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Terça-feira, 2 de Março de 2010

Crise em Elvas – 2

Era para não dar continuação ao texto de ontem, mas resolvi voltar ao assunto devido aos comentários que foram feitos.

Eu confessei a minha ignorância em relação a tudo o que diz respeito a questões económicas, mas alguns não só demonstram essa mesma ignorância como são portadores de uma má fé e duma maldade a todo o tamanho. Como tal gostaria de esclarecer algumas questões que ficaram em aberto.

Em primeiro lugar, nada me move contra aqueles que têm dinheiro e poderiam investir na sua terra. São pessoas que pelas mais variadas razões nunca se “cruzaram” comigo.

E segundo lugar nada de pessoal me move contra os políticos da terra.

Em terceiro lugar sou insuspeito no que digo já que pertenço à classe dos “tesos”, mas não invejo em nada os “outros”.

O que ontem quis aqui deixar claro é que se não forem os elvenses a fazer algo pela cidade, ninguém o fará por nós. Que ninguém tenha dúvidas disso.

A pergunta que gostaria de fazer é a seguinte: porque é que os que podem não o fazem? E foi precisamente por isso que evoquei aqui a família Fino e Rui Nabeiro. Não me venham com a desculpa que não há ninguém com condições para o poder fazer.

Hoje e casualmente falei com alguém que em tempos tinha sido meu aluno. Ele e o irmão continuaram o negócio da família, aumentando-o e modernizando-o. Não me recordo bem quantas pessoas trabalhavam para o pai, mas de certeza que hoje trabalham para os filhos muitos mais e em melhores condições. Não seriam pessoas ricas e se calhar ainda hoje não o são, mas no entanto tiveram a coragem de continuar e melhorar. Quantos casos como este poderão ser contados aqui na cidade? Muito poucos certamente. E porquê? Não sei! Falta de coragem? Talvez! Por comodismo? Certamente!

Ontem quando falei aqui na agricultura, era precisamente isto a que me estava a referir. Torna-se muito mais fácil estender a mão ao euro-subsídio e não fazer nada do que rentabilizar as terras de que são possuidores. Ora se para os espanhóis a agricultura é rentável ao ponto de uma parte substancial do Alentejo já lhes pertencerem, porque não o é para os portugueses? Eu até talvez saiba o porquê. É muito mais fino andar em bons carros e não dobrar a “mola” do que trabalhar. É muito fino aparecerem muito bem postos nas revistas do coração do que serem fotografados em cima de um tractor.

Dos comerciantes já nem vale a pena falar mais do que aquilo que já aqui anteriormente disse num texto mais antigo.

Da indústria já nem é bom falar. Da pouca que havia já não resta nada e até o pão que comemos vem de fora

Mas afinal quem somos nós os elvenses? Uns preguiçosos? Uns mentecaptos? Uns cobardes? Não sei! De uma coisa tenho a certeza: estamos sempre à espera que venham alguém a fazer por nós. É uma fatalidade ancestral!

 

Jacinto César           

 


Tasca das amoreiras às 00:00
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De JB a 2 de Março de 2010 às 17:21
Senhor Professor Jacinto César:
Parabéns pelo seu artigo. Uma boa parte dele está dedicado à agricultura.
Como ontem postei, hoje em dia os agricultores são maioritariamente socialistas e gostariam como tal de posar para uma revisa cor-de-rosa em cima um tractor, que é o instrumento de trabalho de um agricultor socialista e como tal representa um avanço tecnológico em relação ao arado de bois ou a parelha de mulas.
Um tractor representa por isso muito para um agricultor progressista e moderno, representa o Trabalho e o Progresso, ferramenta fundamental para a nobre missão de produzir alimentos para todos.
Um Abraço do JB


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