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Domingo, 30 de Junho de 2013

É demais!

 

 

 

 

Sob pena de me chamarem comunista, aquilo que observo todos os dias não me permite ficar calado.

Vejamos duas notícias de dois jornais de hoje.

A primeira refere-se aos sete mais ricos da bolsa já terem ganho este ano 600 milhões de euros. Pergunto eu: e à custa de quem? À custa dos outros ricos não foi certamente. E a velha máxima volta sempre à baila: “os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres”. Há na verdade uma desigualdade tão grande, que este tipo de notícias se tornam pornográficas.

 

 

Claro que noutro a notícia é em sentido contrário e dá conta que 13 % dos idosos já não tem dinheiro para comprar medicamentos, para já não falar nos que passam fome.

Mas porra, para que é que servem os velhos? São produtivos? Fazem qualquer coisa de útil? Então para quê mantê-los? Deixem-nos morrer e assim pouparão uns quantos euros que lhes são dados como esmola.

Cada vez tenho mais vergonha de ser português cujos governos permitem tais abusos. Portugal, o meu país, não tem culpa de ter gerado tão maus filhos, mas no entanto não posso de deixar de sentir vergonha. Vontade de vomitar mesmo!

 

Uma boa semana para todos

 

Jacinto César

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Tasca das amoreiras às 18:51
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Sexta-feira, 28 de Junho de 2013

Ai Sr. Comendador, Sr. Comendador …

 

 

 

Caro Senhor

 

Sei que por vezes sou inconveniente por dizer aquilo que me vai na cabeça e na alma, mas pelo menos sou honesto. Inteligente como é, deve saber melhor do que eu, que há por aí muita gente que tinha vontade de lhe dizer NÃO, mas seja lá porque motivo for acabam por dizer SIM. Eu cá por mim se gosto, gosto, se não gosto não gosto e pronto.

Isto tudo vem a propósito da alteração dos nomes dos equipamentos que já têm o seu nome e que agora lhe vai ser acrescentado o título de Comendador. O senhor não acha que deveria ser o primeiro a não concordar com tal medida? O senhor não entende que tal atitude não lhe fica bem? O senhor ainda não percebeu que a maioria das pessoas não concordam, mas que lhe vão batendo umas palmadinhas nas costas e depois sabe-se lá o que dizem ou que pensam?

Já lá vão uns anos sobre uma conversa que tivemos em particular na Escola Secundária (continua a cravar cigarros a toda a gente?) e que eu lhe disse que um dos seus grandes defeitos era o ser vaidoso. Pois bem, é isso mesmo que continuo a achar. O senhor não consegue ser modesto, mesmo que essa, fosse artificial. O senhor gosta que o bajulem e lhe digam amém a tudo. Feitios.

Já aqui lhe disse num dos meus escritos que como presidente da câmara merece ser homenageado pelo trabalho que fez em prol da cidade. É verdade. Mas o jantar que vai ocorrer hoje precisamente para o homenagear cheira-me que é mais um acto de vassalagem artificial onde o senhor irá produzir mais um dos seus inflamados discursos políticos. Claro!

Alguém aí da câmara abordou-me para me convidar a comparecer ao jantar. Eu educadamente respondi que não ia estar presente. E PORQUÊ? Foi a resposta ao meu não. Não tinha que dar explicações algumas, mas acabei por dizer que não ia porque não queria assistir a mais um “comício político” como aconteceu no almoço que juntou no Coliseu de Elvas as Universidades Seniores de todo o país. Gostava que tivesse ouvido os comentários que logo ali se fizeram. Mas mais uma vez e em lugar de dizerem o que pensavam, à que dar mais uma palmadinha nas costas, para lhe fazer aumentar ainda o seu ego, que já deve estar bem alto.

Caro senhor, tenha um bom jantar e um bom fim-de-semana, extensivo aos demais elvenses.

 

PS – Tenho a noção que hoje ninguém o irá informar sobre o que escrevi. Era inconveniente e o jantar poder-lhe-ia assentar mal.

 

Jacinto César  


Tasca das amoreiras às 13:28
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Quinta-feira, 27 de Junho de 2013

Estou em greve.


Tasca das amoreiras às 17:31
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Quarta-feira, 26 de Junho de 2013

Ainda a justiça em Portugal

 

 

 

Ontem alguém meu amigo enviou-me um mail com a história que abaixo transcrevo. Para dizer a verdade, assim de repente pareceu-me história a mais, mas pelo sim pelo não resolvi ir consultar os jornais ingleses para ver se havia algo sobre o assunto. Para espanto meu, a história era verdadeira. Fiquei a pensar para comigo: meu Deus, o que é que é necessário fazer em Portugal para meter alguém importante “de cana”?

Já aqui o disse e volto a reafirmar: não gostava dos ingleses nem um bocadinho, mas cada vez mais os aprecio.

 

“INGLESES E SUA ESTRANHA JUSTIÇA..

 

Em 2003, um deputado inglês chamado Chris Huhne foi apanhado por um radar dirigindo em alta velocidade.

Para não perder a carta de condução, pois na Inglaterra é feio uma autoridade infringir a Lei, a mulher dele, Vicky Price, assumiu a culpa.

O tempo passa, o deputado vira Ministro da Energia, o casamento acaba, a Vicky decide vingar-se e conta a história para a imprensa.

Como é na Inglaterra, o tal do Chris Huhne é obrigado a demitir-se, primeiro do Ministério e depois do Parlamento.

ACABOU A HISTORIA?

NÃO !

Na Inglaterra é crime mentir para a Justiça e ontem, a Justiça sentenciou o casal envolvido na fraude do radar, em 8 meses de cadeia para cada um.

E vão ter de pagar multa de 120 mil libras, uns 150 mil euros.

Segredo de Justiça? Nem pensar, julgamento aberto ao público e à imprensa.

Segurança nacional? Nem pensar, infractor é infractor.

Privilégio porque é político? Nadica de nada!

E o que disse o Primeiro Ministro David Cameron quando soube da condenação do seu ex-ministro: 'É uma conspiração da média conservadora, para denegrir a imagem do meu governo.'

Certo? Errado !

O que disse o Primeiro Ministro David Cameron acerca do seu ex-ministro foi o seguinte: "É para que todos fiquem a saber que ninguém, por mais alto e poderoso que seja, está fora do braço da Lei."

Estes ingleses são um bando de botocudos.

Só mesmo nesses paísesinhos capitalistas europeus um ministro perde o cargo por mentir a um guarda de trânsito.

 

Que falta de .. evolução!”

 

 

 

Jacinto César

 


Tasca das amoreiras às 16:00
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Terça-feira, 25 de Junho de 2013

Ainda a propósito de corrupção e compadrio

 

 

 

Eu perante as notícias que vão aparecendo, tenho que chegar à conclusão que estamos mesmo rodeados de corruptos.

Veja-se o caso daquele senhor que era administrador do Metropolitano do Porto: Paulo Braga Lino. Enquanto administrador meteu a pata na poça ao envolver-se no negócio das “Swaps”, negócio esse ruinoso para o país e por tabela para todos nós.

Antes do escândalo rebentar foi convidado pelo actual governo para Secretário de Estado da Defesa. Quando a “marosca” veio para os jornais, o governo acabou por o demitir. Até aqui tudo bem.

Mas para surpresa das surpresas o referido senhor um mês depois já estava na administração do mesmo Metropolitano do Porto como se nada tivesse acontecido. Acrescente-se que o homem foi readmitido por unanimidade pela administração. Mas aonde chegámos nós em que até a corrupção é recomeçada.

Caros amigos, lamento muito, mas também me vou corromper.

 

PS – Claro que a lei sobre o enriquecimento ilícito, mais uma vez ficou paralisada no Parlamento. Porque será?

 

Jacinto César  


Tasca das amoreiras às 17:00
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Segunda-feira, 24 de Junho de 2013

Uma questão de produtividade

 

 

 

Este sábado, o semanário Expresso trazia um artigo, uma parte do qual passo a citar:

 

“Os portugueses trabalham em média 1700 horas por ano, mais 400 que os alemães. "Trabalham muito mas, infelizmente, produzem pouco com esse trabalho. Geralmente isso significa falta de uma estratégia clara que nos ajude a definir o que vamos fazer e, ainda mais importante, o que não vamos fazer", afirmou Nadim Habib, director da Nova Executive Education.

Na conferência "As empresas e o futuro - Competitividade e Empreendedorismo", organizada esta semana pela revista Exame e pelo Banco Popular, Habib deixou claro que a estratégia é um problema crucial da economia portuguesa.”

 

Vou-me socorrer de um exemplo para provar que o que aqui está escrito é a mais pura das verdades.

 

Suponhamos um cenário de guerra e que um batalhão vai entrarem acção. Talveza maioria não saiba, mas um batalhão é comandado normalmente por um tenente-coronel e é formado por quatro companhias, sendo que estas são comandadas por um capitão. Cada companhia tem quatro pelotões e que são comandados por alferes e cada pelotão tem quatro grupos de combate comandados por um sargento. Tudo isto envolve cerca de 600 homens. Tiveram que entrar em combate contra uma força mais ou menos equivalente.

Cenário 1 – Houve uma dúzia de soldados que falharam durante o combate. Não foi por esta razão que se perdeu a luta.

Cenário 2 – Um grupo de combate falhou a missão. Não será certamente por este facto que se perdeu o combate.

Cenário 3 – Um pelotão falhou a sua missão. Bem, aqui as coisas já se começam a complicar.

Cenário 4 – Uma companhia falhou por completo a missão que tinha. As coisas complicam-se bastante, porque uma companhia já são 120 homens o que é importante.

Cenário 5 – Falhou a estratégia do batalhão. Temos então uma derrota sem apelo nem agravo.

 

O que é que eu quero dizer com isto? Podem falhar alguns trabalhadores (os soldados) que não é por aí que a empresa onde trabalham deixa de ser competitiva. E se falhar um grupo da empresa? Bem, neste caso já pode comprometer a competitividade. E se falhar o gestor? Falha toda a empresa e a produtividade é baixa. Mesmo que os trabalhadores “dêem o litro”, a sua produção não vale de nada.

 

Quando se fala do trabalhador português, fala-se sempre da sua fraca produtividade, e quando este está a trabalhar no estrangeiro, aí faz parte do grupo dos melhores. Que se quer dizer com isto? Que o trabalhador em Portugal é preguiçoso? Não, para mim o grande problema português deve-se à má gestão das empresas pelos seus empresários.

Para terminar, e com a devida vénia transcrevo um comentário ao artigo do Expresso:

 

Antes de mais, devo salientar, que o investimento, por posto de trabalho, na Alemanha, é 10x o de Portugal.

Agora, imaginem que investem numa máquina de furar chapa, e gastam mil euros, com um trabalhador a tomar conta da máquina. Na Alemanha, investem numa máquina de 10 mil euros, e colocam também um trabalhador a tomar conta da máquina.
Ao fim de um ano, o trabalhador português, fez 100 peças.

O trabalhador alemão, fez 10 mil peças.

Ou seja, o alemão produziu mil vezes mais, mas o patrão investiu somente 10 vezes mais que o patrão português.

Resumo da história, os nossos patrões são uns tesos, e os nossos 'amigos' europeus, estão interessados que isso continue assim...”

 

Jacinto César





Tasca das amoreiras às 17:00
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Domingo, 23 de Junho de 2013

Portugal é viável?

 

 

 

Hoje quando lemos o jornal ou vemos televisão, a palavra corrupção é omnipresente.

Será que há negócio, contrato, concurso ou qualquer coisa onde as coisas sejam feitas com limpeza? Será que ainda há pessoas honestas que andem metidas em qualquer ramo de actividade económica ou financeira? Ele são governantes, ex-governantes, administradores de empresas e ex-administradores, são assessores disto ou daquilo, são os bancos e companhias de seguros, são as grandes empresas de distribuição, são as grandes empresas de construção, são as autarquias, são os sucateiros, são …, somos um país de corruptos, ou seja, somos uns milhões a sofrer as consequências da ambição desmesurada de uns milhares que não têm quaisquer espécie de escrúpulos e que eram capazes de vender a mãe para atingir os seus fins.

Mas onde para a palavra HONESTIDADE? Hoje, quem tem poder, ou é corrupto e alinha no sistema, ou o seu poder é efémero.

Mas em quem podemos confiar? Na justiça? Só um em cada 10 acusados de corrupção é condenado. Quando é que podemos confiar na justiça se até o antigo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, aqui condecorado no 10 de Junho é acusado de “aldrabar” as actas dos acórdãos?

Condecorados haviam de ser os milhões de portugueses que todos os dias fazem malabarismos para pagar as contas a tempo e horas, para não falar já naqueles que nem isso conseguem fazer e passam necessidades básicas e fome. Esses sim são os verdadeiros heróis da Nação.

Perguntam-me se tenho esperança? Tenho, mas só com uma mudança radical do sistema, com um despertar de consciências por parte dos cidadãos, o perder o medo de denunciar e fundamentalmente abrir os olhos.

É um país inteiro anestesiado e desorientado. Que o Brasil nos sirva de exemplo.

Uma boa semana para todos

 

Jacinto César     


Tasca das amoreiras às 16:54
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Quinta-feira, 20 de Junho de 2013

O Grande Mistério

 

 

 

 

É na verdade misterioso a não apresentação do cabeça de lista do Partido Socialista à Câmara Municipal, quando faltam pouco mais de 3 meses para as eleições. Em condições normais já se saberia, mas não. Que se passará nos bastidores?

 

Hipótese 1

Os sucessores naturais de Rondão Almeida seriamem princípio NunoMocinhaou Elsa Grilo. Qual a hesitação? Parindo do princípio que é o vice-presidente ou seja Nuno Mocinha, as coisas serão muito complicadas para este já que o actual presidente irá quer continuar a “por e dispor” na vida da autarquia e o primeiro, pelo que conheço não estará lá muito pelos ajustes. Se for Elsa Grilo, pessoa de reconhecida inteligência e competência, não passará de uma “Master voice” de Rondão. Até compreendo esta situação já que foi ele que deu a mão à segunda, mesmo nas situações mais difíceis, e esta retribuía-lhe com uma fidelidade absoluta. Em qualquer dos casos haveria sempre a mãozinha por de trás do Comendador. Não será fácil.

 

Hipótese 2

Igual à primeira, mas com a inclusão na lista do próprio Rondão à revelia das normas internas do PS. Nesta hipótese a confusão seria total. Não estou a ver Rondão Almeida aparecer em terceiro lugar na lista e depois não se querer comportar como se fosse o primeiro. O poder é uma “droga dura” e não se faz a desintoxicação assim do pé para a mão. A confusão seria total.

 

Hipótese 3

Formação de uma lista de independentes com as mesmas caras. Aqui a confusão da hipótese 2 era a mesma, mas deixando o PS em maus lençóis, porque este (o partido) para não dar o braço a torcer teria que apresentar uma lista de recurso a concorrer directamente com os independentes e aí nem sei bem o que é que iria acontecer e quais os resultados que tal táctica.

 

É público que nas últimas eleições e à falta de alternativa credível dei o meu voto a Rondão Almeida. Disse-o aqui claramente e sem problemas. Como eu fizeram milhares de elvenses e não estou arrependido. Só que agora as coisas são diferentes e aquilo que aconteceu no passado dificilmente se irá repetir e o mais provável é terem uma surpresa. Esperemos para ver o que acontece.

 

Jacinto César

 

 

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Tasca das amoreiras às 16:26
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Quarta-feira, 19 de Junho de 2013

Homenagem a Rondão Almeida

 

 

 

Caro Comendador

 

Não poderia em primeiro lugar deixar de felicitá-lo pela honra de ter sido condecorado pelo Chefe de Estado no dia 10 de Junho, pelos serviços que tem prestado à nossa cidade.

Penso que qualquer pessoa que não seja cega (politicamente, claro), não poderá de modo algum ignorar o que fez pela sua (nossa) cidade durante estes últimos vinte anos. O que fez está à vista de todos e ponto final.

A esta hora presumo que deva estar a pensar: “O que é que vem aí? Pontapé ou canelada?”. E eu respondo-lhe com todo o prazer e com a frontalidade que me é habitual e que o senhor conhece.

Esta missiva vem a propósito da homenagem que os cidadãos de Elvas lhe querem prestar. Aproveitando-me daquela rábula do Ricardo Araújo Pereira fez ao Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, eu repondo:

É merecida a homenagem ao novel Comendador Rondão Almeida? SIM!

Vais também prestar-lhe essa homenagem? NÃO!

E porque é que não lhe vou prestar essa homenagem se reconheço que é merecida? Porque não ponho em questão o passado, mas a trovoada que se avizinha no futuro. Eu explico. Juntando o conhecimento que tenho de V. Exa. às afirmações públicas que tem produzido, leva-me a pensar aquilo que muita gente também pensa, mas que cala.

Trocando por miúdos: não queria estar na pele do seu sucessor. E porquê? Porque o senhor NUNCA vai querer deixar de mandar na câmara mesmo que não tenha legitimidade para tal. As opiniões dos cidadãos só se dividem num aspecto: a trovoada irá rebentar antes ou depois das eleições? Eu apostaria que ainda vai ser antes.

Já uma vez lhe escrevi propondo-lhe que se reformasse assim que o mandato terminasse e que fosse gozar da vida os anos que por cá ainda andar. Mas não. A política está-lhe na massa do sangue e não vai querer deixar de intervir na governação de quem quer que lhe suceda. Antes, até poderia compreender o facto de passar do “Senhor Presidente” para o “senhor Rondão”. Mas agora nem esse problema se coloca, pois passa de “Senhor Presidente” para “Senhor Comendador”.

Caro Comendador, deixe que os que vêm a seguir em PAZ, ou arrisca-se a que a borrasca seja tão grande que o seu sucessor nem o chegue a ser e perca as eleições.

Mais uma vez os meus parabéns pelo reconhecimento público que teve.

 

PS – Penso que me vou rir muito com algumas “figuras” que vão estar presentes, quais abutres à espera de uma qualquer benesse que possa vir.

 

PS2 – Caros comentadores, não vale a pena incomodarem-se a chamarem-me todos os nomes acabados em “…ista” porque já há muito me habituei a ignorá-los

 

Jacinto César    


Tasca das amoreiras às 16:51
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Terça-feira, 18 de Junho de 2013

Corrupção e austeridade

 

 

 

Falava eu aqui ontem da denúncia que o Professor Rosado Fernandes tinha feito no sábado durante uma conferência, em que afirmou que a maioria dos políticos em Portugal são corruptos.

Nem a propósito, saiu no jornal Expresso um artigo muito interessante sobre o assunto, pondo inclusive os nomes aos bois.

Olhem bem para a cara deste grupo de patifes. O jornal foi fazer a investigação e encontrou resultados muito esclarecedores: quanto ganhavam estes senhores antes de entrarem para a política, durante a sua permanência e após a sua saída. É na verdade um atentado a todos aqueles que sofrem com as medidas de austeridade do ministro Gaspar. E não se diga que são deste ou daquele partido pois é um fenómeno que atravessa toda a classe política.

Dirão alguns que o que ganham depois de saírem para a vida privada não é da conta do estado. Pois não. Mas pergunto eu: que concessões fizeram estes senhores enquanto membros do governo às empresas onde hoje ganham o que ganham? As empresas privadas com que eu saiba não são a Santa Casa da Misericórdia e muito bem, já que a sua razão de fundo é a obtenção do lucro. Só que estas obtiveram benefícios de determinados senhores enquanto ministros e agora estão-lhes a pagar o favor.

Analisemos um só caso, o de Joaquim Pina Moura, que foi entre outras coisas Secretário de Estado, Ministro das Finanças e Ministro da Economia. Antes de entrar para o governo este senhor tinha um rendimento anual de cerca de 30 mil euros. Durante a sua permanência no governo o mesmo rendimento andou em média pelos 80 mil euros. Normal para um membro do governo. No ano em que saiu passou logo para os 170 mil euros para depois apresentar rendimentos na ordem dos 700 mil euros. Esclareça-se que o dito senhor passou para os Conselhos de administração das empresas eléctricas. Que favores teria feito a estas empresas para poder depois ter tal vencimento? E quem paga esse vencimento? As empresas? NÃO! NÓS!!!! Sim, somos nós que mensalmente pagamos esses favores na conta da luz.

Bem, estes são alguns exemplos apresentados pelo jornal e que de certeza se estende à grande maioria dos políticos.

Para finalizar gostava de deixar aqui uma pergunta: quem é que mete esta gente na ordem?

 

Jacinto César  

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Tasca das amoreiras às 16:00
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