Desde que a candidatura das Fortificações de Elvas avançou, mais do que uma vez aqui deixei a minha opinião sobre ela. E qual foi essa minha opinião? Elvas jamais será Património da Humanidade. E expliquei o porquê dessa minha opinião. Nada tem a ver com a qualidade do dossier apresentado. Nada tem a ver com a qualidade do património proposto. Tudo tem a ver com os lobis. Goste-se ou não, aceite-se ou não, tudo tem a ver com os lobis que passo a citar:
1 – Falta de empenho e de força política do governo junto das instâncias internacionais como o ICOMOS ou a UNESCO;
2 - Contra vapor dos lobis regionais que não querem concorrência;
3 – Lobis das grandes cadeias hoteleiras;
4 – Lobis das companhias aéreas;
5 – Corrupção.
Atente-se nas nomeações saídas do congresso de Brasília: de todas as candidaturas, foram “galardoadas” uma série de sítios, sendo que só dois são europeias. Um sítio francês e outro holandês. Todos os outros sítios, ou são asiáticos, africanos ou da América latina. Leiam o que atrás escrevi sobre o assunto e vejam se coincide ou não com o que veio acontecer e que continuará no futuro.
Deu-se a feliz coincidência de me encontrar na Índia quando foram conhecidos os felizardos. Um dos contemplados foi Jantar Mantar em Jaipur e que eu me aprecei a visitar.
Tal como já me tinha referido numa das crónicas que fui fazendo durante as férias, esta atribuição é absolutamente ridícula. Eu explico o que vi e mostro algumas fotografias.
Jantar Mantar é um recinto murado, mais ou menos do tamanho de meio campo de futebol. É presumivelmente um observatório astronómico construído entre o século 18 e 19, sendo que, e segundo a própria UNESCO considera a construção inovadora para a época. Logo aqui há gato escondido com rabo de fora. E então os observatórios astronómicos gregos e egípcios que foram feitos há milhares de anos? E todos aqueles que foram construídos na Europa na idade média? Mas não, aquele é que é original, e é tão original que ainda hoje está a ser acabado de construir como documentam as fotos. Pior, alguns dos presumíveis relógios astronómicos nunca funcionaram, ou seja, nunca deram resultados exactos. Lá, eles próprios admitem que assim é.
E como é que foi possível tal coisa? Pois bem, Jaipur que sendo uma cidade miserável, tem já lá instaladas as cadeias hoteleiras à espera dos turistas e as companhias de aviação esfregam as mãos de contentes de acarretarem os ditos para lá, já que qualquer viajem de avião de longo curso em termos de rentabilidade é muito melhor que as de médio ou curto curso, sendo que são estas últimas as que dão prejuízos às companhias. Simples não é?
Voltemos a Elvas. Quem é que beneficiava com a nomeação de Elvas? Ninguém obviamente. Estou-me a referir às grandes empresas.
Os turistas que potencialmente aqui viriam são europeus, deslocam-se de automóvel ou autocarro e instalam-se em hotéis mais baratos ou em parques de campismo, para já não falar dos mais jovens que chegam de comboio ou de autocarro de mochila às costas. Veja-se Évora.
Está claro que para nós elvenses seria sempre bom, mas não o era para aqueles que têm o poder e o dinheiro.
Ninguém mais do que eu gostaria que a candidatura elvense chegasse a bom termo. Mas temo que morrerei e morrerão outros muito mais novos que eu e tudo continuará na mesma, ou seja, a viver na esperança de um milagre.
Jacinto César
“Os funcionários sérios da Câmara agradecem á rádio por ser tão bem mandada”.
O pior é haver funcionários sérios na câmara que têm de ser mal mandados por uma senhora que abusa deles. Mas os mesmos funcionários ainda hão-de ficar agradecidos à rádio, quando for dada a notícia que o reposicionamento salarial vai em frente.
Não é “a desgraça dos funcionários é que é a boa notícia para eles!”; para eles, não há notícias boas nem más; há notícias; agradem ou não a Elsa Grilo ou Tiago Abreu.
“O director da Rádio Sim (…) faz jornalismo a sério”
O problema não é este!
O problema é que a rádio do doutor Galvão tem uma audiência residual, durante umas horitas, sem site na Internet, sem podcasts e sem vídeos; logo não interessa, nem a Tiago Abreu nem a Elsa Grilo.
O problema é que a rádio do doutor Góis tem muitos ouvintes no concelho e trabalha todos os dias durante 24 horas; por isso é tão apetecível para tanta gente; e alguns deles pensam que é a dizer mal que colhem frutos; como são os casos de Abreu e Grilo. É só ler e concluir.O Porti e o Nholas
Portinholas está dividido: de um lado o Porti, do outro lado o Nholas.
Tudo tem a ver com a actualidade camarária e uma reunião, quarta-feira à tarde no cine-teatro, sobre concursos e reposicionamentos remuneratórios de funcionários. E a insinuação já foi lançada por Portinholas: a Rádio Elvas vai dar a notícia?
Então é assim: Portinholas nunca pode ficar satisfeito. Por razões claras:
- o Porti deseja que a notícia seja dada pela Rádio Elvas, para que a opinião pública questione um erro da administração Rondão, sem esperar mais uma semana pelo Linhas de Elvas;
- o Nholas deseja que a notícia não seja dada pela Rádio Elvas, para poder dizer que a informação da rádio só faz é agradar à câmara, ficando à espera que sai o Linhas, no dia 21, coroado como paladino da independência jornalística local.
Se o Porti ficar contente, o Nholas fica triste.
Se o Nholas ficar contente, o Porti fica triste.
O Porti e o Nholas – parte 2
Folhetins é o que está a dar!...
Por isso, alimentemos este: o Porti e o Nholas não se põem de acordo.
Porti deseja que 160 trabalhadores da câmara tenham de repor o dinheiro, para continuar a bater em Rondão, Mocinha e Elsa. Mas o Nholas reza a todos os santinhos para que o reposicionamento se concretize já no próximo ano, para poder dizer que foi ele que apoiou a justa luta dos trabalhadores municipais, à sombra do trio Vieirinha, Pepone & Santa.
Porti pede que os 60 lugares não se abram no quadro da câmara, para poder continuar a dizer mal da gestão municipal.
Mas o Nholas já foi à Piedade pôr 60 velinhas, para apoiar a entrada no quadro dos ditos funcionários que vêem terminar os contratos, apenas possível pela acção do Nholas, do Simão e dos STALinistas.
O Porti ficou contente que a Rádio Elvas tivesse abordado o assunto; sempre é uma forma da população saber o que se está a passar.
O Nholas ficou escamado, pois a jornalista não disse o que ele queria que dissesse. Mas o Nholas também está zangado, porque a Rádio Elvas vai continuar a dizer que foi um erro técnico, garante o próprio.
O Porti dá razão às pessoas que, no concelho, dizem que na câmara se ganha muito para aquilo que se trabalha.
O Nholas assegura que os trabalhadores municipais são explorados e mal pagos pela administração Rondão.
O Porti e o Nholas não se encontram. E assim Portinholas anda dividido; de risco ao meio, sem possibilidade de encontrar consenso entre as duas partes.
Lembram-se da “Olívia Patroa” e da “Olívia Costureira”, numa criação magistral de Ivone Silva, no teatro de revista português?
É como anda, por estes dias, o Portinholas; Paulinho Portinholas; o mini Paulo Portas que tocou a Elvas. Também conhecido por “Perde Sempre”. Por que será?...
Há tanto para fazer às 20.26h. Nem que seja jantar; um belo petisco, num restaurante agradável, por exemplo.
Mas há quem se zangue às 20.26h e escreva coisas para descomprimir, ou para pressionar outros.
A Rádio Elvas tá vendida ao Tiago Abreu.
Mas há lá alguém que tenha dúvidas disto? Está à vista de todos, como a obra de Rondão Almeida.
A Rádio Elvas nunca deu a noticia quando a Câmara reposicionou os funcionários. Porque isso era bom para a maioria da Câmara e para os funcionários.
Falso. No fim da reunião da câmara, em Dezembro de 2009, o presidente falou sobre o assunto, sem contraditório, e falou dos concursos, também sem ser contraditado.
Viva a liberdade de imprensa em Elvas!
Como no Boletim Municipal?
Estão todos a levar nos cornos e ficam acobardados e capados?!
A levar nos cornos? Não temos sentido nada.
Capados? A última vez que fez falta, funcionou perfeitamente.
Já alguns prostáticos talvez não possam dizer o mesmo, não é?
Façam como nós: divirtam-se, também às 20.26h!
Depois de experimentarem, não querem outra coisa, vão ver.
Ah, pois é!
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