Agora está na hora de fazer um balanço, para saber o que falhou na selecção que teoricamente tinha melhores valores individuais.
Na minha modesta opinião, o que falhou na selecção é o que falha diariamente no nosso país: um colectivo (o país), o cada um a jogar por si (o salve-se quem puder), a falta de ambição e falta de convicção.
Está demonstrado que, nós os portugueses e noutros contextos, somos tão bons ou melhor que os outros, mas a jogar em casa somos uma miséria. Somos incapazes de trabalhar para o bem comum e a única coisa que nos passa pela cabeça, somos nós. O terrível individualismo. Já noutros tempos e noutros lugares, em plena guerra do Ultramar, costumava-se dizer, “ … podem morrer todos desde que eu me safe, tudo bem.” Sei que ninguém desejava tal coisa, mas acredito que nos momentos de aperto, cada um pensava fundamentalmente em salvar-se a si próprio e depois se pudesse faria qualquer coisas pelos outros.
Não vale a pena escamotear a verdade. O português sofre de um individualismo a roçar o egoísmo.
Se para ganhar mais uns trocos tiver que acontecer que outros que necessitam mais do que eu, ganhem menos, não hesito! Somos assim!
Parabéns aos espanhóis e a Espanha pela brilhante vitória. Que nos sirva de lição.
Jacinto César
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