toda a sua vida trabalhou, aturou as telhas de cada um e sempre mantinha a sua amabilidade. Cumpriu com o seu dever de bom profissional.

Tive a felicidade de conhecer outro homem bom da nossa cidade e que era médico. Acorria sempre onde era necessário e sempre de boa cara para com os pacientes. Cumpriu com o seu dever de bom profissional.

Pergunto agora eu: quantos bons profissionais existiram na nossa cidade e continuam a existir em todos os ramos de actividade? Muitos, muitíssimos. (também há os maus). E agora outra pergunta: não era para serem bons profissionais que lhes pagavam? Era e como tal não fizeram mais que a sua obrigação. Penso que estamos todos de acordo com o que disse até agora.

Quando nos referimos aos elementos (políticos) de uma câmara que foram eleitos por todos nós, de que é que estamos à espera? Que cumpram o seu dever, pois é para isso que todos nós lhes pagamos. Ou não será assim?

Eu quando voto para as autarquias locais esqueço por completo o partido que representa e limito-me a escolher aquele que em princípio me dá mais garantias de defender os interesses da cidade e dos seus cidadãos. Sempre assim o fiz e continuarei a fazer. Cabe agora fazer aqui outra pergunta: um presidente que cumpriu bem as suas funções, fez ou não fez o seu dever? Fez!  Então porquê tantas homenagens a um homem que cumpriu bem as suas funções, tal como outros noutras actividades, e que nunca receberam o reconhecimento público que mereceriam também pela mesma ordem de ideias?

Tenho noção que aquilo que escrevi ontem bateu fundo no actual presidente, mas não disse nada que uma boa parte da população pense também. Eu ouço as pessoas na rua e sei o que muitas delas pensam, mas que por motivos diversos preferem manter-se em silêncio. Entre ontem e hoje perdi o conto ao número de pessoas que se me dirigiram pessoalmente ou que me telefonaram a manifestar o seu acordo com o que disse.

Os partidos políticos têm que perceber que não são clubes de futebol em que os seus adeptos e simpatizantes nascem, vivem e morrem sem mudar de cores.

Os eleitos pelos cidadãos, foram eleitos para SERVIREM e não para se servirem dos cargos que ocupam, coisa muito frequente na nossa sociedade. É o favor que se faz, é o lugar para o primo, para o tio, para o filho, para o amigo, etc, etc. Estes, claro, não querem que haja mudanças com medo de perder o que adquiriram. O MEDO da mudança.

Todos se lembram do episódio que a história nos conta. Refiro-me a D. Pedro e D. Inês. Segundo se consta, esta última foi assassinada antes de ser proclamada rainha. D. Pedro com o mau feitio que tinha, colocou a princesa morta no trono e coroou-a rainha de Portugal e obrigou a nobreza a beijar-lhe a mão. Penso que com o actual presidente se vai passar o mesmo (desejo-lhe muitos anos de vida)

Mais uma vez e para terminar lhe digo Senhor Presidente da CME: vá-se embora que o seu tempo acabou e deixe que lhe suceda trabalhar em paz.

 

Jacinto César 


Tasca das amoreiras às 16:30
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Domingo, 8 de Setembro de 2013

Senhor Comendador vá-se embora!

 

Senhor Comendador

 

O senhor sendo mais velho do que eu, lembra-se perfeitamente que cada vez que a família ia a Lisboa era quase inevitável fazer-se uma visita ao Parque Mayer para ver uma revista. Deve-se recordar também das várias rábulas que se faziam a Salazar sem nunca se falar nele. Ele era S. António, ou simplesmente o António, o António das botas ou simplesmente o Botas e mais uns quantos. Todos nós entendíamos a quem os actores se queriam referir. Conta-se também nessa época que Salazar tinha alguns amigos, mais ou menos modestos que ouviam na rua o que dele se dizia e as anedotas que dele se contavam.

Perguntar-me-á o que é que tem a ver com isto que acabei de contar? Muito.

O senhor fecha-se lá no seu gabinete, e por muito que lhe contem o que se passa na cidade, há muita coisa que não lhe contam. Principalmente o que dizem de si e que ninguém ousa dizer-lhe. Mas eu digo-lho.

Aqui há uns tempos atrás escrevi aqui um texto em que lhe dizia que parasse a sua actividade política por aqui e que se reformasse. Que fosse para casa descansar e tomar conta dos netos. Pelos vistos tais conselhos caíram-lhe muito mal, pois julgo saber que durante a presente campanha eleitoral já se referiu ao assunto mais que uma vez. Mas eu volto à carga.

O senhor esteve na câmara 20 anos e fez muita coisa. Umas bem, outras menos bem e outras mal. Mas fez e trabalhou muito naquilo em que acreditava. Mas acho que chegou o momento de sair. Durante estes anos teve tempo mais que suficiente para preparar os delfins que possivelmente lhe iriam suceder. Escolheu o Dr. Nuno Mocinha. Pois bem, foi o senhor que o escolheu. Assim sendo deixe-oem paz. Porque cargas de água tem que continuar lá metido? Para fiscalizar? Para influenciar? Para continuar a mandar? Qual é no fim o seu objectivo?

Perpetuar o PODER. Já não consegue viver sem ele.

O senhor já reparou o ridículo que é a lista que mandou publicar com os apoiantes da candidatura? 4.500 nomes distribuídos ao longo das páginas, mas dispostos estrategicamente. Primeiro as figuras gradas, mesmo que não sejam eleitores em Elvas, depois os funcionários da câmara distribuídos uniformemente ao logo do livro para não dar muito nas vistas, depois o regimento de reformados a quem lhes dá algumas benesses e ajudas (acredita que se outro fosse o presidente, não teria feito o mesmo em relação a estes últimos?) e finalmente um batalhão de jovens que estão a estagiar na câmara ou com esperança de que tal aconteça no futuro. Ridículo Senhor Presidente, para já não falar naqueles que lá constam que se viram “obrigados” a assinar por vários motivos e que nunca saberemos se irão ou não votar a sua candidatura.

Já aqui uma vez também lho disse e agora repito: foi a maior asneira que o senhor fez ao recandidatar-se de uma forma pouco convencional. A sua estratégia não vai resultar porque a câmara vai implodir e jamais um mandato destes vai chegar ao fim.

Imagine uma situação em que sobre um assunto qualquer, o senhor e o futuro presidente estão em desacordo. Em quem é que os outros vereadores vão votar? No presidente? Não, em si com uma fidelidade canina. E qual será o papel então do presidente? Se tiver dignidade bate com a porta. Se a não tiver aguenta-o.

Senhor Comendador, ainda está a tempo de se retirar. Pode continuar a apoiar os seus delfins, mas retire-se das listas.

O senhor já é nome de rua, de avenida, de beco, de pavilhão, de parque de automóveis, já é comendador e o mais provável é que um dia lhe coloquem por aí uma estátua. Se se for embora fica aqui a promessa de que faço uma petição pública para que a Chochinhas mudem de nome para Rondónia. Que tal, ter o nome do lugar onde mora com o seu nome? A não ser que tenha pretensões a ser canonizado depois de morrer. Bem, isso já não lhe posso prometer por tal não depende de mim nem dos cidadãos de Elvas e diga-se em abono da verdade que Santo Rondão não soa lá assim muito bem.

 

Tenha uma boa semana e pense no assunto.

 

Jacinto César


Tasca das amoreiras às 18:35
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