Mais um S. Mateus termina hoje e mais uma vez temos que fazer o balanço das Festas da Cidade.
Antes de mais o que é que podemos dizer? Tudo na mesma, ou seja umas festas em declínio.
Dirão uns: a culpa foi do tempo. Dirão outros: as atracções não atraem ninguém. Dirão outros: a feira cada vez está mais incaracterística. E haverá ainda outros que se estão nas tintas para tudo.
Eu não me conformo com a ideia deste imobilismo e de ver o declínio do S. Mateus até chegar a um ponto de não retorno. É triste.
E isto porquê? Pela teimosia de quem está à frente da Confraria e do seu conservadorismo. Isso mesmo.
Ouvi com muita atenção a entrevista dada à Rádio Elvas pelo Juiz da Confraria e é confrangedor ouvi-lo dizer que a Câmara não dá um passo na sua direcção para depois confessar que a Confraria também não o dá. A Confraria está de “tanga”, mas não dá um passo para resolver a situação. Pior, recusam-se a fazer um debate público sobre o assunto. Pobres mas orgulhosos. E como é que tudo isto vai acabar? Numa morte há muito anunciada. Os elvenses não contam para nada. Agora aquela sensação de poder que os mesários têm é que é no mínimo ridícula. Sentem-se pessoas importantes e absolutas em que a opinião dos outros não conta para nada. Sem ofensa pelo paralelismo, parecem-me aquelas mulas velhas a quem se tem que por umas palas nos olhos para não poderem olhar para o lado.
Uma boa semana para todos
Jacinto César
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