Então é assim (já sei que não se deve dizer assim, mas a mim soa-me bem).
1 – Quando a economia está em crescimento toda a gente se atira à função pública como se estes fossem uns inúteis. É uma casta que poderia muito bem desaparecer já que de incompetentes a mandriões, todos os adjectivos pejorativos lhes assentam bem. Resumindo, são uma cáfila de parasitas que ganham fortunas e nada fazem. O estado e os seus funcionários não servem para nada. A iniciativa privada era capaz de tomar conta do barco (todos temos visto do que são capazes de fazer).
2 – Quando a economia está em baixo, toda a gente estende a mão ao estado como se este fosse o pai e a mãe de todos. Aqueles que em época de vacas gordas defendem a privatização de tudo e mais alguma coisa, quando as vacas emagrecem, o estado que tome conta de tudo que é a sua obrigação (lembremo-nos de bancos e outras empresas que só não faliram à custa do dinheiro de todos nós).
Assim sendo continuo sem entender o que será melhor, se o público se o privado. São subsídios para isto e para aquilo, são ajudas para as reformas deste ou daquele sector de actividade.
Na agricultura se chove que venha o subsídio de inundação, se não chove venha então o subsídio de seca. Os pescadores se não pescam nada querem subsídio, se pescam muito e os preços vêm por aí abaixo querem compensações. Resumindo, todos são contra o estado, mas todos gostam de chupar na sua teta.
Somos na verdade um povo muito complicado. Como dizia o outro, não nos governamos, nem nos deixamos governar.
Nota 1 – Nestes últimos dias reparei que o número de trabalhadores nacionais nas obras da escola aumentou. Será que alguns já começaram a ganhar juízo? Não tenho nada contra os trabalhadores estrangeiros, mas dá dó ver tanta gente a receber o subsídio de desemprego e a não querer aceitar um trabalho.
Nota 2 – Caros comentadores: não se cansem mais a chamar-me analfabeto, incompetente e outras coisas mais, pois estou consciente de tudo isso. Mesmo sendo isso tudo, o meu nome é Jacinto César. E o vosso? Quem sois vós com os quais tanto tenho aprendido? Gostaria de vos agradecer, mas não sei a quem!
Jacinto César
Caro JB
É com muito gosto que lhe dou a minha opinião em relação às suas perguntas.
Em relação à pedofilia em Portugal e no Brasil tendo como protagonistas padres católicos, não podendo jurar, quase que poderia dar a certeza que sim. Sendo uma prática muito condenável, é um fenómeno não muito difícil de explicar sobre o ponto de vista psicológico e sociológico. Penso ser um fenómeno não tão raro como se pensa e que atinge todos aqueles que foram educados em ambientes exclusivamente masculinos, como seminários, colégios com internato e academias e escolas militares. Bem, o tema daria pano para mangas.
Em relação à sua segunda pergunta, tenho as minhas dúvidas. Como se costuma dizer que quem parte e reparte e não fica com a melhor parte ou é parvo ou não tem arte, penso que nós não seríamos as pessoas indicadas para fazer o nosso próprio estatuto, além de que não nos iríamos entender de certeza. Agora se me falar no estatuto das escolas e dos alunos, aí sim. Quem sabe de pão é o padeiro …
Quanto á sua última pergunta, não concordo. Há dentro da Função Pública profissões muito particulares, e que não são só os professores, que fatalmente terão que ter estatutos laborais distintos. Não para serem beneficiados em relação aos outros, mas porque na verdade são diferentes e como tal terão que ser tratados de modo diferente. Um polícia, um militar, um médico, um diplomata e muitos outros profissionais têm funções muito particulares e como tal terão que ser tratados de modos diferentes.
É a minha opinião e como tal vale o que vale. Haverá muitas mais.
Jacinto César
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