Ando desconsertado! Ando eu e anda muita gente, presumo.
Vem uns senhores e dizem que a Europa só se cura com mais austeridade. Vem outros e dizem que o que a Europa precisa é suavizar a austeridade e investir no emprego e no crescimento. E todos os dias ouvimos esta lenga-lenga que nos deixa os neurónios numa lástima. Uma coisa é visível: a austeridade diminui o consumo, a diminuição deste faz aumentar o desemprego, este faz diminuir a recolha de impostos e aumentar as prestações sociais e o crescimento é negativo. E depois? Há que aumentar a austeridade, e tudo se agrava novamente. Nunca até hoje alguém me explicou o que é que acontece no fim deste ciclo vicioso.
As opiniões contrárias são da opinião que a fuga tem que ser em frente acompanhada de uma diminuição das despesas do estado.
Hoje voltei a este assunto por causa do resultado das eleições francesas que me deixaram bastante satisfeito, não tanto por quem as ganhou e que não conheço de lado algum, mas pelo facto de deixar de ver aquele palhaço miniatura pôr-se em bicos dos pés a fazer coro com a sua vizinha oriental. Já não o podia ver mais.
Por aquilo que têm sido os resultados nos vários estados alemães é espectável que nos próximos tempos me veja livre também daquela cara de filme de terror.
A Europa poderá viver sem aquelas duas almas penadas? Penso que sobreviremos além de estarmos a praticar um acto de caridade: O Nicolas poderá dispensar mais tempo à Carla e a alemã terá mais tempo também para arranjar outro marido, coisa que duvido.
Jacinto César
Caro Porto Editora (ou será que lhe posso chamar outro nome?)
No meu dicionário, “expectável” significa que pode esperar. O mesmo informa que “espectável” significa que é previsível.
Sabe que mais, vá pastar caracóis.
Jacinto César
Blogs de Elvas