Um dia cai uma, depois cai outra e pelo que se vê algumas mais irão cair. Se não houver vítimas, cá por mim poderiam cair muitas! Eu explico-me!
Uma parte substancial das casas do centro histórico são património militar. Ora se os militares não têm dinheiro nem para a gasolina como é que o vão ter para recuperar casas velhas? Outro grande número são privadas e como tal pertença de senhorios tesos ou que se recusam a gastar dinheiro na sua recuperação. Que fazer então? Como os ingleses dizem, tudo nasce, cresce e morre. Ora se muitas casas estão para cair, pratiquemos misericordiosamente uma “eutanásia” urbana. Deixemo-las morrer em paz. Aquelas que pela sua história ou importância vamos mantê-las a todo o custo.
Há no centro quarteirões inteiros que vinham abaixo e que poderiam dar lugar a espaços abertos e ajardinados.
Nós nas nossas casas todos temos o hábito de guardar tudo, mesmo o que não faz falta. De quando em vez lá fazemos uma limpeza e noventa porcento do que fomos guardado vai para o lixo. Porque não fazer o mesmo às casas.
Um exemplo: no largo Luis de Camões há aquela ilha de casas que não faz ali nada. Antes pelo contrário. Aquele grupo de velhas habitações se viessem abaixo não davam outra dignidade ao largo? Penso que sim!
Jacinto César
O Dia da Mulher
Não queria deixar de passar esta data para manifestar mais uma vez o meu desacordo com a comemoração deste dia, já que parece que só neste dia é que se lembram delas. Podem maltrata-las, discriminá-las e até matá-las durante 364 dias por ano. Neste dia não. Eu se fosse mulher há muito tempo que lutaria contra tal dia. Mais, aquela história de “cotas” para as mulheres neste ou naquele sector é repugnante. Parece que estamos a compará-las com as cotas de bacalhau, de leite ou dos cereais. Abominável!
Jacinto César
Blogs de Elvas