Num momento tão difícil na vida dos portugueses, só vos posso desejar que o Novo Ano de 2013 seja um bocadinho melhor do que aquele que agora finda.
Um Feliz Ano de 2013 para todos, são os votos de
Jacinto César
Carta aberta ao cidadão Rondão Almeida
Caro Senhor
Não vou aqui falar-lhe do que fez ou não fez, do que fez bem ou mal, se foi um bom ou mau autarca, durante os quase vinte anos que presidiu à Câmara Municipal de Elvas. Vou dirigir-me ao senhor como cidadão que também é.
Não acha que já é tempo de “meter a viola no saco” e ir para casa gozar da reforma? Não acha que já é hora de ir brincar com os netos e sentar-se à lareira?
Porque é que insiste em manter-se à força com qualquer cargo na CME ou noutra qualquer? Será que lhe caem os “parentes na lama” se lhe chamarem Sr. Rondão em lugar de Sr. Presidente? Adiante.
1- Vamos imaginar que até consegue ser eleito como vereador (coisa que me parece que o seu próprio partido não quer). Independentemente de quem for o cabeça de lista pelo PS, já pensou bem nos problemas que iria arranjar ao “seu” presidente? O futuro presidente a querer desenvolver o seu trabalho e ter o senhor atrás, qual melga, a zucrinar-lhe os neurónios? Já pensou bem as confusões que iria arranjar? E com os funcionários da câmara? O senhor a querer que o tratassem com a deferência inerente a um presidente e os funcionários a tratarem por presidente a outro. Já reparou bem em que posição iria pôr o seu sucessor?
2- Já disse que se fosse necessário iria fazer uma lista de independentes para concorrer. Que ideia luminosa! Então o senhor iria concorrer com uma lista contra o candidato do seu partido do coração? Já reparou que iria dividir o eleitorado e dar trunfos ao “inimigo”?
3- O senhor ainda não reparou que com a oposição que se perfila, o candidato do seu partido irá ganhar na mesma, mesmo que o senhor não faça parte da lista, quanto mais não seja pelo momento de crise que passamos, independentemente do seu valor?
4- Será que ser-se político é como uma droga dura da qual não se consegue sair sem uma cura de desintoxicação? Não consegue? Olhe, candidate-se a deputado e aí teria a possibilidade de fazer “loby” por Elvas.
Caro senhor Rondão Almeida saia pela porta grande em lugar de um dia ter que fugir pela porta das traseiras. Está na altura de sair de cabeça levantada.
Com os meus cumprimentos
Jacinto César
Nota – Qualquer comentário menos próprio, será apagado.
Mais um Natal que passou e mais um ano aí vem.
Sobre o Natal, não me recordo de um em que as pessoas tivessem passado tantas dificuldades. É triste, mas é a realidade. Sei que nestes dias, mesmo que com dificuldades e angustiados com o futuro, com mais ou menos dinheiro para gastar, com mais ou menos comida para comer, o espírito natalício vai-se mantendo. Aumentaram as dificuldades, mas a solidariedade também. É bonito de ver que com a crise que se está atravessando têm-se batido todos os recordes de dádivas para os mais necessitados. O povo português tem destas coisas. Fala muito, diz que mata e esfola, que se pudesse fazia isto ou aquilo, mas no fundo tem um coração bom e mole. O pouco que tem ainda divide com os que têm menos. Fico feliz por isso. O que já não sei é se este espírito vai continuar a poder manter-se. Os pobres continuam a sê-lo. A classe média está em vias de extinção e a caminhar a passos largos para a pobreza. Os ricos, esses, continuam a ficar mais ricos e o espírito de solidariedade não faz parte do seu vocabulário (com excepções, claro).
Vamos todos fazer votos para que o próximo Natal não seja tão angustiante e haja menos sofrimento.
Jacinto César
Depois do “susto” que apanhámos todos, afinal ainda não foi desta que fomos da “boa para a melhor”. E como estamos cá ainda, vamos então comer e beber uns copos e cantar ao Menino.
Desejo a TODOS vós um Santo e Feliz Natal.
Jacinto César
São os meios de comunicação social que são sádicos e o povo masoquista.
Abre-se um jornal e são só desgraças!
Ouve-se a rádio e é o mesmo!
Vê-se a televisão e dá vontade de vomitar com o que se ouve!
Sei que o país e o mundo não andam bem, mas será que não se passa nada de bom que não mereça ser reportado?
Os jornais colocam logo na primeira página e em letras garrafais e se possível com fotografia, que “lá na terra do fim do mundo alguém deu umas facadas por causas comezinhas”. Mas que tenho eu a ver com tal assunto? Que importa às pessoas uma notícia destas? IMPORTA, quanto mais não seja para satisfazer os seus instintos mórbidos.
Houve um acidente de viação lá para as terras do sol-posto. Lá está a televisão para mostrar tudo e em pormenor, pormenores esses que quanto mais macabros melhor. Só se lamenta que o carro acidentado não levasse no seu interior uma câmara para que os detalhes fossem ainda melhores.
Porra para a comunicação social. Se o “pessoal” já anda deprimido com a vida, ainda fica pior com as notícias.
Fazem-se tantas greves que eu propunha mais uma: “greve aos jornais, rádios e televisões”!
Jacinto César
Mesmo sem ter muita vontade de voltar, principalmente porque no próximo dia 21 o mundo vai acabar, estou de regresso depois de dez dias de ausência forçada.
Mas como dizia eu, para quê todos nós preocupar-nos com a subida dos impostos, com a diminuição dos vencimentos e reformas, se o campeão vai ser o Benfica ou o Porto, se de aqui a uns dias vai tudo por água abaixo?
Para quê saber se há gente a passar fome e outras necessidades, se há gente sem casa, se há gente com frio? Eles que se aguentem mais uns dias e tudo acabou!
Eu cá por mim, vou beber até cair e quando o dia chegar estarei de tal maneira anestesiado que nem darei por nada. Quando acordar estarei no Céu a contar anjinhos ou no Inferno a aquecer-me nas brasas do Diabo.
Quanto ao dia-a-dia da cidade, pareceu-me tudo na mesma, ou seja, novidades relevantes, nada.
Se não se importam, vou começar já a beber uns copos para aquecer. Se voltar amanhã é porque ainda estou suficientemente sóbrio para moer os neurónios a alguém.
Nota – Para os mais alarmistas como eu, fiquei impressionado com o número de pessoas que morreram ontem em todo o mundo: cerca de cento e trinta mil. Hoje morrerão outros tantos. Grande tragédia.
Agora mais a sério, para aqueles que gostam de números, deixo-vos aqui um link muito interessante: http://www.worldometers.info/pt/.
Jacinto César
Devido a um motivo de força maior, vou estar ausente mais uns dias.
Por favor portem-se bem.
Jacinto César
Foto de Gastão de Brito e Silva
De “repentemente” toda a gente começou finalmente a tomar posições sobre o “Crime Forte da Graça”. Já não era sem tempo.
Não sei se é pelo facto de para o ano haver Eleições Autárquicas, se é pelo facto de reconhecerem que meteram o pé na argola, o que é certo é que houve reacções oficiosas sobre o assunto. Vou guardá-las para memória futura.
Quanto a mim, sinto-me satisfeito e com a sensação de dever cumprido como cidadão. A partir de agora vou ficar como espectador atento aos próximos desenvolvimentos, mas sempre com o dedo pronto a apontar para qualquer desvio.
O propósito de promover o boicote às cerimónias militares do 14 de Janeiro de 2012, ficam assim sem efeito. Mas o grupo que se formou não vai ficar a dormir.
A nossa Jóia está de parabéns.
Jacinto César
Faz agora um ano que escrevi aqui sobre a inconstitucionalidade do Orçamento de Estado de 2012. Toda a gente via isso menos o Presidente da República que resolveu promulgá-lo. Claro que uns meses depois veio o Tribunal Constitucional dar razão a todos aqueles que pensavam que o OE pecava pela falta de Equidade e Igualdade entre portugueses. O mesmo TC resolveu mesmo assim deixar passar por um ano a questão dos subsídios aos Funcionários Públicos e aposentados.
Este ano o filme está a repetir-se. O OE para 2013 volta a enfermar dos mesmos vícios e mais uma vez o PR vai deixar passar, para mais tarde vir outra vez o TC a dizer que o OE não está conforme a Constituição.
Toda a gente vê isso menos o Presidente. Quer dizer, ver, vê, mas finge não ver.
Gostava de deixar aqui uma passagem do discurso de tomada de posse de Cavaco Silva em 9 de Março de 2011.
“… Serei Presidente dos Portugueses que me honraram com o seu voto mas também daqueles que o não fizeram. É perante todos, sem excepção, que aqui assumo o compromisso solene de cumprir e fazer cumprir a Lei Fundamental da nossa República. …“
Se já nem no Presidente podemos confiar, em quem confiar então? Eu não sei! Haverá por aí alguém que ainda confie nos políticos?
Jacinto César
Foto de Gastão de Brito e Silva
Caro Tiago
Mais uma vez me dirijo a V. Ex.ª publicamente e desta vez para falar do já celebérrimo caso “Forte da Graça”.
Como colocou no meu Facebook um link para a entrevista que deu à Rádio Elvas, estive a ouvi-lo com toda a atenção. E diga-se em abono da verdade que tudo aquilo que disse corresponde àquilo que sabia. O protocolo assinado em 2002 por vários ministérios e a CME já há muito que era conhecido e já aqui me tinha referido a ele. Até aqui tudo bem. Só que no meio das verdades, V. Ex.ª pecou pela omissão, ou seja, referiu a existência do dito protocolo, quem o assinou e localizou-o temporalmente. O problema foi o que se passou a seguir e não nos quis contar ou então pecou pelo desconhecimento. Das várias fases a que se referia o protocolo, é capaz de informar os elvenses qual dos signatários foi o primeiro a faltar ao que tinha assinado? Se é indiscutível que o Governo Sócrates se esteve nas tintas para o Forte, alguém antes dele também fez tábua rasa do que tinha assinado. É ou não verdade aquilo que afirmo? Ou será que V. Ex.ª desconhece tal pormenor?
Sei que o senhor, tal como muito dos leitores, irão dizer “lá está ele mais uma vez a defender a CME”, para não falar noutros adjectivos. Mas quer saber uma coisa? Estou-me nas tintas para a CME, para os ministérios e para os políticosem geral. Oúnico objectivo que me move é o crime que há muitos anos está a ser praticado no Forte da Graça e ninguém é responsável. Há quem vá para a cadeia porque roubou num qualquer supermercado uma ninharia (não quero com isto dizer que estou de acordo com os roubos), e por um crime destes todos os culpados são absolvidos. Politicamente, claro.
Para terminar, peço-lhe que se informe do que aqui afirmei e depois pela mesma via esclareça os elvenses.
Com os melhores cumprimentos
Nota – Qualquer comentário em relação ao destinatário menos próprio será apagado e o seu IP será guardado. Em relação a mim, podem dizer o que quiserem pois já nada me afecta. A única coisa que me preocupa são os “silêncios”.
Jacinto César
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