Caro Doutor
Não tenho o prazer de o conhecer, mas calculo que um dia destes nos iremos cruzar por aí.
Estou-lhe a escrever depois de ter lido a sua entrevista ao jornal cá da terra. Ficaram-me muitas dúvidas sobre os seus reais objectivos ao presidir a uma associação dita cívica. Vai-me perdoar, mas não posso acreditar integralmente no que disse. E as dúvidas com que fiquei foram as mesmas que muitos conterrâneos nossos ficaram também.
Presumo que já leu ou já lhe fizeram chegar a minha posição crítica em relação à referida associação e como tal já deve saber o porquê. No entanto volto a dizer-lhe qual o motivo das minha reticencias. Tenho uma opinião desfavorável em relação à ADE pelo facto de esta estar a servir de rampa de lançamento da sua candidatura à presidência da câmara, o que é totalmente legítimo como também estou farto de dizer.
O problema que vejo não está na candidatura mas o processo meio encapotado para a lançarem. Mas muito bem, foi essa a estratégia que entenderam como correcta e contra factos não há argumentos. Mas não era esta a dúvida que tinha. Então é assim: imaginemos que o senhor ganha as eleições (o que é possível). A dúvida que me surge, é como é que o senhor vai compatibilizar as várias tendências do movimento que o apoiou? O senhor já reparou que o dito movimento é uma aliança contra natura, que tem elementos que vão da extrema-esquerda à direita?
Vamos continuar a admitir que ganhou as eleições. Como será a sua relação com os seus vereadores eleitos, se depois cada um quiser puxar a brasa à sua sardinha?
Eu sei que todos eles irão jurar por todas as alminhas que terão um comportamento independente e que pensarão somente no bem da nossa cidade. Mas o senhor acredita nisso? Basta ver o que aconteceu com a anterior coligação concorrente à câmara e eram só dois partidos, que ainda por cima têm muitas afinidades. Foi tão eficaz que o único vereador eleito acabou por desertar para o “inimigo”.
Vai-me desculpar mais uma vez, mas não acredito numa tão ampla coligação. Mais cedo ou mais tarde a clubite virá ao de cima e aí teremos o senhor aos “papéis” tentando conciliar o inconciliável.
Acredito sinceramente nos seus bons propósitos. O que não acredito é na amálgama política que o vai apoiar. Com a idade que tenho já vi muita coisa na vida e quero crer que o senhor também. Só não sei é como é que vai cair numa confusão destas.
Que tenha sorte!
Jacinto César
De Anónimo a 12 de Novembro de 2008 às 08:54
O Simão Dorido entrou mal: apresentou uma associação, quando devia ter apresentado uma coligação.
O Simão Dorido continuou mal: rodeou-se de uma equipa heterogénia, quando a única coisa que os une é serem inimigos do Rondão.
O Simão Dorido convenceu-se mal: a partir dos "70 e tal do Grémio", contando com familiares e corpos sociais da ADE, convenceu-se que vão passar a 700 e tal, para chegar a 7000 e tal.
O Simão Dorido acaba mal: pulverizado pelo Rondão, na linha de Carpinteiro, Kusky, Torneiro e Fonseca.
É o destino...
De Anónimo a 12 de Novembro de 2008 às 08:56
Jacinto César:
Não repita a sua argumentação.
As pessoas já perceberam. Todas.
Já perceberam os que pensam como o senhor.
Mas também já perceberam os portinholeiros desenvolvimentistas com tiques STALinistas: perceberam que é assim, mas têm de dizer que é diferente.
O dr. Dores há-de cair de maduro ou de podre. Sozinho.
De Anónimo a 12 de Novembro de 2008 às 09:43
Que grande confusão ai vai. Então o Dr. Dores não tem direito a ser presidente de uma associação? Então e já agora não são os partidos que convidam os candidatos? O Dr. Simão das Dores foi convidado por algum deles? Deus queira que seja, seria uma escolha acertada em alguem que sendo de Elvas de aqui saiu para fazer uma carreira de sucesso. Tem a vantagem de não ter os vicios de Elvas nem a sua mesquinhez em muitos aspectos. Estive no Grémio, li a entrevista e só desejo uma coisa - Força e coragem!
De António Venâncio a 12 de Novembro de 2008 às 12:00
No nosso sistema eleitoral, para as eleições autárquicas, pode haver candidatos independentes, não necessitam ser convidados por qualquer partido.
Neste caso até penso que é o que vai acontecer, e depois aparecem os partidos e outras forças a apoiar o independente.
Mas posso sempre estar enganado.
Veremos
De Anónimo a 12 de Novembro de 2008 às 09:44
Que se saiba nem há acordo de coligação entre os partidos da AD nem tão pouco o Dr. Simão foi convidado para alguma coisa. Dar tempo ao tempo é a actitude mais sensata. Surpresas para breve!
De Anónimo a 12 de Novembro de 2008 às 09:48
Os 70 e tal do grémio foram o dobro dos 30 e tal da Câmara. Vamos ver quantos juntam na saúde...e a porrada que vão levar mesmo assim. Aguardem. Um conselho - Não convoquem os orgãos de informação para a reunião toda, apenas para o resumo senão pode ser que alguem seja tentado a relatar o que viu...e não vai ser bonito.
De Anónimo a 12 de Novembro de 2008 às 11:29
Estes Portinholeiros acham mesmo que a Câmara andas às ordens deles! Até se dão ao luxo de dar ordens sobre o que a Câmara deve ou não fazer!... É preciso ter lata... furada...
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