Caro Nuno Mocinha
Não era espectável que nós fossemos apanhados, mas alguma coisa correu mal e alguém deu com a língua nos dentes. Não quero acreditar que o Tiago Abreu, o João Vintém ou a Isabel Russo tivessem contado a alguém os nossos projectos. Mas alguém nos viu juntos no sítio do costume e foi “bufar” ao Zé.
Olha, só tenho que te pedir desculpa por a coisa ter dado para o torto, mas agora aguenta-te à bronca que eu vou sacudir a água do capote. Fui já a correr a marcar férias para a semana para não me ver ainda mais enterrado no assunto do que aquilo que já estou. Lamento por ti e pelo tacho que me tinhas prometido, mas fiquei amedrontado e vou dar à sola.
Mas no meio disto tudo, desconfio que os nossos telefones estavam sob escuta. Alguém nos traiu. Paciência. E nós já a vermos o Zé a cavar na machamba das Chochinhas cada vez que fossemos beber uns copos a Badajoz com os nossos aliados do outro lado da fronteira.
Mais uma vez peço desculpa pelo acontecimento, mas é a vida. Aguenta-te e desculpa se passar por ti na rua e fingir que não te vi. Tenho que manter as aparências.
Tchau!
Jacinto César
Blogs de Elvas