Esta semana foi pródiga em acontecimentos que fazem subir o ego de muita boa gente.
Para começar bem, o Fado (a velha cantiga que materializa os queixumes dos portugueses), foi elevado à categoria de Património Imaterial da Humanidade. Não me espanta nada que a lenga-lenga dos portugueses se espalhe agora pelo mundo inteiro. Bem, com a crise que vai atravessado meio mundo, é muito natural que o fado venha a ser cantado em muitas línguas.
No dia a seguir veio o velho Benfica-Sporting em que os primeiros levaram avante sobre os segundos. Mais incêndio menos incêndio, mais morcelada menos morcelada, o clássico cumpriu o seu dever: pôr nos dias seguintes toda a gente a discutir e o papel dos jornais a vender-se às toneladas. Vá lá que desta vez ninguém se lembrou de atacar o tipo de “preto vestido”. Pelos vistos foi o único que se portou bem.
Já a semana decorria e chega de retumbante o velho tema de Olivença. Lá vão aparecendo as mais inflamadas opiniões patrióticas, que se fossem levadas à letra, estaríamos a esta hora a mobilizar as tropas para invadir a antiga possessão lusa e resgatá-la das garras castelhanas (com o Presidente da Câmara à frente e armado em porta estandarte das tropas).
Amanhã e para finalizar a semana (se é que não vai acontecer mais nada até lá) comemora-se o 1º de Dezembro, dia em que nos libertámos (?) do jugo castelhano e lá vamos todos à meia-noite cantar o hino da Maria da Fonte (versão melhorada) para a frente da Azevia com todo o fervor patriótico que nos distingue de outros povos. E como não chega uma vez há sempre mais um ou dois “encores” que é como quem diz, uma ou duas repetições da jogada.
Com todos estes acontecimentos e pelos diversos motivos, só me apetece cantar “..às armas, às armas…”.
Bom feriado.
Jacinto César
Blogs de Elvas