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Terça-feira, 27 de Maio de 2014

Que turismo queremos para Elvas?

 

 

Em Junho do ano passado escrevia aqui um artigo sobre turismo.

Hoje colocaram-me no correio um prospecto sobre um Workshop sobre o Plano Operacional de Turismo do Alto Alentejo. Não conheço o plano em pormenor, mas somente as suas linhas gerais. E assim sendo volto à carga com o argumento que sem os espanhóis como parceiros não podemos fazer nada.

Deixo-vos aqui aquilo que então escrevi e que considero actual.

 

“Mais uma vez volto ao tema turismo, tema que me é muito caro por várias razões.

Todos nós sabemos que em redor de Elvas num raio de 90 quilómetros há 4 cidades Património da Humanidade: Cáceres, Mérida, Évora e Elvas. A juntar a estas cidades temos Badajoz que possui uma infra-estrutura fundamental para o turismo: um aeroporto. Pois bem, permitam-me dar um exemplo e depois explicarei o que quero dizer com isto.

- um avião charter sai de Pequim com 300 turistas a bordo;

- os 300 turistas desembarcam em Badajoz;

- as agências de viagens que venderam o pacote de férias, pegam neles e levam-nos a passar 2 noites a cada uma das 4 cidades.

- ao fim das 8 noites (9 dias que é o habitual para estes casos) os 300 turistas são novamente encaminhados para Badajoz e o avião que os vai levar, trás outros tantos, e tudo volta ao princípio.

Se verificarmos, de 8 em 8 dias temos os 300 turistas a passarem em Elvas 2 dias e 2 noites.

Estamos a falar de uma só origem e de somente 1 avião. E se conseguirmos trazer nesses 8 dias outro avião do Japão, outro da Índia e outro da Rússia? Significava isto que teríamos os hotéis actuais quase todos lotados.

Como é que isto se poderia fazer e qual o papel de Badajoz nisto tudo.

1 – Em primeiro lugar as câmaras destas 5 cidades teriam que se entenderem e fomentar a criação em Badajoz de um Tour Operator que organizasse os pacotes que iriam ser vendidos em feiras internacionais às agência de viagens dos vários países, com incidência nos países emergentes e que estão ávidos de sair, como são aqueles que referi no exemplo.

2 – Badajoz tornar-se-ia um interface de todas estas operações. Perguntar-me-ão porquê Badajoz? Porque Badajoz não tento por enquanto muito para mostrar, teria que também ganhar alguma coisa com isto, além de fornecer o aeroporto que é fundamental, já que o que temos mais perto é o de Beja, e este fica demasiado longe dos destinos espanhóis.

3 – Se durante a estação Primavera/Verão/Outono tentaria conquistar clientes de países que não tivessem invernos muito rigorosos, no Inverno tentaria captar clientes oriundos de países com Invernos extremamente rigorosos.

 

Que isto pode funcionar nestes moldes eu não tenho dúvidas, já que sou “cliente” há muitos anos deste tipo de operações.

Como organizar toda a operação? Bem, aí voltamos ao tema que bastantes vezes aqui tenho falado: a profissionalização do turismo. As câmaras que falem umas com as outras, que contratem pessoas entendidas no assunto e de preferência já “metidas” nele e penso que daí para a frente as coisas correriam sobre rodas.

Claro que além disto tudo, teríamos que dar formação à restauração, hotelaria e comércio para que as coisas corressem ainda melhor. Para finalizar diria que 1 turista satisfeito atrai mais uns quantos.”

 

Jacinto César


Tasca das amoreiras às 14:37
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Segunda-feira, 26 de Maio de 2014

E eu a vê-los passar

 

 

Já por várias vezes manifestei aqui as minhas dúvidas sobre a futura Euro Cidade Elvas/Badajoz e apresentei argumentos que para mim são justificativos da minha tomada de posição. Mas mais uma vez e para que não hajam dúvidas, esta minha posição nada tem a ver com o facto de Badajoz ser uma cidade espanhola. A cidade até poderia chamar-se Coimbra e ser portuguesa. As minhas reticências em relação à Euro Cidade residem no facto de nesta associação haver “um grande” e “um pequeno” o que traduz à partida uma grande desigualdade no tratamento de uma e de outra. Dito isto mais uma vez, vamos ao assunto.

Nestes últimos dias tenho assistido a um fenómeno muito engraçado. Bem, graça não tem nenhuma. Tenho verificado que durante a manhã aparecem por aqui no Centro Histórico vários grupos de turistas organizados (vulgo excursões). Desembarcam no local do costume (Srª. da Nazaré) e aí vêm eles com uma menina(o) de guarda-chuva aberto à frente, não vá alguma ”ovelha” tresmalhar-se. Vão direitos à Praça da República, vão à Sé, passam pela Igreja das Domínicas, vão até ao castelo e regressam quase pelo mesmo caminho. Daqui para o autocarro e “ala” até Badajoz, muito provavelmente até ao El Faro onde almoçarão e terão todo o tempo para fazerem as compras. Á noite ficarão de certeza instalados numa unidade hoteleira da cidade vizinha. E a pergunta que se impõe fazer é: e que ganhámos nós com isso? Nada de nada! Resumindo, a viagem foi teoricamente a Badajoz, mostraram-lhe o património de Elvas e ficaram com os lucros. Negócio perfeito.

Um dia destes começaremos a ver anúncios publicitários de turismo a Badajoz com fotografias dos Arcos das Amoreiras.

Se é isto a Euro Cidade, não obrigado.

Claro que a CME é culpada do assunto, pois continua a não querer contratar alguém sabedor do ramo para promover a nossa cidade com “cabeça, tronco e membros”.

Assim não vamos lá.

 

Jacinto César   


Tasca das amoreiras às 14:17
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Domingo, 25 de Maio de 2014

O Feudalismo

(Fotografia de António Matos)

 

 

Como todos sabem, o feudalismo caracterizava-se pela doação de terras pelos reis a determinados senhores pelos serviços prestados ao reino.

Hoje, aparentemente as coisas são diferentes, mas não tão diferentes como parecem. Hoje as terras não se doam, mas conquistam-se através dos votos e a partir da primeira vitória, os ganhadores comportam-se como autênticos senhores feudais.

Isto vem a propósito do último artigo que escrevi e de uma frase escrita à posteriori no Face Book, escrita pela Senhora Vice-Presidente da CME, Dr.ª Elsa Grilo.

Tenho por esta senhora uma grande consideração, não só pelo trabalho desenvolvido na CME como responsável pelo nosso património, como pela sua inteligência.

Também sei que a Drª. Elsa Grilo nutre pelo Vereador José Almeida um carinho muito especial, como se de um 2º pai se tratasse. Não a condeno por isso nem pouco mais ou menos. Só que por vezes excede-se no que diz e no que escreve e é sobre isso que quero falar.

Disse a Dr.ª Elsa Grilo o seguinte: "onde há Comendadores, não passam Presidentes nem Vice-Presidentes à frente".

Eu ainda quero acreditar que o disse sem o pensar, porque se o disse deliberadamente é muito grave, pois é um atentado à democracia em que vivemos e acreditamos.

Então um título honorífico vale mais que os votos dos cidadãos?  

Ser-se Comendador não é mais que um reconhecimento de um trabalho que foi feito. Ponto final. Todos, ou quase todos reconhecem que o ex-presidente da CME fez um bom trabalho durante os 20 anos que esteve à frente da autarquia. Mas isso não lhe dá o direito de se eternizar no poder até ter vontade de se vir embora, a não ser que esteja à espera que a actual autarquia descambe para depois aparecer qual D. Sebastião, como salvador da Pátria.

Espero sinceramente que a Dr.ª Elsa Grilo se retrate.

 

Jacinto César


Tasca das amoreiras às 18:01
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Sexta-feira, 23 de Maio de 2014

A calma de morte ou a paz podre?

 

Há por aí a circular um filme relativamente antigo que tinha por título “Calma de morte” cujo argumento era tão-somente um casal que viajava num veleiro em mar alto num mar tranquilo. Aparentemente tranquilo até aparecer uma terceira personagem que veio perverter completamente a tranquilidade até aí vivida.

E perguntar-me-ão: mas aonde queres tu chegar com isto?  

Isto faz-me lembrar a aparente tranquilidade existente na vida quotidiana na nossa autarquia, mas que não corresponde minimamente à verdade. É um barril de pólvora à espera que alguém com coragem ponha fogo no rastilho. E nesse dia o estrondo vai ser tão grande e os estragos tamanhos que depois vai ser difícil consertar.

Mas algo está a mudar. Já se vai ouvindo aqui e ali vozes a discordar com o “status”. As pessoas começam a ter coragem de falar alto e a apontar e dizer que o “Rei vai nu”.

E porque tudo isto? Porque há por lá um senhor que dantes “queria, podia e mandava” e continua a “querer, poder e mandar” mesmo que o estatuto que tem não seja compatível com o poder que tem. Estou a referir-me ao Senhor Vereador José Almeida, eleito para a autarquia em 3º lugar, mas que continua a ficar todo satisfeito quando lhe chamam “presidente”.

Se antes já era aquilo que todos nós sabíamos, a partir do momento em que lhe foi atribuída uma comenda (não nos esqueçamos que é um título honorífico tal como o de Doutor Honoris Causa a que não corresponde em nada ao título académico de Doutor) então é que ficou inchado.

Aparece em todo o lado. Está em todas as cerimónias. Aparece nos meios de comunicação social a toda a hora. Como é?

Tem um gabinete não compatível com o seu lugar na Câmara (penso que os outros vereadores não têm essas regalias). Tem um carro da câmara como nenhum outro vereador tem. Tem “uma tonelada” de pelouros que não são compatíveis com o seu estatuto de vereador a meio tempo. Como é?

Sei que o referido senhor me tem um “ódio de morte”, mas olhem bem para a minha cara de preocupado.

Isto tem de acabar. Não sei como, mas tem que acabar. Vejo-lhe a cara em todos os sítios e penso que até já sonho com ele.

Senhor Vereador José Almeida: demita-se e vá gozar a vida que lhe resta, e espero que sejam ainda muitos anos, juntamente com os seus filhos e netos.

Oh homem, deixe-nos em paz antes de armar uma guerra cujas consequências ninguém sabe quais serão.

 

Jacinto César


Tasca das amoreiras às 16:13
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