Há uns anos atrás um governo que não recordo qual, tentou fazer exactamente o mesmo que o actual está a tentar fazer também. Recordo sim que foi posto à venda por 400 mil contos e o restauro do forte (só o restauro e não a sua conversão) custava cerca de 3 milhões de contos (15 milhões de euros). Pelo que me recordo de então, o problema não se punha na sua aquisição, mas o que resultava dessa mesma aquisição ou seja, a rentabilização do capital investido na aquisição, do restauro e manutenção.
Penso que o problema que se irá por agora será exactamente igual ao anterior. Não estou a ver qualquer privado querer participar num negócio destes.
Logo à partida surge outro problema: que utilização se pode dar ao forte? A utilização que se tem ouvido mais é um misto de estabelecimento hoteleiro e espaço museológico. Eu não sei se os elvenses conhecem bem o Forte da Graça, mas eu não consigo enquadrar um hotel no forte. Se é verdade que a área coberta é descomunal, também é verdade que essa área está muito fragmentada e dispersa. Todos os estudos que conheço sobre o assunto, nenhum aponta nesse caminho.
E transformado o forte em museu? Pois é, ou se arranja uma colecção monumental para aí expor, ou então corremos o risco de colocar um objecto por espaço (logicamente levado ao exagero).
Há a hipótese levantada há uns anos, e não sei se não passou de boato, de um casino. Mas também aqui não vejo grande viabilidade.
Que solução então? Para mim passava por uma série de passos. A saber:
1 – Aquisição do forte pelo preço mais baixo possível (os compradores não devem aparecer), ou mesmo simbólico, pela Câmara Municipal;
2 – Abrir um concurso internacional de ideias, com um prémio relativamente grande, de modo a atrair gente de renome e especialistas no assunto;
3 – Em função desse concurso promover uma parceria câmara-privados para a recuperação e exploração. Esta última poderia eventualmente ser concessionada.
Tenho consciência que não será tarefa fácil, mas se não for a câmara a promover tudo isto, corre-se o risco de tudo continuar na mesma e a degradação a acelerar-se.
Penso que está na hora do município abrir os cordões à bolsa e promover, agora sim, a obra do regime. Quem o conseguir fazer ficará de certeza na história de Elvas. O Coliseu um dia pode mudar até de nome e daqui a umas décadas até pode vir abaixo. O Forte da Graça perdurará pelos tempos, o nome de quem o mandou construir também. Mas também ficará para sempre quem o reconstruir e lhe der uma utilidade que não aquela para que foi construído.
Oh, César: andas a deitar-te tarde. Compreensível, por isso, que estejas cansado e não consigas funcionar bem a essa hora... Como é que é?... A câmara compra. A câmara paga a obra de recuperação. A câmara paga a adaptação. A câmara paga a manutenção. Uma pergunta: conhecedor de tantos estudos, já fizeste as contas, César?
Em tempos idos foi apresentada a hipótese do Forte da Graça integrar a redede pousadas da Inatur.Se assim fosse, Elvas ficaria com duas pousadas: A de Santa Luzia ( classe C, Rural,Regional) e a do Forte da Graça de Classe de Luxo integrada em Património Histórico tipo ,Estremoz Flor da Rosa(Crato), Óbitos... A Inatur negou-se a aceitar a proposta por questões tanto quanto sei de viabilidade económica: quer para Santa Luzia, quer para o Forte da Graça.
Os tempos mudaram, a INATUR hoje pertence ao Grupo Pestana e outros agentes económicos poderão estar interessados. Grupo Amorim, Sonae, Berardo, etc...
Quanto a mim o Forte só tem um caminho: Unidade Hoteleira e Museológica com actividades culturais e interactivas. Claro que não dislumbro música Pimba no Forte,para isso temos o Coliseu, mas uma Feira do Século XVIII, já se enquadra,etc...
A Cãmara de Elvas o que tem que fazer é pressionar fortemente os Ministérios da Tutela(são vários) para que o processo avance com celeridade. Parece-me que tudo o que ultrapasssa a esfera do poder local morre na Praça da República. Rondão Almeida não passa de um Caudilho Local. Não tem andamento, conhecimento e formação para debater e impulsionar cultura. O Terreno do nosso Presidente é o do CImento e dos Patos Bravos virando-se com lágrimas sofridas de crocodilo para a Terceira Idade.
Veja-se a Santa ignorância do Autarca a defender Elvas a Património da Humanidade e ao mesmo tempo desvirtuar o passsado da Cidade ( Rua da Cadeia, Praça da República,etc...) Os Homens da UNESCO mandam-no passear. Primeiro estraga e depois quer Estatuto de Património da Humanidade!!!??? Rondão antes de fazer intervenções urbanas devia ter acautelado o PATRIMÓNIO. Agora, falam só das Muralhas, qualquer dia só do Padrão da Batalha das Linhas de Elvas....ou do complexo Funebre,por enquanto é o quinto no País.
Aquela grande figura Cultura nacional que comentou às 10.12h e escreve "Inatur", estará a querer referir-se a uma empresa chamada Enatur?... Está apresentado. Mais uma vez. A tua cassete está gasta. Também deverias saber que gravação de som em fita de arrasto está ultrapassada. Passa ao nível seguinte.
Ideia genial: oferecer o Forte da Graça à ADE - Associação Desenvolver Elvas. aquela malta, com Portinholas, Vivi, Pepi & Cª Lda., dá conta daquilo e... muito mais!
O Manuel António dos Tempos Modernos com a sua sede no terminal do teleférico sonhado há muitos anos pelo Manuel António dos Tempos Antigos. Isto anda tudo ligado... Força, rapazes!
Um anónimo não! O comentador das 10.12h é uma grande figura da Cultura nacional. Pelo que escreve e pelo desconhecimento que demonstra, é uma pessoa da Cultura. Então e o anónimo das 12.44h não conta para aqueles que falam sobre o tema? Francamente...