Finalmente chegámos aos dias de hoje. E qual é a situação?
1 – A comunidade que se encontrava em S. Pedro aí continuou, tendo só há pouco tempo sido desocupado o terreno em frente às moradias. Aqui cabe-me perguntar já:
- Alguém paga renda de casa?
- Alguém fiscaliza o estado em que as casas se encontram?
- Pagam água e luz como toda a gente?
Ponho as minhas dúvidas! Daqui surge logo a primeira medida: - verificar a legalidade de tudo como se faz a qualquer cidadão comum.
2 – Se em S. Pedro se criou um gueto, porque não criar outro mais? E assim nasce o Bairro da Pias. Não sei bem os contornos da sua situação aí, mas de certeza não andarão muito longe dos do outro bairro. Aqui requeria-se a mesma medida preconizada para o outro bairro.
Para ambos requeria-se a verificação se os moradores são os verdadeiros e legais arrendatários.
3 – Com o problema criado em Campo Maior devido à derrocada das muralhas, muitos dos que lá viviam deslocaram-se de armas e bagagens para Elvas, aumentando o já grande contingente. Isto para não falar dos que vão chegando de parte incerta e aí acampa.
4 – Presumo que não haja uma relação de toda a comunidade aqui residente. Esta seria outra das medidas a tomar: saber quem é quem. Saber com exactidão quantos agregados familiares ali vivem e a sua constituição.
O mal está feito e não vale a pena começarmos a atirar pedras uns aos outros. As duas situações não foram meditadas e acompanhadas por quem já tivesse experiência no assunto. Como desfazer o que está feito não resolve, então, ter-se-ão que tomar medidas para minimizar o impacto causado pelas medidas erradas. Assim sendo e se eu tivesse poderes de decisão tomaria as seguintes medidas:
1 – Recenseamento geral da comunidade.
2 – Verificação da legalidade de toda a comunidade em relação à segurança social e ao fisco.
3 – Estabelecimento de regras ou posturas municipais de convivência com a restante comunidade.
4 – Reunião de todos os chefes de família da comunidade com as autoridades (Município, Segurança Social, Finanças e Forças de Segurança) onde lhes seria explicadas essas regras e as consequências de não as cumprirem, relembrando-lhes que como cidadãos do país que, se têm direitos também têm deveres a cumprir.
5 – Efectiva penalização dos prevaricadores tal com acontece com qualquer outro cidadão.
6 – Criação de um gabinete de acompanhamento.
7 – Controle efectivo dos membros da comunidade não residentes.
Mais medidas se poderiam tomar para controlar o tráfico de drogas e armas com operações das forças de segurança se forma assídua (de nada serve uma operação deste tipo “uma vez por ano”)
Estou consciente que não seria tarefa fácil e levantaria múltiplos problemas na sua execução. Mas ficarmos de braços cruzados à espera de um milagre é que não pode acontecer.
O ambiente neste momento é de cortar à faca e se nada se fizer em concreto qualquer dia acordamos com a notícia de alguma tragédia. Depois choramos todos, apontamos o dedo a toda a gente e passados uns tempos tudo regressa à estaca zero para reiniciar um novo ciclo. Espero não estar a ser um profeta da desgraça!
Jacinto César
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