Ontem e por mero acaso fui parar ao site da CME ver quais os grupos que vinham actuar no festival de folclore.
Como já tinha aqui falado no assunto e tinha achado que o site era muito mau, resolvi dar-lhe uma volta.
Senhor Presidente da CME: o site é ridículo para não dizer outra coisa mais feia. Gostava de saber com tanta gente na Câmara que domina o assunto como é que é possível fazer-se coisa tão disparatada. Ou será que foi copiado de outra câmara e depois adaptado?
Vamos então ao que encontrei e que me deu vontade de rir.
1 – Quando coloquei o site na versão inglesa ia-me dando uma coisa má. Então não é que no fim da página inicial os contactos e os links para as redes sociais são os da Câmara Municipal de Alter do Chão? Ah, até a informação meteorológica é a de Alter do Chão. Um estrangeiro que queira contactar a câmara e seguindo as indicações vai para a Alter do Chão. Chocante!
2 – As traduções dos menus são cómicas. A grande maioria está em português e as que estão em inglês (?) são de arrepiar.
Senhor Presidente: experimente a carregar na opção do menu “Websites elvenses”. Sabe o que aparece?
Welcome my friends.
It's with great joy and recognition from the work of people in the world.”
Sabe Senhor Presidente? Já nem quis ver mais.
Permite-me que lhe dê um conselho? Ponha o site em off e mande recomeçar tudo de novo por alguém que entenda do assunto. Sinto-me envergonhado.
PS – Agradeço a gentileza de me oficiarem a agradecer o ter sido professor na Universidade Sénior. É um gesto simples mas bonito.
Jacinto César
Faz amanhã 6 anos que por brincadeira nasceu este blog. Até parece impossível termos chegado aqui, depois de termos visto morrer uns quantos, nascer e morrer outros e nós por cá ficámos.
Nem nos meus sonhos mais optimistas imaginava que isto tivesse atingido tais proporções. Mas o que é certo, é que os números falam por si:
1- 1363 textos produzidos
2- 368000 leitores (no dia de hoje)
3- 12141 comentários.
É obra.
Tenho a noção que ao longo destes anos fiz do melhor e do pior. Difícil seria dizer que tudo foi bom. Mas uma coisa é certa, tentei ser o mais imparcial possível, mesmo que isso me tivesse trazido aborrecimentos por parte de toda a gente.
Se algo me agradava feito pelo poder (leia-se CME), fatalmente estava colado a ele e como tal tiraria daí alguns benefícios, dizia a oposição. Claro que quando algo me desagradava em relação ao poder, estes colavam-me imediatamente à oposição. Infelizmente, nem uns nem outros entendem que pode haver (e há) pessoas que não estando ligados a uns ou aos outros, possam ter opinião como cidadãos que gostam da sua terra. Esta posição é algo que não cabe na cabeça de quem anda metido na vida política partidária.
Tenho sido ofendido e maltratado, tenho sido ameaçado, tenho levado palmadinhas nas costas seguida de facadas, sofrido de pressões e tudo o que mais se possa pensar. De uma coisa tenho eu a certeza, tudo o que escrevi até hoje é o que na realidade pensava e nunca servi de veículo de comunicação de NINGUÉM. E é talvez por manter esta conduta que por vezes incomodo muita gente.
Para finalizar queria agradecer a todos aqueles que me apoiam e se dão ao trabalho de ler aquilo que escrevo, pois, ao fim e ao cabo é essa a razão do blog existir.
Muitas vezes estive para desistir, mas fazê-lo era para mim uma demonstração de fraqueza. Por isso aqui me manterei esperando sempre que não me falte a coragem de ir escrevendo sobre aquilo que me vai na alma.
Obrigado a TODOS, mesmo para aqueles que não pensam como eu.
Jacinto César
Hoje li um artigo muito interessante do Prof. César das Neves e que se intitulava “Todos os políticos vão morrer a 1 de Agosto”.
Sito algumas passagens:
“E se todos os políticos portugueses morressem misteriosamente no início do próximo mês? «Nunca ninguém soube a causa, mas na manhã de 1 de Agosto de 2013 realizou-se o sonho de tantos portugueses: subitamente faleceram todos os políticos nacionais, foi extinta a troika e até Angela Merkel se demitiu”
“… nesta hecatombe morreram igualmente muitos analistas políticos e até directores de informação.”
“De repente a crise acabou», aponta César das Neves ironicamente, frisando que «todos sabem que a classe política, além de ser uma vergonha, é a culpada da situação”
Bem, fiquei a pensar no assunto. Claro que não desejo a morte a ninguém, mas como seria o nosso país livre desta gente toda? Penso que seríamos mais felizes e até passaríamos a consumir mais “comunicação social”. As notícias seriam mais puras, sem mentira e demagogia.
E precisaríamos de quem nos governasse? Obviamente que sim, mas por gente honesta, com moral e ética para nos comandar. Eu não gosto da anarquia, mas quase que prefiro uma ditadura tecnocrática a uma democracia camuflada como a que temos.
Entretanto vou sonhando.
Jacinto César
Se se recordam, aqui há uns 20 anos atrás aquando do boom dos politécnicos por todo o país, nasceu uma nova classe profissional chamada “turbo professores”. Eram uns senhores professores que davam aulas de norte a sul do país numa mesma semana.
Agora na política, nasceu outra classe e que é a de Turbo Ministro. Estou a referir-me em concreto ao novo Ministros dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete. O nosso homem além de ser ministro, é ou era dirigente de 23 empresas. De Director executivo, a Presidente do Conselho Fiscal e acabando em Presidente do Conselho de Administração tudo fazia. De certeza que o dia do ministro tem mais de 24 horas para dar conta de tanta coisa.
Entretanto, parece que a nova Ministra das Finanças continua a mentir em relação às celebérrimas SWAPP’s e os buracos continuam a aparecer. Adivinhem quem é que os vai tapar? Como sempre NÓS.
Mas em questões políticas, as coisas não se ficam por aqui. Então não é que vai estar em discussão o acabar com o imposto de mais valias para os grandes investidores? Eu se tiver uma casa e a vender aparece logo o fisco a comer-me uma parte do presumível lucro que tive. Não contesto. Agora isentar os “tubarões” do mesmo imposto é que já me parece abusivo para já não dizer escandaloso.
Por cá continua a saga das inaugurações das “banheira gigantes” nas freguesias rurais. Um dia destes ainda me vou dar ao trabalho de ir passando por lá a várias horas do dia e ver quantas pessoas lá estão a usufruir dos ditos equipamentos.
Haja festa que as eleições vêm aí.
Uma boa semana para todos.
Jacinto César
O assunto que aqui quero trazer hoje deriva do facto de ter olhado para a televisão e estar a transmitir um programa em directo das Terras do Bouro de umas termas. Não é que estas paragens tenham algo a ver com Elvas, mas vi aquilo que na nossa terra em anos que lá vão e que são barcos a motor na barragem.
Ainda ninguém me explicou cabalmente porque é que proibiram o uso de barcos motorizados na Barragem do Caia. Vejamos os argumentos que em tempos me deram, já que eu era um dos frequentadores da barragem porque tinha um barco.
O argumento principal era que os barcos poluíam as águas que eram para consumo público. Nada mais falso! E porquê?
1 – Os óleos que os barcos usam são biodegradáveis;
2 – Mesmo que houvesse alguma concentração maior à superfície, a captação das águas para consumo são captadas no fundo;
3 – As águas paradas numa lagoa e expostas ao sol são propensas à criação de micro organismos (vulgo micro algas) que podem inclusive produzir toxinas nocivas para os humanos;
4 – As hélices dos barcos contrariam o fenómeno anterior, favorecendo a oxigenação da água.
Portanto os argumentos são falsos.
Poluentes são sim, as criações de animais a montante da barragem, já que e principalmente as manadas de bovinos ali vão beber e ao mesmo tempo “esvaziar” tudo o que comeram e beberam.
Se algum dos leitores se lembra desses tempos deverá recordar-se das dezenas de barcos espanhóis e portugueses que ali se juntavam aos fins-de-semana. Mais, durante vários chegaram a realizar-se ali provas de motonáutica que atraíam muita gente de fora e que também acabaram.
Haverá alguém que me explique o porque desta situação?
Jacinto César
PS –Agradeço que os comentadores moderem a sua linguagem sob pena de os cortar de vez. Quando escreverem lembrem-se que se estão a referir as pessoas como vocês e dizem coisas que também não gostariam de ouvir. Peço desculpa, mas esta é a última vez que faço o aviso.
Sinceramente não sei o que é que se passa com os Passos.
Primeiro foi o restauro. Muito bem!
Depois foi a falta de protecção dos mesmos contra o vandalismo e intempéries. Foram protegidos. Muito bem.
E agora que estão prontos o que é que falta para serem visíveis às pessoas, já que têm uma cortina na frente?
Não me digam que estão à espera que se aproximem as eleições para serem inaugurados?
Se o motivo é esse, fico incrédulo. Estou mesmo a ver que falta uma placa a dizer que foram inaugurados pelo senhor Comendador? Mas se o motivo é serem inaugurados na próxima Procissão dos Passos, é melhor convencerem o clero a adiantar a data, já que pelo calendário normal ainda faltam uns meses e nesse tempo as eleições já passaram.
Por favor, tirem as cortinas da frente para que as pessoas deixem de fazer o ridículo de estarem a espreitar para eles através das frestas dos cortinados.
Jacinto César
Apesar de não ser muito amigo de festas, já que o barulho me incomoda muito por ter uma super audição num dos ouvidos, admito que a maioria goste, a não ser aqueles que ouvem mal ou aqueles que sofrem do mesmo mal que eu.
Isto tudo vem a propósito de ontem à noite (sábado) ter ocorrido mais um casamento no Hotel D. João de Deus. Diga-se que não tenho nada contra o referido hotel e até fico satisfeito de ter tantos casamentos nas suas instalações. O que é bom para os outros é bom para mim. Agora o que não posso tolerar é fazerem aquilo que está proibido para os outros estabelecimentos nocturnos. Eram 3 da manhã ainda não tinha conseguido dormir com o barulho que de lá vinha, julgo que de um DJ qualquer esganiçado que estava a dar música aos convivas nos jardins do hotel e ao mesmo tempo a não deixar descansar aqueles que o queriam fazer. Estive ainda para telefonar à polícia, mas presumi que àquela hora já alguém o deveria ter feito e que o efeito deveria ter sido nulo a troco de uma multa.
Senhor Director do Hotel S. João de Deus, gostaria de apresentar o meu protesto em relação aos acontecimentos de ontem à noite e esperar que tal acto não se volte a repetir. Apelo ao seu bom senso e compreensão. Como pode imaginar há mil e uma maneiras de lhe dar cabo das festas e os cidadãos de Elvas de certeza que não querem chegar a um tal ponto.
Uma boa semana para todos
Jacinto César
Já há muito tempo que não tocava no tema da Educação, mas perante os resultados que têm sido publicados nos órgãos de comunicação social, não posso consigo ficar indiferente ao problema, mesmo tendo deixado de estar no activo,
Por aquilo que vi, foram batidos os recordes negativos em várias disciplinas, com especial incidência no Português e na Matemática.
Pobre país este, que já não bastando a crise ainda batemos recordes destes.
Mas o que é que é necessário fazer para acordar toda a gente para este problema gravíssimo da nossa sociedade? Será que estamos a embrutecer com o passar dos anos? Que é feito da rapaziada que não quer estudar nem à lei do cacete? Que é feito dos pais que se estão nas tintas para se os filhos estudam ou não? Que é feito das autoridades competentes que não dão força nem às escolas nem aos professores?
A sociedade está a ficar um caos neste sector e não há ninguém a dizer BASTA!
A minha opinião é que os principais culpados da situação, goste-se ou não, são os pais das criancinhas. E porquê? Vamos então identificar alguns dos problemas que se colocam:
1 – As famílias nos tempos que correm estão cada vez mais com problemas, muitas delas profundamente desestruturadas;
2 – A grande maioria das famílias estão a passar grandes dificuldades económicas, mas as criancinhas têm que ter os seus telemóveis (de preferência de última geração) para brincar. Estes, e abrindo aqui um parênteses, tornaram-se num vício nacional, não só para as criancinhas como para os adultos. Ontem à noite estando eu na esplanada do Grémio a tomar café, dei comigo a olhar para as pessoas à minha volta. Houve ali um momento em que toda a gente presente estava agarrada a um telemóvel. Absolutamente incrível. Perante este fenómeno, tenho que concluir que o telemóvel é um bem de primeira necessidade. O resto é secundário.
3 – Os papás, ou dizendo melhor, a maioria dos papás estão-se nas tintas para os que os filhos fazem nas escola. O que é necessário é que quando cheguem a casa ninguém os incomode com problemas comezinhos. Quantas vezes é que os pais perguntam ao filhos que pontos é que têm e depois querem saber os resultados? Quantas vezes é que os pais se informam das faltas que os filhos dão para andarem a passear? Quantas vezes é que os pais controlam o tempo que os filhos estudam na realidade? Quantas vezes é que os pais se preocupam com as saídas dos seus rebentos à noite, tal com onde foram, com quem andaram e o que estiveram a fazer? Quantos se preocupam se os meninos já precocemente começaram a beber e a fumar, já para não falar noutras coisas?
Quantos pais que possam estar a ler isto podem em consciência dizer “Eu controlo o meu filho”?
4 – O menino foi mal educado e em resposta o professor deu-lhe um tabefe. Aí daqui el- rei que o menino foi agredido selvaticamente e vão logo a correr à escola a armar escândalo e se poderem responder na mesma moeda ao bandido do agressor.
5 – O menino foi apanhado com o telelé umas quantas vezes. O professor já aborrecido, confisca-o. Lá vai o pai ou a mãe a correr à escola a perguntar com que direito apreenderam o aparelho à criança. E se o precisam de contactar com urgência?
Eu senti na pele todos estes problemas e mais alguns. E sabem o que por vezes me apetecia fazer? Se os pais não querem saber das crias para nada, para que é que eu estou aqui armado em camelo a pregar aos peixes? Vão mas é para casa a serem educados e quando isso acontecer voltem para serem formados.
Bem, podia continuar, mas não vale a pena, pois tenho a certeza que tudo isto são palavras vãs. Mas pelo menos desabafei.
Jacinto César
Ontem quando aqui escrevi sobre aquilo que penso ter sido uma asneira a construção de piscinas nas freguesias rurais pelos motivos que apontei, estava longe de pensar a polémica que ia causar e os protestos das J´s.
Isto faz-me lembrar a velha máxima do “António das botas” que dizia que “ou estão comigo ou contra mim”. Nem menos.
Será que os elvenses perderam o sentido crítico ao ponto de ficarem anestesiados com o pensamento do grande líder?
Será que o homem é um Deus e não comete asneiras? E será que estas porque são cometidas pelo líder, passaram a ser boas acções?
Não consigo entender, a não ser que muitos andem hipnotizados de tal maneira que só dizem e fazem o que a “master voice” diz.
Sei que a maior parte da rapaziada que trabalha para a câmara, digamos que têm um dever de gratidão para quem lhes deu a mão. Mas daí a transformarem-se em autómatos …
Resumindo, as J´s, e refiro-me a todas, estão completamente domesticadas e instrumentalizadas pelos seniores dos partidos.
Como é que este país não há-de estar cheia de Passos, de Seguros e muitos mais, se não foram mais que boys dos partidos durante anos a fio e que não têm a noção da realidade do país? São estes J´s que um dia nos hão-de governar.
Deus nos proteja.
Jacinto César
Já há muito tempo que aqui o tinha dito, mas só ontem me apercebi do estado avançado das suas construções ao ler que a de Santa Eulália foi inaugurada ontem.
Para dizer a verdade, acho que nos mandatos do ainda Presidente da Câmara, foi das maiores asneiras que se cometeram. Tenho a noção que cairei antipático aos habitantes destas freguesias, mas eu explico em que reside o meu desacordo.
Todos aqueles que têm a felicidade de viver numa vivenda que tem piscina sabem os custos de manutenção que elas têm e basta dar por aí uma volta para ver quantas estão sem funcionar. Construir não é assim tão caro como tudo isso, mas a sua manutenção é que custas os olhos da cara.
Se alguém me oferecesse um Ferrari ficaria muito contente, mas para pena minha teria que o vender porque aquilo que ganho não chegava para o manter.
Depois tenho outro argumento de peso: quantas pessoas irão frequentar as ditas piscinas? Como todos sabemos, as crianças e os adolescentes são os maiores frequentadores destes equipamentos. E pergunto eu agora: quantas crianças e adolescentes há nestas freguesia? Serão suficientes quanto mais não seja para pagar aos funcionários que lá terão que ser colocados? Não seria muito mais económico aproveitar os autocarros e mini bus da câmara e transportar esses possíveis frequentadores para as piscinas municipais da sede do concelho?
Em minha opinião entendo que nos tempos que correm é um luxo a construção de tais equipamentos, tal como foram as praças de touros e outros mais.
Falando em praças de touros, quantas touradas anuais se fazem naquelas que foram montadas nas freguesias rurais? Se o Coliseu não fosse uma estrutura polivalente, como praça de touros também não se justificava. Basta ver quantas corridas há em Elvas durante um ano? Contam-se pelos dedos de uma mão e com tendência para diminuir, já que a opinião pública está a movimentar-se a nível nacional para a sua proibição.
Senhor Presidente: todos sabem que durante os seus anos de mandato fez muitas coisas boas na cidade e só um cego é que não vê. Agora isto foi uma megalomania. Tinha dinheiro em “caixa”! Ainda bem. Mas como o futuro que se avizinha é muito negro, talvez não fosse má ideia tê-lo guardado ou aplicá-lo em qualquer coisa produtiva como por exemplo, e repetindo aquilo que também já aqui uma vez propus, a construção de naves industriais que seriam cedidas gratuitamente durante um determinado período a todas as empresas que se quisessem instalar em Elvas criando postos de trabalho.
É verdade que temos infra-estruturas como poucas cidades têm, só que a população vai diminuindo a olhos vistos o que quer dizer que continuando a este ritmo um dia destes vamo-nos parecer aquelas cidades fantasmas do velho oete.
Uma boa semana para todos
Jacinto César
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