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Quarta-feira, 10 de Março de 2010

O TGV regional

Salvo raras excepções não gosto de comentar o que os companheiros blogers elvenses escrevem. Desta vez tenho que o fazer.

 

Caro Zé de Mello

O assunto de dois dos seus últimos posts referem-se à implementação de um possível metropolitano de superfície entre Elvas e Badajoz.

Caro amigo, não acha que é uma megalomania tal projecto? Nestes últimos dias foram suprimidos os transportes urbanos por falta de clientes. E porquê? Porque as pessoas cada vez mais gostam de levar o carrinho até à porta do local a que se deslocam. Para estarem bem, todas as repartições públicas, comércios e bancos deveriam na sua cave ter um parque de estacionamento. Para verificar o que digo, basta deslocar-se até à rotunda do tribunal cerca das 9 horas da manhã e 2 horas da tarde e ver a quantidade de carros que entram no centro histórico. Ás vezes até me pergunto onde é que cabem tantos carros. Somos assim.

Vejamos agora o caso em análise. Os elvenses vão até Badajoz fazer o quê? Fazer umas compras ou beber uns copos. Os pacences vêm a Elvas fazer exactamente o mesmo. A pergunta que agora faço é a seguinte: acredita que alguém dispense o carrinho? Tenho as minhas dúvidas! Mais, tenho quase a certeza.

Pode-se colocar o argumento: e com a chegada do TGV? Não vejo a necessidade de um metropolitano, já que os autocarros directos, vulgo shuttles, cumprem perfeitamente a sua função. Aeroportos europeus que movimentam milhares de pessoas/dia usam-no sem problemas.

Caro Zé, estando muitas vezes de acordo com os seus escritos, desta vez não posso concordar.

Os meus cumprimentos

 

Jacinto César

 


Tasca das amoreiras às 00:00
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De eduardo a 10 de Março de 2010 às 10:24
pois a mim, sem querer ser espírito de contradição, parece-me interessante. sei que a palavra milhões assusta sempre, mais ainda em tempos de crise. mas é preciso pensar em formas de ligar as duas cidades, da maneira mais dinâmica e confortável possível. quem sabe que novas trocas comerciais e/ ou hábitos se poderão criar. já quantos à decadência dos transportes públicos, eu, que sou e sempre fui utilizador, só posso deitar culpas às entidades competentes (CP, etc...), pela sua ruína. maus horários e pseudo-modernização de caca que só terá servido para salvar a Bombardier, ou para encher os bolsos sabe-se lá de quem. Dirás: isso é muito lindo mas tu és dos que não tem carta de condução. e sou. mas pensa em todos aqueles que trabalham ou estudam em badajoz e no que farão, quando confrontados com uma alternativa barata, que se lhes ajuste ao quotidiano. pensa em todos aqueles que vão para os copos em badajoz e que, evitada a "necessidade" do pó-pó, talvez se vejam resgatados às estatísticas da sinistralidade - das quais nos queixamos muito. E pensa, lá está, no rol de possibilidades que nem sequer ainda nos ocorreu... Um abraço, pai.


De Anónimo a 10 de Março de 2010 às 12:01
Os estudos são muito animadores…
Há cerca de 23 mil pessoas por ano a circular, em transportes públicos, entre Elvas e Badajoz.
O que quer dizer, em média, 63 pessoas por dia em ambos os sentidos; menos de 32 pessoas por dia em cada sentido.
O metro de superfície teria de circular umas 16 horas por dia, com ligações de hora a hora, no mínimo.
Ou seja: em média, cada viagem de metro de superfície teria… dois passageiros!
Os estudos são, na verdade, muitíssimo animadores e altamente aliciantes em termos de rentabilidade de um investimento desta natureza.


De Eduardo a 10 de Março de 2010 às 12:36
Bem, não me parece que reduzir ideias ao absurdo seja a melhor solução neste tipo de discussões e na verdade, sinto-me tentado a desconfiar destes estudos. Lembro-me do tempo em que estudava na Universidade de Badajoz, obrigado a viajar num e noutro sentido pelo menos duas vezes por dia, e de como os autocarros iam cheios. Estou a falar, é claro, de um autocarro de 20 lugares que nesse tempo fazia (não sei se ainda faz) cerca de 8 viagens diárias. Ora numa destas suas reduções, combatendo um absurdo com outro, seria fácil extrapular que viajavam 160 pessoas por dia, num e noutro sentido - imaginando que as pessoas que vão são as mesmas que voltam. E claro, estamos a deixar de lado a questão de estreitar os laços comerciais e culturais entre as duas cidades, laços de enorme potencial num contexto europeu, e ainda a questão da sinistralidade rodoviária nas "migrações" noturnas, que tantas vezes nos faz chorar, não é?, e que nestes momentos parece não ter grande importãncia. Lá está: é muito mais barato ir chorar aos funerais...


De Anónimo a 10 de Março de 2010 às 13:18
Bolas !!!

A megalomania dos elvenses e dos portugueses só nos pode levar à banca rota.

Só obras de fachada...
Onde estão as actividades que nos dão emprego e riqueza para podermos ser um país com futuro?
Temos centros culturais,temos museus do melhor,temos casas da música,temos mais autoestradas dos que os países europeus,temos
folclore e festas por todos os lados,queremos ter mais TGVs que a maioria do países ricos,temos...temos...um mundo cheio de nada.

Mas...infelizmente também temos mais pobres,mais desempregados,menos empresas de sucesso,menos instrução,etc.etc...

Só obras de fachada!

Como o Povo diz :por dentro pão bolorento,por fora cordas de viola.
Viva Portugal.


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