Ontem escrevi aqui sobre a Constituição Portuguesa e da sua inutilidade, já que quem nos governa nem para ela olha.
Hoje e depois de mais alguns acontecimentos gostaria de escrever um pouco sobre a Europa que temos (ou não temos).
Apesar de já não ser propriamente um jovem (queria eu), nasci já uns anos depois de a 2ª Guerra Mundial ter acabado. Tão pouco vivi os anos difíceis do pós-guerra. No entanto, tal como todos sabemos, esta começou com a ambição de a Alemanha dominar todo o velho continente, mesmo recorrendo à força e com os resultados devastadores que todos nós também sabemos. Por esses anos, Hitler recorreu ao poderoso exército que tinha e à panóplia de armas que dispunha. E não tivesse sido a firme oposição dos aliados, hoje estaríamos todos a marcar passo ao ritmo de Berlim.
Mas esperem lá, não é isso que está a acontecer ou sou eu que estou enganado? Por acaso a invasão da Grécia pela Alemanha não começou já? As suas tropas armadas até aos dentes (leia-se comissário especial para o orçamento) não estão já a pouca distância de Atenas? Esta não será já a segunda invasão germânica em território helénico?
Falando mais claramente, aquilo que a senhora Ângela Merkel propõe para a Grécia é uma humilhação. Até o senhor Juncker, presidente do Eurogrupo já veio a terreiro dizer que era inaceitável tal proposta.
Hoje a Grécia, amanhã Portugal, depois a Irlanda (que para se prevenir já disse que o tratado orçamental só com referendo), depois Itália e Espanha e a Bélgica que está em farrapos e depois sabe-se lá quem mais. Bolas, se isto não é uma invasão, o que é então?
Diferente da perpetrada por Hitler quanto aos meios, é verdade, mas a finalidade é quase a mesma: DOMINAR A EUROPA!
Ai Europa, Europa, o que tu foste e para onde tu vais.
Nota final – Já depois de ter escrito este texto, estive a ler os comentários que os meus ilustres comentadores fizeram. Só lhe queria dizer algo: preocupem-se com o que pode acontecer a TODOS os portugueses e não a cada um individualmente. O que ali escreveram é o puro egoísmo tão típico do nosso povo.
Jacinto César
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