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Segunda-feira, 10 de Agosto de 2015

Forte da Graça - 8

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Um Olhar Actual sobre a “Transformação” do Conde de Lippe – Parte 1

Miguel Freire
Major do Exército. Professor de Estratégia no Instituto de Estudos Superiores Militares

Resumo
O presente artigo tem por objectivo responder à questão central: numa perspectiva actual, quais os ensinamentos que se poderão tirar da reorganização conduzida pelo Conde Schaumburg--Lippe durante o período de 1762 a 1777?
A resposta à questão central coloca-se, naturalmente, nos aspectos identificados como responsáveis pelo insucesso da transformação. Assim, os ensinamentos que se podem tirar são:
– A transformação das forças armadas só poderá ser levada a efeito com sucesso sob um
alto patrocínio do poder político. Este tem de compreender a necessidade de mudança,
disponibilizar recursos e acima de tudo acompanhar o processo, salvaguardando as necessárias condições estruturais das forças armadas facilitadoras para a transformação;
– A transformação das forças armadas tem de ser sentida e levada a cabo por toda a hierarquia da organização nomeadamente na sua estrutura superior. Desta deve esperar-se não só a capacidade de percepção das fontes para a mudança, a concepção da sua operacionalização com a consequente implementação em todas as componentes, mas, principalmente, a capacidade de liderar e motivar a hierarquia para esse empreendimento.


Tasca das amoreiras às 14:10
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Forte da Graça - 7

 

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OS UNIFORMES DO CONDE LIPPE 1764 – 1806

Foi no início de 1764, que o Conde Lippe (Frederico Guilherme Ernesto, Conde Reinante de Schaumbourg Lippe, Marechal General dos Exércitos de Portugal e Field-Marshal dos Exércitos da Grã-Bretanha), executou uma das suas obras mais importantes, no que diz respeito aos uniformes do Exército. Trata-se da primeira regulamentação sobre fardamentos e que iria durar, com poucas alterações, até ao ano de 1806. Por força do Alvará de 24 de Março de 1764, Lippe regulamentou, finalmente, o uso dos uniformes para o Exército e Marinha, dando-lhes um aspecto igual, por Armas (infantaria, cavalaria, etc.) ou seja o mesmo feitio, sendo os regimentos distinguidos uns dos outros pelas cores das golas, bandas, canhões das mangas, forros, calções e vestias. O Exército do Reino fardaria todo de azul ferrete com excepção para os tambores e pífaros. A Marinha de verde.
No Alvará de 24 de Março de 1764 pode destacar-se, a esse respeito, o seguinte:
CHAPÉUS
"Enquanto eu não tomar resolução sobre a dúvida de ser mais conveniente às minhas tropas o uso de cascos ou barretes, mando, que dos sobreditos três armazéns gerais se forneça a cada, um chapéu cada ano com um topo negro e com cordões que cruzem por fora a copa do chapéu, debaixo de um botão de metal. O botão que ordinariamente se coloca no lado esquerdo da aba do chapéu, será também de metal e o forro de pano de linho de cor preta."(…)
CASACAS, CALÇÕES E VÉSTIAS
"Para as casacas e calções de setecentas e setenta e duas praças dos soldados e oficiais inferiores de cada regimento de infantaria se entregarão a seus devido tempo, dois mil e oitocentos côvados e uma terça de pano azul, à razão de três côvados e duas terças para cada. Para as véstias se entregarão mil cento e cinquenta côvados de pano, à razão de côvado e meio para cada um. Para as divisas, se entregarão duzentos e cinquenta e sete côvados e uma terça, à razão de uma terça para cada farda. Para as dezassete casacas e calções do tambor-mor, tambor e pífaros se entregarão sessenta e oito côvados de pano, à razão de quatro côvados para cada um. E para as véstias se entregarão vinte e cinco côvados e meio de pano, à razão de côvado e meio para cada um."(…)
"Para os forros de setecentas e oitenta e nove casacas, se entregarão três mil quinhentos e cinquenta côvados e meio de serafina, à razão de quatro côvados e meio por cada farda. E para forros das véstias e calções se entregarão dois mil setecentas e uma varas e meia de estopa ou aniagem, à razão de três varas e meia para cada farda."(…)
"Ao mesmo tempo que se entregarem os referidos géneros, serão os mesmos providos de dois calções brancos cada, entregando-se ao comandante duas mil trezentas e sessenta e sete varas dos ditos panos brancos, à razão de uma vara e meia para cada calção."(…)
BOTÕES
"Os botões, que devem ser fornecidos para os sobreditos uniformes, não serão de casquinha, nem de estanho, mas sim de metal duro, chatos e fundidos de modo que os pés deles sejam sempre seguros, formando um anel, pelo qual se possa passar, sem impedimento, um cordão, que os segure a todos juntamente para que possam durar, não só os dois anos que tem por termo o grande fardamento, mas até mudarem de um uniforme vencido para o outro que se seguir, se necessário. Por cada casaca distribuem-se três dúzias de botões, para as véstias e calções duas dúzias."(…)
GRAVATAS
"De linho, sendo umas tintas preto e outras de encarnado, que sejam largas com um dedo de dobra para a parte de dentro, de modo que nelas se possa meter um forro de papelão."(…)


CAMISAS
"De linho"(…)
MEIAS
" De fio dobrado de linho."(…)
POLAINAS
" De brim tintas de negro e a cada par corresponde o fornecimento de duas dúzias de botões de metal, fundidos e passados pelos anéis com cordões de linho."(…)
SAPATOS
"Enquanto eu não resolver do mesmo modo a outra dúvida que é saber se é mais útil ou não ao meu serviço e mais cómodo para os soldados o uso de botinas, ordeno que no principio de cada semestre se forneça, um par de sapatos para cada um e que no fim dos três meses se forneça um par de solas com os seus competentes tacões, sendo isto tudo cortado por bitolas certas."(…)
PENTES
" De matéria que vulgarmente se chama tartaruga do Alentejo, o qual sirva, de uma parte para limpar a cabeça e da outra para concertar o cabelo."(…)
FITA PARA ATAR O CABELO"
Negra de lã, com dois dedos de largura e seis varas de comprimento"(…)
O texto acima publicado é um resumo de onde se retirou o essencial sobre os uniformes em questão. Ao analisarmos os uniformes de 1764 e que foram utilizados até 1806, facilmente se poderá depreender que no espaço de 42 anos houve certamente modificações e tal facto é simples de se poder comprovar, desde que se tenha em atenção o facto de a moda civil ter uma grande influencia na evolução do traje militar; por isso é necessário ter sempre em conta esse domínio. Quando se examina um traje militar de um determinado período ou ano, pode-se constatar que a diferença entre um e outro é mais semelhante do que se pode pensar à primeira vista.
Se tivermos em atenção este facto e a época que estamos a tratar, 1764/1806, temos que verificar quais as alterações mais significativas que houve no trajo civil; para se poder compreender determinado uniforme militar não o basta estudar, tem que se conhecer paralelamente a evolução do traje civil e por vezes o regional. Já Silva Lopes, no seu trabalho Contribuição para o Estudo dos Uniformes Militares Portugueses desde 1664 até 1806, afirmava: "Alterações diversas sofreram os uniformes de 1764 (…) essas alterações teriam resultado mais da moda que de determinações oficiais (…) os chapéus foram mudando de feitio, o corte das casacas foi sofrendo pouco a pouco modificações, os calções transformaram-se em calças."(…) "Quero crer que desde 1801 em diante, tais alterações se acentuaram, mas pouco posso dizer sobre o assunto."(…) e termina afirmando que: "as mais importantes dessas alterações consistiram na união das bandas da casaca e na elevação das golas (…) até 1806 subsistiram as fardas assim modificadas."(…)
Concordo, plenamente, no que Silva Lopes afirma, e basta verificar no período, entre as datas em questão, se passou por várias influências: francesa (antigo regímen), inglesa, novamente francesa (revolução) e novamente inglesa. Os nossos uniformes tinham, como base essencial, influência prussiana (devido, certamente, à acção do Conde Lippe) apesar de ele ter vindo da Grã-bretanha, onde militava.
Se tivermos em consideração que no Alvará vem expresso que: "repartindo-se pelos artífices das terras onde os regimentos tiverem os seus quartéis as ditas fardas ( a sua confecção), de modo que o lucro feitio delas se estenda ao maior número dos ditos obreiros, que for possível"(…), para tal deveriam igualmente servir-se "dos alfaiates que forem mais vizinhos (das respectivas unidades) e hábeis."(…). Estas considerações levam-me a deduzir que, certamente, os uniformes seriam iguais no mesmo regimento e "semelhantes" de uma unidade para as outras, em virtude de que, haveria diferenças, possivelmente de pormenor, de artífice para artificie e de terra para terra onde os respectivos regimentos estavam instalados. Os alfaiates não eram militares, trabalhavam para os seus clientes civis (pobres ou abastados) e pontualmente teriam a "sorte" de confeccionar os fardamentos da unidade da sua terra, conselho ou distrito. Como seria absolutamente natural, embora seguissem os modelos dos livros iluminados (que iremos reproduzir algumas folhas) a influência civil estava muito presente nos fardamentos e conforme esta ia evoluindo, de ano para ano, os uniformes seguiam, de um modo ou de outro, essa "tendência".
No respeitante às coberturas de cabeça passou-se precisamente o mesmo; em 1764 o tricórnio era a cobertura de cabeça por excelência para civis e militares, acairelado, com puxadores, laço, presilha e botão; em 1770 o bico frontal começou a recolher um pouco, durante toda a década de 80 continua a encolher, de tal modo, que em 1790 o tricórnio já quase não se confeccionava, o "bico" anterior não passava praticamente uma pequena "ondulação", ( como exemplo, mais conhecido, podemo-nos reportar à célebre cobertura de cabeça de Napoleão, que curiosamente nunca a abandonou, desde os seus tempos de Alferes de artilharia, embora, esse chapéu, tenha sido um símbolo, estava totalmente "fora de moda" durante o auge da sua vida); em 1800 os bicórneos, ou chapéu de dois bicos, já se tinham imposto, vêem-se de tamanhos diversos, sendo alguns enormes e com as pontas exageradamente grandes, descaídas até aos ombros... É assim moda!
Os nossos uniformes, ou melhor dizendo, os seus utilizadores, principalmente os oficiais seguiram-na bem de perto! Isto já sem nos alongarmos nos chamados "uniformes de capricho" tão em moda, entre a nossa oficialidade da época e tão combatida pelos seus chefes (Lippe, mais tarde Beresford e outros).
Infelizmente, não chegaram até nós muitos livros iluminados ou gravuras da época, para se poder fazer uma análise pormenorizada das diferentes modificações, e os poucos livros existentes são datados de 1777, 1783 e 1791. Daí os tricórnios já não terem o bico tão saliente, como na década de 60 e as anteriores.
Os uniformes apresentados esquematicamente e feitos pelo autor, reportam-se a 1764, mas as alterações até 1806 são mínimas, podendo-se ter verificado mais significativamente nas coberturas de cabeça, como acima foi afirmado.


Tasca das amoreiras às 14:04
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Forte da Graça - 6

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AS CONDELIPAS E A GUERRA FANTÁSTICA

Em Lagos chamam-se condelipas às conquilhas (um bivalve cada vez mais raro e que se apanha na maré baixa, poucos centímetros enterrado na areia). Esta designação fica a dever-se ao Conde de Lippe. Frederico Guilherme Ernesto de Schaumburg-Lippe e conhecido em Portugal como Conde de Lippe, foi um notável militar e político alemão que esteve ao serviço do Exército Portugês, que reorganizou profundamente e que comandou durante a Guerra Fantástica. Quando em 1761, na sequência do Pacto de Família, Portugal se viu ameaçado por tropas francesas e espanholas, por indicação do governo britânico, Guilherme foi convidado por Sebastião José de Carvalho e Melo, o poderoso ministro marquês do Pombal, para comandar as tropas portuguesas que, com ajuda de forças britânicas, se preparavam para entrar em acção. Guilherme assumiu o comando do Exército Português e o encargo de reorganizador as forças portuguesas e de as preparar para a guerra. Naquele ano a Espanha e a França, unidas pelo Pacto de Família, tinham pretendido que Portugal fechasse os seus portos aos navios ingleses, o que foi recusado pelo governo português. Como consequência desencadeou-se a chamada Guerra Fantástica, uma invasão da fronteira do nordeste português por tropas espanholas que tomaram Miranda, Bragança e Chaves. Em resposta, o exército anglo- português, com cerca 20 000 homens, sob o comando do Conde de Lippe, posicionou-se para defender Lisboa, mas em Novembro daquele ano de 1762 foi assinado um acordo de cessar-fogo antes de ser travada qualquer batalha. Em consequência, o episódio ficou conhecido por Guerra Fantástica porque, apesar se de terem registado sucessivas movimentações de tropas, os recontros limitaram-se a acções de guerrilha conduzidas pelas milícias locais. O Conde de Lippe, quando esteve, depois, em Lagos comandando o regimento desta praça, sendo profundo apreciador de conquilhas, incluía-as amiúde no rancho dos soldados, daí subsistir localmente, em sua memória, o termo “condelipa” que designa os tão famosos bivalves.


Tasca das amoreiras às 14:01
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Forte da Graça - 5

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Guilherme, nascido Frederico Guilherme Ernesto de Lippe-Schaumbur-Bückeburg (Londres, 1724 — Wölpinghausen, 1777), conhecido em Portugal como o Conde de Lippe em virtude de ser Conde reinante de Schaumburg-Lippe, foi um notável militar britânico de origem alemã do séc. XVIII.

Guilherme começou a sua vida militar nas Guardas Inglesas, de onde passou para a Marinha, tomando parte na campanha de 1745 contra os Turcos. Em 1762 o governo inglês envia-o a Portugal. Neste ano a Espanha e a França, unidas pelo Pacto de Família, tinham pretendido que Portugal fechasse os seus portos aos navios ingleses, o que foi recusado pelo governo português e teve como consequência a chamada Guerra Fantástica, invasão da fronteira do Noroeste por tropas espanholas que tomaram Miranda, Bragança e Chaves. O exército português, abandonado deste a doença de D. João V, não tinha oficiais preparados para a guerra — o fardamento, soldados e armas eram praticamente inexistentes. O conde de Lippe e alguns oficiais ingleses e alemães tentaram organizar um exército resistente. As rendições precipitadas de muitas praças, o número de desertores e a demora no cumprimento das ordens, de que se teria queixado o ajudante-general Böhm, impressionaram o conde. Este, tomando conhecimento do pequeno valor militar das suas tropas, limitou-se a uma guerra de posições, procurando impedir que o exército espanhol penetrasse em Portugal. A Espanha, segundo escritores coevos, não se empenhou grandemente nesta luta que só foi activa na América do Sul. Acabada a guerra, o conde de Lippe continuou a tentar organizar o exército português que lhe fora confiado.
Assim, em 1764, realizou uma viagem de inspecção às regiões fronteiriças, mandando reparar as fortificações existentes e ordenando a construção de algumas novas. Dois anos depois regressa ao seu país, não devendo ter recebido o ordenado que fora fixado em 3000 libras anuais. Regressa três anos depois e volta a percorrer o país certificando-se do efeito das suas reformas; durante a sua estadia realizaram-se grandes manobras de conjunto de 20 regimentos. Continuou a lutar pelo melhoramento do exército português, mas o governo do Marquês de Pombal ignorou-o.
Vinte anos após a sua morte, o governo português compra os seus manuscritos referentes à defesa de Portugal; todos, ou a maior parte, foram levados para o Brasil com a invasão francesa em 1807. Em sua homenagem, entre outros foi dado o seu nome ao Forte de Lippe em Elvas e a um dos mais notáveis regimentos do Exército Português, o actual Regimento de Infantaria Nº 1.


Tasca das amoreiras às 13:57
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Forte da Graça - 4

O Forte de Nossa Senhora da Graça localiza-se a cerca de um quilómetro a Norte da cidade de Elvas, em posição dominante sobre uma elevação rochosa - o Monte da Graça, Portugal.

Escavada na rocha, onde uma cisterna é uma de suas obras mais notáveis, este forte ergue-se no local onde anteriormente existia um Fortim que em mãos espanholas muito custou a Elvas durante a Guerra de Restauração. As novas obras de defesa iniciam-se em 1763, no reinado de D. José (1750-77), para serem terminadas 1792, sob o de Dona Maria I (1777-1816), inauguradas com o nome de Fortaleza Conde de Lippe, que havia proposto a sua construção.

A estrutura é composta por quatro baluartes, num quadrado de 150m de lado. Quatro pequenos revelins cobrem as cortinas, que dispõem de poternas. Um hornavaque com seu revelim e poterna, e um fosso seco, largo e profundo, completam as obras exteriores, onde se destaca a entrada principal: a Porta do Dragão, bela e imponente na sua solidez. O corpo central da praça apresenta um reduto de planta circular, elevado, com dois pavimentos e parapeito, abrindo canhoneiras para três ordens de baterias em casamatas. Sobre o reduto, como sua lanterna central, uma torre circular com dois pavimentos abobadados: o primeiro constituindo-se por uma capela decorada, e o segundo, a residência do governador. Abaixo da capela, escavada na rocha, a cisterna de água.

Resistiu às tropas espanholas em 1801 durante a chamada "Guerra das Laranjas" e em 1811 às tropas napoleónicas do general Soult, que a bombardeiam, não chegando a tomá-la. Actualmente encontra-se conservada em excelente estado." "O Forte da Graça foi mandado construir por D. José I, no monte onde se encontrava a antiga capela de Nossa Senhora da Graça. O monte da Graça é um dos pontos mais altos da região, constituindo portanto um local de grande importância estratégica.
Durante o cerco de Elvas (1658-1659), no contexto da Guerra da Restauração, o exército espanhol tomou o local e nele instalou uma posição de artilharia, a partir da qual atacou severamente a cidade. A situação repetiu-se em 1762, durante a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), quando Elvas foi novamente sitiada. Finalmente, e logo em 1763, D. José I determinou a construção de uma fortaleza que permitisse completar o circuito defensivo da cidade. Do seu planeamento foi encarregado o Marechal Wilhelm von Schaumburg-Lippe, mais conhecido como Conde de Lippe, que viera de Inglaterra no ano anterior, para dirigir a defesa do reino. A ermida de Santa Maria da Graça foi destruída, tendo a imagem da Virgem que guardava transitado para a capela do forte, donde veio a desaparecer mais tarde com as invasões francesas. A obra foi muito exigente para a região, tendo nela trabalhado 3 a 4 mil homens, entre 1763 e 1792.

O forte ficou de imediato conhecido como Forte de Lippe, e mais tarde, em 1777, por ordem de D. Maria I, por Forte de Nossa Senhora da Graça. A edificação resistiu ao ataque das tropas espanholas durante a Guerra das Laranjas (1801), e ao bombardeamento infligido pelas tropas francesas do general Soult, no contexto da Guerra Peninsular (1811).

O forte é uma obra-prima da arquitectura militar europeia do século XVIII, tanto pela originalidade das soluções aí apresentadas, como pela sua monumentalidade. É constituído por três linhas de defesa. A obra mais exterior consta de um caminho coberto, defendido por canhoeiras, um hornaveque (do alemão hornwerk), composto por dois meios-baluartes ligados por uma cortina, e por um fosso seco, com 10 metros de largo. Segue-se uma estrutura quadrangular com 150 m de lado, com quatro baluartes nos vértices. Os panos de muralha, ou cortinas, são cobertos por revelins e rasgados pela porta principal, denominada Porta do Dragão, a Sul, e por "portas posteriores" ou poternas, protegidas por canhoeiras.

Entre as cortinas e o segundo fosso desenvolvem-se inúmeras dependências, incluindo casernas e outras edificações. O reduto propriamente dito é uma torre de planta octogonal, com pisos abobadados, constando de capela no piso térreo e Casa do Governador nos pisos nobres. Por baixo da capela existe uma notável cisterna. O reduto é defendido por três ordens de baterias em casamatas, com canhoneiras. O forte encontra-se bem conservado, servindo ainda como base militar". Monumento Nacional: Decreto 16-06-1910, DG 136, de 23-06-1910


Tasca das amoreiras às 13:55
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Forte da Graça - 3

FORTE DE LIPPE III

M. Valleré teve a satisfação de ouvir a el-rei D. José as mais graciosas palavras de aprovação, quando em Setembro de 1769 foi pessoalmente visitar o Forte de Lippe.
Também visitou esta fortaleza o príncipe de Waldeck, reputado como um dos mais esclarecidos apreciadores de semelhantes construções; e não só a achou admirável, mas não duvidou conceitua-la, segundo Link afirma , como uma obra-prima de arquitectura militar, superior a tudo quanto ele tinha visto neste género.
Visitaram o Forte de Lippe os engenheiros franceses, empregados no serviço de Inglaterra, que acompanharam o general Stewart na inspecção das fortalezas, e reconhecimento das fronteiras de Portugal.
Visitou o Forte de Lippe o célebre Maturana, brigadeiro espanhol, chefe do corpo de engenheiros em Sevilha, considerado pelos seus compatriotas como um oficial distintíssimo.
Achava-se em Badajoz, no fim do ano de 1808, quando os franceses evacuaram o Forte de Lippe. Aproveitou o ensejo de ver aquela fortaleza, que excitou sempre a curiosidade e o ciúme dos nossos vizinhos, e cuja entrada, fora até essa época vedada a todos os estrangeiros , que não estivessem ao serviço de Portugal.
Parou embevecido na contemplação deste soberbo monumento; causou-lhe tamanha admiração esta obra prima de arquitectura militar (quase que também se pode dizer obra-prima de arquitectura civil pela beleza da casa do governador), que o achou muito próprio para nele se estabelecer uma escola, onde os jovens engenheiros, depois de imbuídos nos conhecimentos teóricos, viessem adquirir os práticos; por se achar ali reunido tudo quanto havia de mais notável em fortificação, e até muitas obras, que não eram conhecidas em sistema algum, e que concorriam para que se reputasse quase inconquistavel.
Folgaríamos, que fosse adoptado o alvitre do sábio general; se fosse, não aumentariam, por ventura, as ruínas de algumas dependências do Forte de Lippe, que já eram grandes quando o visitámos. Afirmou-nos pessoa competente, que os reparos já então indispensáveis importavam em algumas dezenas de contos de réis.
A senhora D. Maria I, mais piedosa do que agradecida aos relevantes serviços do conde de Lippe, esbulhou este general da posse, em que esteve por muitos anos, da bem merecida gloria de haver dado o seu nome a este celebre monumento.
Pouco depois de haver subido ao trono ordenou, que o forte de Lippe se denominasse de Nossa Senhora da Graça, por haver existido naquele sitio com esta invocação uma ermidinha.
É certo, porém, que no povo de Elvas, e no Alentejo, onde esta fortaleza é mais conhecida, tem permanecido a denominação primitiva, reservando-se a prescrita pela rainha para a correspondência oficial entre as repartições do Estado e o governador do Forte.

F. A. Rodrigues de Gusmão.


Tasca das amoreiras às 13:54
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Forte da Graça - 2

FORTE DE LIPPE II

Aproveitaram-se os primeiros momentos depois da paz em criar um verdadeiro exercito.
O conde de Lippe emendou radicalmente os defeitos da nossa antiga táctica; mudou inteiramente a nossa constituição militar, adoptando os princípios da constituição prussiana, cujo regulamento resumido nos foi dado por lei e norma; melhorou consideravelmente a nossa artilharia, e lançou também as suas vistas sobre as nossas praças de guerra.
De todos os projectos militares deste ilustre general, que entre nós chegaram a realizar-se, um dos mais dignos de seus vastos conhecimentos na arte da guerra, e mais permanente pela sua natureza, e aquele a que a nação agradecia devia, por consequência vincular o seu nome, como efectivamente vinculou, foi o forte de Lippe.
Esta fortaleza, destinada a fazer respeitável a praça de Elvas, a mais importante da província do Alentejo pela sua posição, e que sem ela seria absolutamente ineficaz para a defesa da mesma província, foi projectada por sua alteza , e a construção confiada a M. Etienne, oficial de mui distinto merecimento.
Necessitou, porém, o conde que M. Etienne lhe fosse dirigir em Alemanha a construção da fortaleza de Wilhelmstein, e para o substituir na do Forte de Lippe escolheu M.Valleré.
Era este oficial sem a mínima duvida, o mais capaz de encarregar-se desta comissão importante; e, em verdade, não só continuou a construir o Forte de Lippe, segundo os planos aprovados pelo príncipe, mas fez-lhe diversos aditamentos, que concorreram para tornar aquela fortaleza muito mais apta para o fim a que era destinada.
Quiséramos descrever estes aditamentos, que são os que mais louvam e admiram os inteligentes, e particularizar todas as belezas desta obra prima de arquitectura militar, falecem-nos, porem, as habilitações para o fazermos condignamente.
O que nos deu mais nos olhos, quando visitámos esta famosa cidadela em Junho de 1856 , foi o seu reduto acastelado, que M. Valleré colocou no centro do Forte, e construindo nele armazéns para munições de boca e de guerra; a cisterna, que fornece agua com abundância, por seis meses, a uma guarnição de seis mil homens; a igreja, cujas tribunas também são feitas para nela se pôr artilheira, que defenda as quatro portas, que para ela dão entrada; e sobre estes edifícios a casa do governador, singular pela sua bem entendida arquitectura, e pelo gosto e riqueza dos estuques, que adornam o seu interior.
Do cabedal que se dependeu com esta obra magnifica, nos deixou miúda informação a douta filha de quem a dirigiu, D. Maria Luiza de Valleré, em uma das suas notas ao Elogio Histórico de seu ilustre pai, o tenente general Guilherme Luiz António de Valleré, escrito pelo saibo académico Francisco de Borja Garção Stockler.
Começou a construção em Julho de 1763; até principio de 1777 custou 734,890,174 réis; desde o ano de 1778 até ao de 1792 custou 32,308,865 réis: total 767,199,039 réis.


Tasca das amoreiras às 13:51
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Forte da Graça - 1

FORTE DE LIPPE I

Corria o ano de 1764, a 15 de Agosto celebrou-se entre o rei cristianíssimo e o rei católico o Pacto de Família, a que el-rei D. José não quis aderir.
Permanecendo fiel á aliança inglesa, correu todos os riscos da guerra, que no ano seguinte declararam a Portugal a França e a Espanha.
Mal preparados estávamos nós então para resistir a tão formidáveis inimigos. Não tínhamos exército; as praças achavam-se demolidas, os arsenais desprovidos; quarenta e oito anos se paz haviam-nos amortecido os antigos brios, e, quando os despertasse o patriotismo, carecíamos de quem os soubesse aproveitar a dirigir.
Começou a campanha de 1762 debaixo da direcção do conde de Oriolla barão de Alvito; por intervenção, porem, de Jorge II, de Inglaterra, encarregou-se de comandar os exércitos aliados, português e inglês, o conde Guilherme de Schaumburg Lippe, sendo elevado a field-marechal do inglês, e a marechal general do português.
Compunham-se os exércitos de nove mil homens de tropas nacionais pouco disciplinadas, e de seis mil ingleses que obedeciam de mau grado. E tinham em frente quarenta mil espanhóis comandados pelo conde de Aranda, com oficiais experimentados nas guerras de Itália, alem de um corpo auxiliar de dose batalhões franceses ás ordens do príncipe de Beauvau.
Com tal desproporção de forças era indispensável, que a estratégia suprisse a deficiência das portuguesas e inglesas.
O marechal general conde de Lippe achou o teatro da guerra já estabelecido na província da Beira; viu-se, por isso, obrigado a cogitar não de um plano geral de defesa, ou de uma primitiva disposição militar de nossas forças, que, influindo sobre determinação das primeiras operações do inimigo, nos facilitasse a possibilidade de correr prontamente a atalhar o seu progresso por qualquer parte, por onde pertencesse invadir-nos, mas sim de um plano mais próprio para impedir, que ele chegasse a efectuar a conquista do reino pelo caminho que tinha escolhido.
E foram tão sabiamente combinadas as suas operações, que não só atalhou o progresso do inimigo, com Maior dano seu do que nosso , mas até o obrigou a desistir do seu começado ataque, e a evacuar a Maior parte da província, e a variar o seu projecto de conquista.
Tu, pequeno Mação, foste a barreira,
Onde confuso, com eterna injuria,
Da arrogante carreira
O hispânico leão quebrou a fúria.


Por modo tão feliz como inesperado terminou este ano a campanha, assinando-se a 10 de Fevereiro do seguinte, o tratado de paz, entre França, Portugal e Espanha.


Tasca das amoreiras às 13:49
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Quinta-feira, 2 de Outubro de 2014

São Mateus - 5

 

Texto escrito em 4 de Setembro de 2011

 

Continuando a falar nas medidas que propunha para alterar o S. Mateus e consequentemente as Festas da Cidade e partindo do princípio que a medida 1 era aceite proponho:

 Medida – 3

 Todos os anos por alturas das festas, no topo do Parque da Piedade é montada uma tenda gigante que alberga o artesanato, as tasquinhas e os poucos (e maus) espectáculos que se realizam.

Quanto aos espectáculos já falei neles e qual o destino que lhes dava. Falta o resto. Assim sendo proponho:

 1 – Construção de um pavilhão definitivo que albergasse o artesanato e as tasquinhas;

 2 – Que o referido pavilhão fosse construído em substituição da ampliação do Centro de Negócios;

 3 – Que o actual Centro de Negócios fosse vendido a privados ou dar-lhe outra utilização;

 4 – Que o pavilhão da Piedade fosse utilizado para todas as feiras que se realizam em Elvas;

 5 – Que o mercado quinzenal fosse também aí realizado.

 Porque é que proponho tais medidas?

 

Em primeiro lugar dava-se vida ao Parque da Piedade. Em segundo lugar, havia espaço para estacionamento ao contrário do que se passa no actual Centro de Negócios. Em terceiro lugar, dava-se alguma dignidade ao mercado quinzenal e por fim ganhava o S. Mateus ao ter um espaço muito melhor que a “barraca gigante”.

Se no olival nas traseiras do local onde a tenda é montada fosse
construído um parque de estacionamento, e este fosse ligado por uma via ao estacionamento do Coliseu, teríamos uma zona de eventos concentrados, com muitos lugares de estacionamento e finalmente ganharíamos uma zona em termos paisagísticos muito agradável.

 

Amanhã acabarei esta série de artigos com o mais polémico de todos e que se prende com a alteração da data do S. Mateus.

 

Jacinto César 


Tasca das amoreiras às 10:30
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Segunda-feira, 15 de Setembro de 2014

Mais uma vez o S. Mateus

“Segundo notícias vindas hoje a público, o Vaticano vai excomungar as 800 mil pessoas que foram à Feira de S. Mateus de Viseu. Adianta o Vaticano que há 622 anos anda a alertar as autoridades locais por estarem a comemorar o dia de S. Mateus em 9 de Agosto e não a 21 de Setembro.”

 

Claro que a notícia é falsa e foi inventada por mim para começar este escrito que mais uma vez aborda a questão das datas do S. Mateus.

Noticiava ontem o Jornal “O Público” que de 9 de Agosto a 12 de Setembro, quase 1 milhão de pessoas visitaram Viseu durante a feira que ali se realiza e que segundo parece é a mais antiga da Península Ibérica. Acrescentava ainda a notícia que o grosso dos visitantes foram turistas portugueses e estrangeiros e ainda os emigrantes que por esta altura de férias ali se deslocaram.

Ressalvando as devidas proporções, até porque o número de dias em que a feira decorre é 4 vezes maior que o da nossa Feira de S. Mateus, eu já me contentava, não com um quarto dos visitantes, mas tão-somente 100 mil.

E porque é que isto acontece? Porque os visienses são mais inteligentes que os elvenses. Mais uma vez vou enumerar as razões que levam a que as nossas festas cada vez tenham menos importância e que estejam condenadas a que um dia se transformem num mercado um pouco maior que ao habitual, tal como aconteceu com a Feira de Maio.

As razões que apresento para que se repense as datas das Festa em Honra do Senhor Jesus da Piedade são as seguintes:

 

1 – As referidas festas foram originalmente feitas no mês de Outubro e não como muita gente pensa, que foram sempre em Setembro. As razões dessa mudança foram que a data de 20 de Setembro, antigamente marcava o fim de um ano agrícola e o princípio do ano agrícola seguinte. As pessoas que moravam no campo aproveitavam esses dias de interregno nas actividades agrícolas para virem vender os seus produtos e comprar outros que lhes faziam falta. Como as festas não coincidiam com esses dias de descanso, mudou-se então a data para que houvesse essa coincidência. Como a data escolhida coincidia com o dia de S. Mateus, as festas adoptaram esse nome. Para os que têm dúvidas posso apresentar o documento que efectivamente marcava as festas no mês de Outubro. Só ainda não consegui saber com exactidão o ano em que se deu a alteração das datas.

 

2 – Como também é quase certo, com o 20 de Setembro entra-se no Outono e chegam as primeiras chuvas. Se pensarem um pouco, lembrem-se de quantas festas foram prejudicadas pelo factor climatérico. São mais os anos em que chove do que aqueles em que a chuva não marca presença.

 

3 – Um dos mais importantes factores que se deveria ter em conta para uma mudança de data é o calendário escolar. Há muitos anos atrás, as escolas começavam a funcionar no primeiro dia útil a seguir ao feriado do 5 de Outubro, ou seja, toda a rapaziada ainda estava de férias e até os pais muitas vezes deixavam uns dias de férias para essa data. E agora? No começo do S. Mateus já vamos na segunda semana de aulas e a rapaziada tem que se levantar cedo e os pais também. Por este motivo e como é do conhecimento geral, quem tem filhos a estudar tem que marcar as suas férias obrigatoriamente no mês de Agosto. O que acontece em Portugal também acontece por essa Europa fora e o número de turistas no mês de Setembro cai a pique.

4 – O fenómeno que atrás se descreve, aplica-se também para os nossos conterrâneos que vivem fora de Elvas e até no estrangeiro.

O S. Mateus é não só uma festa como o reencontro de famílias e amigos que só se vêem nestes dias. O que acontece é que aqueles que vivem fora, mas em Portugal, lá arranjam uma maneira de pelo menos no dia 20 estarem presentes na Procissão dos Pendões.

 

5 - Mais razões haviam, mas estas só por si já são suficientes para se pensar no assunto.

 

Há anos que me ando a bater para que ao menos se faça uma discussão pública no sentido de se poder adiantar no calendário as Festas da Cidade. Já estive reunido inclusive com a Mesa da Confraria do Senhor Jesus da Piedade há uns anos atrás, mas nada. Apresentaram-me as razões mais incríveis (de natureza religiosa) para que não se mexesse na data. E tudo vai ficar na mesma, mesmo que as festas entrem em coma.

 

Para terminar deixo aqui mais uma vez um desafio: estou disponível para um debate público com a Mesa da Confraria e com a Câmara Municipal de Elvas para discutir o assunto “ao vivo e a cores”. Mais uma vez também desafio aqui a Rádio Elvas para que promova esse debate. Se for caso disso e em último recurso dê-se a palavra ao povo e promova-se um Referendo Municipal.

 

Jacinto César  


Tasca das amoreiras às 15:40
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