Para quem estudou matemática tem a noção que com a estatística se pode brincar e fazer uma leitura “muito à maneira de cada um”.
É evidente que se uma pessoa comeu um frango e a outra nada comeu, estatisticamente falando, em média cada pessoa comeu meio frango. Isto vem a propósito do recente estudo do INE que revelou surpreendentemente que os portugueses gastam mais em hotéis e restaurante do que em saúde e educação. Isto é na verdade uma descoberta extraordinária. Num país em que uma grande parte da população vive com o ordenado mínimo nacional, em que a chamada “classe média” não tem dinheiro nem para mandar cantar um cego, que pouco ou nada lhe sobra depois de pagar as despesas que tem e que infelizmente há umas dezenas de milhares de famílias que perderam a casa por não a poderem pagar ao banco e que finalmente há milhares de pessoas que têm que fazer a escolha entre comer e comprar os medicamentos, dá vontade de rir (para não chorar).
Esta notícia não é como sempre inocente e tem sempre subjacente uma qualquer medida que se quer tomar. Primeiro atira-se o isco e depois pesca-se. O que é ainda não se sabe! Mas alguém vai ser atingido nos próximos tempos. Resumindo, estão a preparar-se para “lixar” alguém.
De Leitor da Internet a 21 de Junho de 2012 às 12:41
A notícia abaixo é da Rádio Elvas. Creio não ser abuso divulgá-la. Até reconhece a actualidade informativa da rádio.
O tema das grávidas e partos na região de Elvas volta à ordem do dia. A Rádio ELVAS sabe que muito brevemente vai começar a ser transmitido às grávidas que aqui são acompanhadas que a única opção para a realização do parto será na maternidade do Hospital Drº José Maria Grande, em Portalegre. Significa isto que as grávidas vão passar a ser canalizadas unicamente para a Maternidade do hospital de Portalegre. As mulheres vão deixar de ter a opção de escolha pelo parto na Maternidade do Hospital de Évora ou na vizinha cidade de Badajoz (Espanha), no Hospital Infanta Cristina, ao abrigo do protocolo entre o Governo Português e Espanhol. Recorde-se que este protocolo surgiu aquando do encerramento da Maternidade Mariana Martins do Hospital de Santa Luzia em Elvas. A esta situação não será alheio o facto do Governo Português ter uma dívida com Espanha pelos partos efectuados em Badajoz. As autoridades espanholas já haviam alertado para o facto de existir uma dívida na ordem dos 2,3 milhões de euros relativos à assistência médica das grávidas alentejanas no Hospital de Badajoz. Estes valores referem-se a partos realizados desde 2008. A divulgação desta dívida foi efectuada pela vice-presidente e porta-voz da Junta da Estremadura, Cristina Teniente, tal como a Rádio ELVAS noticiou na altura. As entidades competentes nesta matéria, a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) e a Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, optaram por não comentar esta notícia avançada hoje pela Rádio ELVAS.
A notícia acima é da Rádio Elvas. Julgo não ter sido abuso divulgá-la. Até atesta a actualidade informatica da rádio da minha terra. Parabéns!
A Comissão Nacional de Saúde Materna dá uma certa piada. Como Portalegre não tem o número de partos suficientes, vêm buscar grávidas a Elvas e Campo Maior! Também poderiam ir buscar umas mulheres a Alandroal, Mourão e Barrancos. Sempre melhorava os míseros números de Portalegre.