Hoje vamos roer o osso da candidatura sobre o ponto de vista político e técnico.
Em minha opinião (e só minha) a candidatura não andará jamais e pelos dois motivo. Sob o ponto de vista político quero querer que a Câmara e o seu Presidente quererão levar a candidatura a bom porto. Só que não chega, quando há “forças ocultas” a remar ao contrário. A candidatura de Elvas tem um lobi que bem aproveitado era meio caminho andando. Estou-me a referir ao Coronel Arqº Sousa Lobo. Por conhecimento pessoal, a referida pessoa é um apaixonado pelas fortalezas de Elvas. É tão-somente o Presidente da Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos e fundamentalmente Consultor Técnico da Secção Portuguesa do ICOMOS. Só que de certeza o “homem” não pode dizer “tragam-me lá essa “porra” para ser aprovada”.
O poder central já demonstrou que não quer nada como Elvas (ou com Rondão de Almeida). O poder regional, esses então, fazem força em sentido contrário (ciúmes?). E é aqui que se encontra o busílis da questão técnica. Senão vejamos: quem é a comissão de candidatura? Já lá vamos.
A primeira tentativa que se fez para candidatar Elvas a Património da Humanidade foi um erro monumental, já que a candidatura englobava o Centro Histórico. Ora uma das premissas a ter em conta é a originalidade. Há em todo o mundo centenas para não dizer milhares de centros históricos, senão iguais, do mesmo tipo. Por muito boa vontade que houvesse, era impossível. CHUMBO!
Depois veio a segunda tentativa e que a meu ver tem pernas para andar como nos posts anteriores referi. A candidatura cinge-se ao conjunto amuralhado de Elvas e aos fortes adjacentes. Foi a solução certa, já que conjuntos como este não há por aí em todo o lado.
Resumindo, pelo meu ponto de vista, a candidatura é a correcta.
Então onde está o problema? Na comissão encarregue de produzir o dossier. Sem falar em nomes, não há um elvense na sua constituição. E porque seria necessário? Simplesmente para controlar. Sim controlar. Não ponho em causa, nem nunca pus a capacidade técnico-científica dos seus elementos, que conheço na sua maioria. Agora o que não acredito é na sua vontade que avance, já que dentro dela há um lobi fortíssimo de Portalegre, que não sei se estará interessado em que esta termine favoravelmente para Elvas. É a mesma, ou quase, que enterrou a candidatura de Marvão e
A drª Elsa Grilo que também faz parte da comissão falou há dias atrás à Rádio Elvas sobre o assunto. Falar falou, mas dizer, não disse nada de concreto. É aqui que volto a fazer a pergunta que já fiz umas quantas vezes: “Qual é o ponto de situação da candidatura?” Quais são os passos que faltam dar? Em que estado se encontra o dossier, e quando falo nele, estou-me a referir aos estudos técnicos, científicos e históricos? E os estudos do restauro? E a questão das várias entidades proprietárias das quais estão dependentes os “edifícios”? Não se sabe nada.
Não estaria na hora de informar os elvenses do que se está a passar em concreto? Ou será que vamos ter as más notícias só depois das eleições?
Eu continuo esperando, mas se o processo falhar vou apontar o dedo a muita gente.
Jacinto César
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