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Quarta-feira, 7 de Dezembro de 2011

A economia paralela em Portugal

 

 

 

 

Veja-se o seguinte:

 

Se a economia paralela (22% do PIB – 32 mil milhões de euros) pagasse impostos, Portugal deixaria de ter défice orçamental.
(Relatório do Ministério das Finanças)

 

A ideia tem passado muito bem e principalmente pelos interessados: a Função Pública é o cancro da economia e o principal culpado do défice do Estado.

Depois de se ler este excerto do relatório do Ministério das Finanças, talvez se fique um pouco mais elucidado sobre a origem do referido défice.

Com o devido respeito pelos cumpridores, quem é que fomenta essa mesma economia? A função pública não é certamente. Sendo assim, cabe a responsabilidade destes males ao sector privado.

Chama-se economia paralela a um conjunto de actividades e/ou actos isolados que por fragilidade do sistema, acção fraudulenta ou criminosa de quem os pratica faz reverter a seu favor uma determinada verba que deveria ser receita fiscal.

Perante isto, será que sou eu o culpado? Serei eu funcionário público que fujo aos impostos que a serem pagos salvariam o país?

Mas há mais.

E as fugas ao fisco através das chamadas “offshores”? Leia-se então:

Offshores levaram 1,2 mil milhões no primeiro semestre. O dinheiro transferido de Portugal para contas e aplicações em paraísos fiscais voltou a subir em flecha. Só nos primeiros seis meses do ano, o dinheiro aplicado corresponde ao que foi retirado dos offshores em todo o ano passado. Na Madeira, o Governo Regional publicou um despacho para deixar as empresas do offshore a salvo dos impostos do PEC.

Juro que como funcionário público jamais transferi dinheiro para algum paraíso fiscal. Sendo assim quem é que o transfere e foge aos impostos? O sector privado certamente!

 

Olhemos para o que se passa aqui na nossa cidade para percebermos o fenómeno. Bem, o melhor é não olharmos.

 

Bom feriado para todos!

 

Jacinto César


Tasca das amoreiras às 16:58
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Terça-feira, 6 de Dezembro de 2011

Funcionários Públicos – A solução para a crise!

 

 

 

 

Já vários distintos comentadores aqui se têm manifestado sobre a crise e associando sempre esta, aos funcionários públicos.

Tenho pensado muito no assunto e penso ter encontrado uma solução. A saber:

 

Medida 1 – Acabar com os hospitais públicos e centros de saúde. A medicina seria exercida única e exclusivamente por clínicas privadas.

Ganhos 1 – Quem tinha dinheiro tratava-se. Quem não o tivesse que se arranjasse. Como a maioria dos doentes são da 3ª idade, estes, iam morrendo no seu devido tempo e não como agora que abusam da vida. Poupava-se em médicos e enfermeiros, em medicamentos e em pensões e reformas por uma palete de anos.

 

Medida 2 – Acabava-se com as escolas e jardins-de-infância. A educação era entregue em exclusivo a colégios privados.

Ganhos 2 -   As famílias com posses mandavam os filhos a estudar. Os outros que se amanhassem como pudessem. Assim, poupava-se em professores e funcionários e em subsídios para os mais carenciados. A rapaziada ficava analfabeta, mas felizes e ignorantes (onde é que eu já ouvi isto). A mão-de-obra ficaria incomparavelmente mais barata no futuro.

 

Medida 3 – Acabava com a PSP e GNR e entregava a segurança dos cidadãos a empresas privadas.

Ganhos 3 – Quem tivesse dinheiro contratava guarda-costas. Quem não tivesse o vil metal arranjava um cão. Estão já a ver a quantidade de dinheiro que se poupava em vencimentos, viaturas e armas.

 

Medida 4 – Acabava com as Forças Armadas e contratava mercenários em caso de necessidade.

Ganhos 4 – Neste capítulo era onde se pouparia mais dinheiro. A cambada que se anda a governar à custa dos impostos do sector privado ia, se quisesse, para casa a brincar com soldadinhos de chumbo. Já estão a ver a fortuna que se poupava com vencimentos, viaturas, barcos, aviões, armas e coisas tais.

 

Medida 5 – Acabava com os tribunais.

Ganhos 5 – Cada um que fizesse justiça por sua conta ou então entregavam a justiça ao decano de cada rua ou bairro. Aqui só tinha um problema para resolver: como os velhos morriam antes de o ser, era difícil arranjar um concelho de anciãos. Mas logo se veria.

 

Ora digam lá de vossa justiça se assim não se resolvia a crise? Sou um génio em economia está mais que visto.

 

Passem bem.

 

Jacinto César


Tasca das amoreiras às 19:52
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Segunda-feira, 5 de Dezembro de 2011

Mas que dupla

 

 

 

 

Eu se fosse dirigente de qualquer país da zona euro, não aguentava mais estas cimeiras constantes franco-alemãs. É uma falta de respeito para com todos os outros países ao tomarem decisões a dois e depois levá-las já como um dado adquirido para as cimeiras.

Haverá muita gente a dizer que sendo eles os mais ricos e que vão aguentando a EU, podem dar-se a esse luxo. Treta! E se os outros 25 países da União deixassem de comprar, só para dar um exemplo, os seus carros? Como é que ficaria a sua economia?

Afinal precisam ou não precisam dos outros todos?

Hoje nas notícias já se começou a falar dos fantasmas do passado recente. Sei que talvez esteja a ser demasiado pessimista, mas todos os indícios apontam para esse caminho: a Alemanha a querer dominar a Europa a todo o custo. Economicamente já dominam. Já só falta o resto. Estranho muito é a reacção de todos os outros dirigentes que parecem aceitar de um modo pacífico esse domínio sem esboçarem qualquer protesto.

Eu sei que sou um zero à esquerda em questões económicas como já tenho aqui afirmado, mas como ser pensante que sou, por vezes pergunto-me: se há uma diminuição do consumo por essa Europa fora, se há uma perda de poder de compra generalizada, como é que se pode ultrapassar a recessão? Será que estas políticas não são antagónicas do crescimento económico?

Com a redução acentuada do poder de compra, haverá inexoravelmente um aumento do desemprego, o que obriga a uma maior carga sobre o Orçamento de Estado no sector social, haverá menos impostos recolhidos o que levará à tentação de os subir e assim sucessivamente. Com este panorama como é que se pode crescer? Eu não sei e até agora ninguém me explicou. Ou será que alguém sabe como sair do buraco em que nos encontramos? Ou será que temos que arranjar uma bóia antes de irmos todos ao fundo?

 

Jacinto César 


Tasca das amoreiras às 18:00
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Domingo, 4 de Dezembro de 2011

Sócrates morreu!

 

Sócrates morreu!

 

Aquele que foi uma figura universal morreu. Batalhou pelo seu país como poucos para o levar ao lugar que merecia. No entanto foi muito criticado e pouco compreendido por muitos. Era amado e odiado ao mesmo tempo, mas nunca deixou de fazer aquilo que pensava ser o melhor para a sua pátria. Licenciou-se com muitas dificuldades enquanto desempenhava o seu trabalho a tempo inteiro e com uma entrega total.

Optimista por natureza, nunca desistia mesmo nos momentos mais difíceis e só hoje a morte o venceu. Triste fim para um batalhador que ultimamente e para esquecer as tristezas se entregara ao álcool. Morreu sem honra nem glória, só, numa cama de um hospital, abandonado mesmo por aqueles que durante muitos anos o bajularam e viveram à custa do seu trabalho. Paz à sua alma. Eu vou recordá-lo para sempre.

 

Nota – Agora que acabei de escrever é que me apercebi que o texto poderia levantar dúvidas. O Sócrates a que me refiro é (foi) o capitão da selecção canarinha durante muitos anos. Sócrates Brasileiro Sampaio de Sousa Vieira de Oliveira de seu nome completo. Era uma profissional da bola como poucos. Passeou a sua classe pelo mundo inteiro. Era médico de profissão e nem esse facto evitou entrar em caminhos errados.

Para quem pensava que era o outro, desenganem-se já que está vivinho e de saúde.

 

Jacinto César

 


Tasca das amoreiras às 19:39
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Sexta-feira, 2 de Dezembro de 2011

Secret Story

 

 

 

Já há muito tempo que andava com vontade de falar sobre este assunto, mas como outros mais actuais vão aparecendo, foi ficando em lista de espera.

A revista “Sábado” publicou há duas ou três semanas atrás uma série de entrevistas a alunos das universidades. Como os vídeos dessas mesmas entrevistas estavam publicadas no “sítio do costume” fui vê-las. Eu nem queria acreditar no que estava a ver e a ouvir. Autênticas barbaridades.

Eu sabia por conhecimento de causa que a cultura dos portugueses anda pelas ruas da amargura, principalmente a dos jovens, apesar de hoje terem acesso a fontes de conhecimento como jamais houve. Mas as coisas estão assim e não vejo que possam melhorar, antes pelo contrário.

De tanto se falar no programa da TVI, a Casa dos Segredos, resolvi passar por lá e ver como era. Vi um bocado e chegou. Aquela gente são autênticas “cavalidades”, bem, sem ofensa para os equinos que penso serem um bocadinho melhores.

É em definitivo o povo que temos. Bronco, analfabeto e inculto. Penso mesmo que estes adjectivos são pouco para caracterizar os portugueses. Pelo andar da carruagem, qualquer dia, quem saiba dizer duas tretas é considerado intelectual.

Olhemos para algo mais perto de nós: o Facebook. Cada vez que abrimos o dito, aparece na caixa de diálogo uma frase: “Em que estás a pensar?”. Para mim significa que qualquer utilizador desta rede social deveria lá colocar qualquer coisa da sua “lavra”. Mas não! Limita-se a repetir o que viu ou leu, que por sua vez já tinha sido publicado noutro local qualquer, ou seja, a grande maioria dos utilizadores são incapazes de dar uma opinião sobre isto ou aquilo ou até mesmo protestar com aquilo que os incomoda. Ora toma lá mais esta musiquinha, vê lá esta fotografia (já vista n vezes), toma lá este “pensamento do dia” já velho e com barbas, etc. etc..

Quando vejo a utilização que os jovens deram às redes sociais nos Estados Unidos ou nos países árabes, que fizeram tremer e cair regimes, fico corado de vergonha com o que se passa em Portugal.

Há uns dias atrás falei aqui sobre o Fado, e é verdade, a vida dos portugueses é mesmo um fado, feito de lamúrias e queixas, mas não mais do que isso.

Pensem no assunto.

Tenham um bom fim-de-semana e façam o favor de serem felizes.

 

Jacinto César


Tasca das amoreiras às 15:30
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Quinta-feira, 1 de Dezembro de 2011

Os traidores

 

 

 

 

Faz hoje anos que um grupo de portugueses resolveu derrubar a Terceira Dinastia ao entrar no Palácio da Ribeira para acabar com a Duquesa de Mântua e “su muchacho” Miguel de Vasconcelos. De nada lhe valeu esconder-se dentro de um armário já que os revoltosos o encontraram e o enviaram “para os anjinhos”. E foi assim que acabamos com a tirania filipina e aclamámos D. João IV como Rei de Portugal.

 

Bem, esta é a história que toda a gente aprendeu nas escolas. Mas a onde eu quero chegar com estas palavras é outra história que se passa no presente e desde logo me ressalta uma pergunta: “Quantos Miguéis de Vasconcelos há por aí à solta”?

 

Se em 1640 acabamos com a tirania dos Filipes de Espanha, será que hoje não temos por aí uns quantos Miguéis representantes da rainha Ângela, que nos vai governando a seu belo prazer com pressões e chantagens? Será que não temos por aí uns quantos traidores que a troco de trinta dinheiros nos vão fazendo a vida num inferno? Eu cá desconfio muito que sim. Mas o problema não se põe só com o nosso pequeno reino à beira mar plantado. As garras da rainha são bem maiores e o seu apetite de dominar é insaciável. Já não são só os pelintras da periferia a serem as vítimas, mas também reinos bem mais poderosos. Penso que já faltou mais tempo para começarmos a ouvir novamente o bater forte de tacões de botas e ver mãos levantadas.

Eu começo a perder a esperança que a Europa com que todos sonhámos não passou de uma miragem. Só tenho uma dúvida: como é que isto vai acabar.

 

Espero que neste caso, tal como noutros, a história se repita e alguns fidalgos europeus tenham a coragem de deitar abaixo esta tirania.

 

Jacinto César   

 


Tasca das amoreiras às 19:26
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