Estou triste. Muito triste e confesso que depois de ler o artigo no Linhas de Elvas escrito pelo meu amigo José Almeida, me vieram as lágrimas aos olhos. Bolas, não é vergonha nenhuma um homem chorar.
Nunca imaginei que o actual Presidente da Câmara e o seu xerife, o estalinista, leninista, marxista, comunista e todos os adjectivos vermelhos terminados em "ista" o senhor João Vintém andassem a fazer tanto mal ao meu amigo. Confesso que foi com surpresa que li aquela carta comovente.
Logo ao meu amigo José, que tanto bem fez às pessoas, mesmo aquelas de quem ele não gostava e que até é Comendador (e agora também Comentador). Não há direito de se fazer uma coisa destas a um homem, e principalmente mandarem-no para casa com um saco de plástico na mão cheio de nada. Não está certo. Eu que o diga. O meu caso é paradigmático. Antes de sermos amigos, o José não me podia ver. Mas mesmo assim convidou-me para ser professor da sua Universidade Sénior. A propósito disto, tenho que confessar que não foi por influência dele que me sanearam da referida Universidade. Fui eu que me demiti. É verdade. Como achava que não era competente para o lugar que ocupava, demiti-me e depois atirei com as culpas para cima dele. Amigo José: perdoa-me esta facada nas costas que te dei. Mas sabes? Nessa altura andava ressabiado contigo por não me teres oferecido um lugar na tua lista e assim resolvi vingar-me. Mais uma vez te peço desculpas. Amigos como sempre.
Mas voltando ao assunto, não está certo o que a malandragem está a fazer contigo. E os prejuízos económicos que te estão a causar? Mas quanto a isso está descansado que nunca irás passar necessidades, nem que para isso eu faça um peditório público a teu favor. Como é que eles querem que tu pagues as contas da manutenção do teu carrinho? Querem por acaso que deixes morrer à fome os teus animaizinhos de estimação? Fica descansado que não te deixarei cair na miséria.
Além disso já te propus que nos filiássemos no PURP e constituíssemos uma lista para as próximas eleições. Claro que contigo à cabeça. E desde já te digo que a primeira medida que tomaremos é pormos o xerife no olho da rua, já que estou certo que teremos uma maioria absolutíssima.
Descansa que tudo vai voltar à normalidade. Recebe um grande abraço de este teu amigo que muito te estima.
Jacinto César
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