Sempre fui um optimista, mesmo nas piores situações, mas tenho a certeza que, mesmo que ainda ande por cá muitos anos nunca chegarei a ver o Forte da Graça recuperado e reaproveitado.
Soube das peripécias que têm acontecido e que têm servido de entrave à sua recuperação.
Nasceu e cresceu numa época dourada, viveu e sobreviveu à guerra, está a envelhecer numa época de paz e julgo que morrerá sem honra nem glória numa época em que “estas coisas” são um peso para os nossos governantes. Os sucessivos governos não se entenderam sacudindo sempre a água do capote, foram sempre empurrando o problema para os seguintes e o dinheiro necessário também nunca apareceu. Nem governo nem privados querem saber do problema. De uma coisa tenho eu a certeza: se o Forte estivesse situado em Lisboa ou no Porto não estaria como está. Mais, acredito que nenhum executivo municipal, seja ele qual for, terá capacidade para resolver o problema.
Vinte milhões de euros (acho que nem com o dobro ou triplo) são a quantia que separa a ruína da glória. Há por aí alguém com uns dinheirinhos a mais? Já que gosta tanto de montar as suas tendas em fortes, convidem o coronel Kadaffi a investir no Forte da Graça pois sempre é mais espaçoso que o de S. Julião da Barra.
Jacinto César
PS – Drª Elsa, de repente lembrei-me de uma coisa: que é feito das estátuas de mármore romanas encontradas na Quinta das Longas? Penso que passaram por Mérida para recuperação, mas contaram-me que estão presas de estaca num museu de Lisboa. Será que é verdade?
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