Com o desejo de um Santo e Feliz Natal para todos, deixo-vos aqui mais umas quadras relativas ao Natal de Elvas, recolhidas por João Paulo Garrinhas.
XIII
Ai o menino chora, chora
O menino chora, chora
Chora e tem muita razão
Chora e tem muita razão
Ai fizeram-lhe a cama curta
Fizeram-lhe a cama curta
Dá com os pezinhos no chão
Dá com os pezinhos no chão
XIV
Ai lá vai a barca bela
Ai lá vai a barca bela
Que fizeram nos estudantes
Que fizeram nos estudantes
Vai nossa senhora nela
Vai nossa senhora nela
Coberta de diamantes
Coberta de diamantes
XV
Ai o menino foi à lenha
O menino foi à lenha
Espetou um pico no pé
Espetou um pico no pé
Ai gritou por Nossa Senhora
Gritou por Nossa Senhora
Acudiu-lhe São José
Acudiu-lhe São José
XVI
Ai Nossa Senhora faz meias
Nossa Senhora faz meias
Com linha feita de luz
Com linha feita de luz
Ai o novelo é lua cheia
O novelo é lua cheia
E as meias são pra Jesus
E as meias são pra Jesus
XVII
Ai lá no meio do mar alto
Lá no meio do mar alto
Cheirava que recindia
Cheirava que recindia
Ai era o manto da senhora
Era o manto da senhora
Que os marinheiros traziam
Que os marinheiros traziam
Nota - Como não poderia deixar de ser, vamos entrar uns dias de férias. Até para o ano.
Jacinto César
Plublicamos hoje mais algumas quadras do levantamento feito por João Paulo Garrinhas. Desta vez vem acompanhado de um vídeo com o Natal de Elvas e que é interpretado pela Banda 14 de Janeiro.
X
Ai lá vai a barca bela
Ai lá vai a barca bela
Que a fizeram nos solados
Que fizeram nos soldados
Ai vai Nossa senhora vem nela
Vai Nossa senhora vem nela
Toda coberta de cravos
Toda coberta de cravos
XI
Ai eu hei-de dar ao menino
Eu hei-de dar ao menino
Uma fita pró boné
Uma fita pró boné
Ai ele também me há-de dar
Ele também me há-de dar
Coisinhas pra chaminé
Coisinhas pra chaminé
XII
Eu hei-de dar ao Menino
Uma fitinha pró chapéu
E ele também me há-de dar
Um lugarzinho no céu.
Olhei para o céu
Estava estrelado
Vi o Deus Menino
Em palhas deitado.
Em palhas deitadas,
Em palhas estendido,
Filho duma rosa,
Dum cravo nascido!
Arre burriquito,
Vamos a Belém,
A ver o Menino
Que a senhora tem;
Que a senhora tem,
Que a senhora adora
Arre burriquito,
Vamo-nos embora.
Continuamos hoje a publicar quadras populares integradas na recolha de João Paulo Garrinhas com o título Natal de Elvas. Hoje acompanham as quadras um vídeo de Nico da Câmara Pereira a intrepertar precisamente o Natal de Elvas.
V
Dá-me o Deus menino
Não dou, não dou, não dou
Dá-me o Deus menino
Que à missa já lá vou
Dá-me o Deus menino
Não dou, não dou, não dou
Dá-me o Deus menino
Que à missa já lá vou
VI
Toca la zabumba que é noite de natal
Toca la zabumba deixá-la tocar
Toca la zabumba que é noite de natal
Toca la zabumba deixá-la tocar
Toca la zabumba que é noite de natal
VII
A ribeira nova
E o barco parado
Eu queria passar
Lá pro outro lado
Lá pro outro lado
Lá para a outra banda
A ribeira nova
E o barco parado
VIII
Arre burriquito
Vamos a Belém
A ver o menino que a senhora tem
Que a senhora tem que a senhora adora
Arre Burriquito
Vamos lá embora
IX
Ai vem as Três-Marias
Ai vem as Três-Marias
Numa noite de natal
Numa noite de natal
Vêm ver o deus menino
Vêm ver o deus menino
Antes do galo cantar
Antes do galo cantar
O galo cantou, cantou
O galo cantou, cantou
Cantou com muita alegria
Cantou com muita alegria
Ai já nasceu o deus menino
Já nasceu o deus menino
Filho da virgem Maria
Filho da virgem Maria
Para celebrar a Quadra Natalícia, vou aqui publicar nos próximos dias e a partir da recolha feita por João Paulo Garrinhas, uma série de cantares que denominou por Natal de Elvas.
Natal de Elvas
I
Vou-me a dar as boas festas
Vou-me a dar as boas festas
Aquém ainda não vi
Aquém ainda não vi
Desejo um bom Natal
Desejo um bom Natal
Um Ano Novo Feliz
Um Ano Novo Feliz
II
Ai mas que lindos pratos finos
Que lindos pratos finos
Estão naquela estanheira
Estão naquela estanheira
Ai viva o dono desta casa
Viva ao dono desta casa
Mais à sua companheira
Mais à sua companheira
III
Ai aqui estou à tua porta
Aqui estou à tua porta
Como um feixinho de lenha
Como um feixinho de lenha
Ai estou à espera da resposta
Estou à espera da resposta
Que da tua boca venha
Que da tua boca venha
Ai entrai, pastores, entrai
Entrai, pastores, entrai
Por esse portal a dentro
Por este portal a dentro
Visitar o deus menino
Visitar o deus menino
No seu santo nascimento
No seu santo nascimento.
IV
A virgem lavava
São José estendia
Menino chorava
Com o frio que havia
Com o frio que havia
Com o frio que estava
São José estendia
E a virgem lavava
Dando continuidade ao artigo que aqui escrevi ontem sobre a renomeação da Biblioteca-Museu António Thomaz Pires pelo nome da actual Vereadora Dra. Elsa Grilo, lembrei-me de um assunto que há muito aqui queria trazer, mas que por vários motivos ainda não o fiz.
Antes gostaria de perguntar à maioria dos elvenses se sabem que tivemos um Primeiro Ministro nascido e criado em Elvas e filho também de elvenses? Presumo que a maioria iria responder que não. Pois tivemos e esse filho da nossa cidade é José Lúcio Travassos Valdez.
É verdade, o mais conhecido por Conde de Bonfim e que foi Presidente do Conselho de Ministros de Portugal, nasceu em Elvas em 23 de Fevereiro de 1787 e faleceu em Lisboa a 10 de Julho de 1862. Foi Primeiro-Ministro nos anos de 1839 a 1841 no
XI Governo da Monarquia Constitucional. Era filho de José Bento Travassos da Silveira Araújo, cavaleiro da Ordem de Cristo, escrivão da Mesa da Consciência e Ordens, cargo que não chegou a exercer, abastado proprietário em Elvas e casado com D. Antónia Eufrásia de Sousa Godinho Valdez.
Pois é, e agora pergunto eu: qual foi a homenagem que se fez a este nosso conterrâneo? Nenhuma. Nem numa rua.
É por estas e por outras que o nome da Dra. Elsa Grilo na Biblioteca Municipal me causa incómodo, pelo facto de haver tantos ilustre elvenses que nunca tiveram uma homenagem devida ao contrário desta, que tendo trabalhado o que trabalhou em prole da cidade, não deixa, ou pelo menos até agora não deixou, algum trabalho de relevo.
Jacinto César
Nota - A todos aqueles que já assinaram a petição on-line, recordo-vos que têm que validar essa assinatura através de um mail que receberam e seguir as instruções. Caso contrário a assinatura não é válida.
Em 21 de Setembro deste ano escrevi aqui um artigo a propósito das mudanças de nomes na toponímia local e de nomes de equipamentos. Por essa altura estava em marcha uma campanha (Petição Pública) para a mudança de nome do Coliseu para Coliseu de Elvas. Manifestei o meu desacordo com tal mudança com os argumentos que apresentei (ver http://tascadasamoreiras.blogs.sapo.pt/coliseu-jose-rondao-almeida-390413 ). Mas tal como manifestei esse desacordo com a mudança, manifestei também o meu desacordo com a renomeação da Biblioteca-Museu António Thomaz Pires para Biblioteca Municipal Dra. Elsa Grilo.
De há uns tempos para cá muita gente tenho ouvido manifestando o seu desacordo com tal mudança, mas não passa disso mesmo.
Assim sendo e presumindo que estarei a dar voz a muitos descontentes, avancei ontem com uma Petição Pública dirigida ao Presidente da Assembleia Municipal no sentido de se repor o nome à Biblioteca Municipal, deixando no entanto mais alguns nomes de vulto das letras elvenses e que ainda não foram homenageados como deviam.
Claro que tal petição não tem nada de política, mas tão somente o fazer-se justiça a antepassados nossos.
Claro que o actual nome foi fruto de uma época que se viveu em Elvas em que o Presidente propunha qualquer coisa e o povo batia palmas. Fosse por medo, fosse por conveniência, fosse lá porque motivo fosse, o que é certo é que os seus desejos se transformavam em leis. Por muito que alguns se batessem, as suas palavras nunca eram suficiente e esbarravam sempre na vontade de Rondão Almeida.
Com esta petição, que desde já convido todos os descontentes a assinar, iremos repor a justiça.
Em relação à petição, e pensando em todos os que não se sentem confortáveis com as novas tecnologias, irão estar ao seu dispor, a mesma petição em papel. Irei informando os locais onde o podem fazer.
Uma boa semana para todos
Jacinto César
Amigo Zé
Agora já há uns tempos que não vinha aqui a manifestar as minhas opiniões, mas razões de saúde fizeram com que me mantivesse afastado das "coisas" da política local. Bem, mas isso não significa que não me tenha mantido informado do que se passa cá na nossa parvónia. Costuma dizer-se que se "Maomé não vai à montanha, a montanha vem a Maomé". Assim sou eu. Se não vou à rua a informar-me "os más-línguas e as vateiras" cá da terra acabam por me vir informar cá a casa do que se passa.
E sabes Zé? Fico feliz com o teu desempenho destes últimos dias. Parafraseando a tua fiel amiga, enquanto há COMENDADOR, não há cá Presidentes ou Vice-Presidentes. Era só o que faltava! Tu sempre foste e continuarás a ser sempre o meu ídolo, a minha referência e o meu guia. Tu foste e continuarás a ser o MEU PRESIDENTE, assim à moda do Hugo Chaves, que mesmo depois de ter "batido as botas" continua a ser o presidente do povo e até o actual presidente da Venezuela parece que à noite se aconselha com ele através do seu espírito que lhe aparece todos os dias.
Tu estás para o POVO de Elvas assim como Kim Jong-un está para o povo da Coreia do Norte.
Mas falando do que se tem passado por cá, acho muito bem o que tens feito em pores-te sempre em lugar de destaque nas jantaradas de Natal. Mas quem julga o Presidente que é? Lá porque foi eleito não quer dizer nada. Tu é que és o Comendador e não há cá ultrapassagens. Tu e a Tua rainha imponham-se e não deixes que te façam o ninho atrás da orelha.
Força Zé. Força Camarada Zé que o povo está contigo e este, unido jamais será vencido.
Um grande abraço de este teu amigo que muito te admira.
Jacinto César
Blogs de Elvas