Muito se tem discutido e falado sobre o Forte da Graça nestes últimos tempos.
Se é verdade que têm aparecido as mais variadas opiniões, contraditórias por vezes e algumas vezes polémicas, uma coisa é certa: está-se a falar do assunto o que fez com que os políticos se comecem a movimentar. E isso é bom. Convém é não deixar arrefecer.
Já aqui tenho deixado algumas opiniões. Hoje gostaria de as sintetizar para marcar a minha posição.
1 – Partindo do princípio que a Câmara Municipal de Elvas quer tomar posse do forte, baseando esta opinião nas várias tomadas de posições nestes últimos anos dessa mesma câmara, e sendo essa também a vontade dos elvenses que se interessam pelo tema, é então este o objectivo primeiro;
2 – Sendo que a tutela do Forte é do Ministério da Defesa, que pura e simplesmente abandonou todo o seu património (ou quase) e nunca mais quis saber dele, ao ponto de ter chegado ao ponto a que chegou, este tem que abrir mão dele a todo o custo. O Ministério não pode pensar que um dia aparecerá um mecenas que lhe queira deitar a mão a troco de uns euros. Eu não acredito que haja alguém que queira e que tenha arcaboiço financeiro para tal tarefa. Como tal os militares têm que ceder à vontade a cidade, sendo este o segundo objectivo.
Só que este objectivo não é fácil de atingir e é aqui que a população tem que lutar. E para mim lutar significa utilizar quaisquer meios à sua disposição para atingir essa finalidade.
A semana que passou ficou marcada pela apresentação de uma moção pelo CDS na Assembleia Municipal que acabou por ser chumbada. Nesse mesmo dia manifestei o meu acordo com o chumbo e logo de seguida caiu o Carmo e a Trindade. Vou então explicar essa minha posição e que é muito simples: quando há iniciativas por parte da população em relação seja ao que for, os políticos terão como dever apoiar essas iniciativas e não apropriarem-se delas para tirar dividendos políticos. No presente caso, foi exactamente isso que se passou e pelas opiniões que tenho colhido, ninguém concordou com este passo.
Há, neste momento várias iniciativas em curso, iniciativas essas que se devem manter como forma de pressão, porque é isso que ao fim e ao cabo os cidadãos podem fazer. É nisso que vou continuar a estar empenhado. O dia em que esses objectivos forem atingidos, vou dormir descansado e como sempre fiz, saio de cena.
Gostava por fim de relembrar aqui ao CDS, cujos membros me acusam de querer protagonismo, que não se podem esquecer que a petição pública que se fez em Elvas a favor do hospital, fui eu com o José Júlio Cabaceira que a organizou, e quando esta ficou completa para entregar na Assembleia da República, eu por vontade própria não fui a entregá-la. Deixei esse acto para os representantes da população. Verdade? A minha única satisfação é de poder contribuir para qualquer causa e só isso faz-me feliz. O resto dispenso!
Jacinto César
Caro João Caldeira
“Se não és por mim, és contra mim” é o que costumam dizer os egocêntricos. Na verdade há pessoas que de tão venenosas que são, morrem só de morder a língua. Enquanto espalham veneno tudo corre às mil maravilhas, mas quando o feitiço se volta contra o feiticeiro, tudo mal.
Caro amigo, eu digo aquilo que digo e assino por baixo. Já outros não poderão dizer o mesmo. Só que eu sou da plebe e alguns dos outros são da aristocracia (não, não tenho complexos alguns).
Muito mais poderia dizer, mas acho que não vale a pena. Quanto ao “mentiroso”, pense bem no que diz.
Jacinto César
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