Há por aí a circular um filme relativamente antigo que tinha por título “Calma de morte” cujo argumento era tão-somente um casal que viajava num veleiro em mar alto num mar tranquilo. Aparentemente tranquilo até aparecer uma terceira personagem que veio perverter completamente a tranquilidade até aí vivida.
E perguntar-me-ão: mas aonde queres tu chegar com isto?
Isto faz-me lembrar a aparente tranquilidade existente na vida quotidiana na nossa autarquia, mas que não corresponde minimamente à verdade. É um barril de pólvora à espera que alguém com coragem ponha fogo no rastilho. E nesse dia o estrondo vai ser tão grande e os estragos tamanhos que depois vai ser difícil consertar.
Mas algo está a mudar. Já se vai ouvindo aqui e ali vozes a discordar com o “status”. As pessoas começam a ter coragem de falar alto e a apontar e dizer que o “Rei vai nu”.
E porque tudo isto? Porque há por lá um senhor que dantes “queria, podia e mandava” e continua a “querer, poder e mandar” mesmo que o estatuto que tem não seja compatível com o poder que tem. Estou a referir-me ao Senhor Vereador José Almeida, eleito para a autarquia em 3º lugar, mas que continua a ficar todo satisfeito quando lhe chamam “presidente”.
Se antes já era aquilo que todos nós sabíamos, a partir do momento em que lhe foi atribuída uma comenda (não nos esqueçamos que é um título honorífico tal como o de Doutor Honoris Causa a que não corresponde em nada ao título académico de Doutor) então é que ficou inchado.
Aparece em todo o lado. Está em todas as cerimónias. Aparece nos meios de comunicação social a toda a hora. Como é?
Tem um gabinete não compatível com o seu lugar na Câmara (penso que os outros vereadores não têm essas regalias). Tem um carro da câmara como nenhum outro vereador tem. Tem “uma tonelada” de pelouros que não são compatíveis com o seu estatuto de vereador a meio tempo. Como é?
Sei que o referido senhor me tem um “ódio de morte”, mas olhem bem para a minha cara de preocupado.
Isto tem de acabar. Não sei como, mas tem que acabar. Vejo-lhe a cara em todos os sítios e penso que até já sonho com ele.
Senhor Vereador José Almeida: demita-se e vá gozar a vida que lhe resta, e espero que sejam ainda muitos anos, juntamente com os seus filhos e netos.
Oh homem, deixe-nos em paz antes de armar uma guerra cujas consequências ninguém sabe quais serão.
Jacinto César
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