Aqui há uns dias atrás escrevi aqui sobre um vídeo duma parada militar na Noruega e sobre a “classe” com que os militares se apresentavam.
Nunca fui muito dado a Carnavais já que tenho a ideia de que as pessoas nestes dias mostram a sua verdadeira maneira de ser. Mas tudo bem! Há quem se goste de divertir desta maneira e não tenho nada contra isto. É festa e como tal tudo bem.
Este ano fui até ao centro da cidade dar uma vista de olhos pelo desfile e mais uma vez vim de lá triste. A diferença entre os “marchantes” e os militares que desfilam no 14 de Janeiro não são nenhumas. Eu explico.
Não vou por em causa o maior ou menor gosto dos trajes. Não vou por em causa a riqueza dos referidos trajes. O que não consigo suportar é o “frete” que muitos dos participantes fazem ao desfilar. Presumo que são todos voluntários. Com o mau tempo também presumo que estejam a fazer um grande sacrifício. Assim sendo, porque cargas de água os participantes se comportam com tão pouca convicção no que estão a fazer? Fazem adeus a tia e à prima, teimam em ir para a esquerda quando os outros viram à direita e vice-versa, saltam quando os outros estão no chão, etc, etc. Mas afinal o que é que vão lá fazer? Não estou aqui a dizer que se comportem como profissionais, mas bolas, poderiam fazer um bocadinho melhor. O problema não está nisto, porque não passa de uma brincadeira, mas está em tudo o que fazemos. Faz-se! Melhor dizendo, vai fazendo-se!
Jacinto César
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