O que vou a dizer a seguir parece que nada tem a ver com o assunto, mas tem.
Os Blogs do Sapo têm uma particularidade muito interessante, principalmente para o administrador do mesmo. Dá-nos uma série de informações muito úteis para quem escreve, ao ponto de se saber quantas pessoas estão a ler o blog em tempo real, quais os posts que no dia anteriormente foram lidos e até a proveniência de onde vem a ligação (o Facebook é a maior fonte de ligações).
Ontem o texto que escrevi foi lido por cerca de 200 pessoas até à meia-noite.
Pois bem, de todas as pessoas que o leram, somente uma teve a dignidade de manifestar a sua opinião, mesmo que tenha sido conta a minha e que foi a da Drª Maria Luísa Cidrais.
Costuma-se dizer que da discussão nasce a luz. Pois esta, foi muito fraquinha. E a onde quero eu chegar? E as outras pessoas, quer concordem, quer discordem daquilo que escrevi não têm opinião formada sobre os assuntos? Ou será que se estão nas “tintas” para tudo, mesmo que essas coisas nos digam respeito? Ou será que estão sempre à espera que uma qualquer cabeça pensante decida por nós?
Se nos dermos ao trabalho de analisar os conteúdos do FaceBook, chegamos à triste conclusão que a grande maioria das pessoas só se dá ao trabalho de comentar as notícias dos “Big Brother’s”, do futebol e de futilidades.
Triste sociedade esta que se demitiu de opinar sobre assuntos que podem ser importantes.
Falando com um amigo meu sobre o referendo que aí vem sobre a adopção de crianças por casais homossexuais, chegámos a conclusão que vai ser um fracasso, já que só os “extremistas” do sim o do não irão votar. O resto da população e que será a maioria nem se dignará a ir votar.
Antes do 25 de Abril, as pessoas não falavam com o argumento que não tinham liberdade de o fazer. De há 40 anos para cá que têm essa liberdade, não o fazem! Porque será?
Bom fim-de-semana para TODOS
Jacinto César
Sou o melhor gajo de Elvas a escrever e não venho aqui há algum tempo porque tenho estado bastante ocupado. Uma pessoa abraça grandes desafios e depois os nossos leitores antigos ficam esquecidos. O New York Times exige-me um comentário geopolítico diário que já pareço o Nuno Rogeiro a falar do Canal do Panamá e da crise na Ucrânia. Resolvi escrever já que nestes dias sonhei com Elvas. Para além das maravilhas das muralhas únicas e classificadas pela Unesco, um aqueduto de criar agua na boca e uns fortes de até os senhores Hollywood gostavam de ter incluído no último filme do Hobbit, passei por um grande pesadelo.
Afinal, Elvas mais parecia o Entroncamento dos fenómenos da política portuguesa. Carros das Tv’s estacionados no centro da cidade, rádios com reportagens em direto, rios de tinta nos jornais. Um sonho super esquisito. Tínhamos não um, mas dois presidentes. Parecia o Kremlin, Puttin presidente e Medvedev primeiro-ministro, acaba a valsa russa e mudam novamente de cadeira. Em Elvas, tínhamos até dois palácios. Um carteiro que fica baralhado quando chega à Praça de República e lê “destinatário: presidente”. Não sabe se vai para os velhos Passos do Concelho se para os novos. O carteiro baralhado deixou as cartas no quiosque do tabuleiro e disse ao empregado “desenrasquem-se que eu ná percebo russo”. Felizmente que acordei e era só um pesadeloBlogs de Elvas