Apesar de haver assuntos que me merecem comentários, como é o caso da montanha que pariu um rato (Inspecção à Câmara Municipal de Elvas) e o malfadado Centro Histórico d Elvas, hoje torna-se para mim muito mais importante a situação da saúde em Elvas.
Noticia o Linhas de Elvas de hoje aquilo que todos nós esperávamos: o esvaziamento progressivo e continuado do Hospital de Santa Luzia. O mal começou logo quando foi atribuído o grau de Urgência Básica às urgências do hospital, contrariamente ao que se esperava que era a manutenção das Urgências Cirúrgicas. O Sr. Luís Ribeiro apressou-se logo a dizer que continuava tudo na mesma. Puro engano.
A situação faz lembrar aqueles furos muito pequeninos nos pneus dos automóveis: não esvaziam de vez, mas vão esvaziando aos poucos. Quando damos por isso temos o pneu vazio.
Perante o esvaziamento constante de competências, o nosso homem de Portalegre vai dizendo que não nos preocupemos, até que um dia acordamos e a situação é irreversível. Entretanto o hospital de Portalegre vai engordando com os despojos do nosso. Já há muito tempo que aqui digo que Portalegre só não acaba connosco porque não pode, senão Elvas neste momento era uma aldeia. Dizem por aí que eu tenho uma embirração especial contra Portalegre, mas será que os elvenses não vêm o que sempre nos fizeram e continuarão a fazer?
Passamos o tempo a discutir coisas menores e não vimos que nos estão a fazer o ninho atrás da orelha.
Olhemos o que se passou na Anadia. O Ministério da Saúde fez o que fez. A população revoltou-se. Não foi atendida. E a revolta continuou. E passado uns meses o dito ministério acabou por fazer marcha atrás ( notícia de ontem ).
E aqui em Elvas? Desculpem a linguagem, mas já baixámos as calças, já nos pusemos a jeito. Vamos deixar que nos façam o resto do serviço?
Como está tudo satisfeito, continuemos a discutir a casa da Elsa e o edifício do BES. O dia que abrirmos a pestana já é tarde.
Uma pergunta inocente: em Elvas não existe uma EN4 e uma A6? E para o ano não temos umas quantas eleições? Pensem no assunto.
Jacinto César
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