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Quarta-feira, 30 de Setembro de 2009

Eleições Legislativas e Eleições Autárquicas

Hoje vou fazer aqui um pequeno exercício de extrapolação entre os resultados das legislativas e o das autárquicas.

No concelho de Elvas, os resultados das Eleições Legislativos, foram os seguintes:

 

 

PS                                  4376

PSD                               2144

BE                                  1368

CDS                               1127

PCP/PEV                      608

PCTP/MRPP                178

Somando os resultados do PSD com o do CDS, os dois partidos que integram a coligação MUDE obtemos  3271

  (fonte Pag. RTP http://ww1.rtp.pt/noticias/eleicoes/legislativas2009/index.php  28/09/2009 10h 52m)

Se aplicarmos o Método D’Hondt a estes resultados obtemos a seguinte distribuição de mandatos:

                                                                             

PS            MUDE      PS            MUDE      PS            BE            PS

Se aplicarmos o mesmo método mas supondo que PSD e CDS concorriam em separado, obteríamos a seguinte distribuição de mandatos:

                                                                             

PS            PS            PSD         PS            BE            CDS         PS

A primeira conclusão que se pode retirar é que, a manter-se esta votação, o número de mandatos seria equivalente numa situação ou noutra, ou seja o PS meteria quatro vereadores em qualquer dos casos, o BE um e se o MUDE meteria dois no primeiro caso, no segundo cada um dos partidos que o compõem meteria um, o que perfazia os mesmos dois. Daqui resulta, que ou a coligação MUDE gera uma dinâmica de vitória que capitalize mais alguns votos do que os que se verificaram na soma dos dois partidos nas Eleições Legislativas, e consegue eleger um terceiro vereador, ou era indiferente concorrerem em coligação ou separados.

Todos sabemos que Eleições Autárquicas não são Eleições Legislativas e que as primeiras têm muito a ver com a dinâmica local. Sabemos também que a campanha eleitoral do PSD para as legislativas  não foi de modo nenhum bem sucedida, e que por isso mesmo, uma boa candidatura, e uma campanha bem estruturada, deveriam resultar num aumento da votação.

A lista do MUDE bem como o movimento/associação que lhe deu origem, integra ainda personalidades independentes que, ao terem sido seleccionados para integrar as referidas lista, nos faz supor que representam uma mais-valia para a mesma, com a consequente tradução no número de votantes. Assim sendo a fasquia de sucesso para o MUDE situa-se no mínimo de três vereadores.

Admitamos agora os cenários alternativos:

O Mude mete apenas dois vereadores, e este resultado representa uma derrota da estratégia dos dois partidos, pois apesar de cada um deles ter tido que abdicar do seu próprio programa, para estabelecer acordos para um programa comum, e de terem integrado independentes para melhorem a performance eleitoral, não conseguem atingir esse objectivo, mantendo o mesmo numero de vereadores que se concorressem separados e obtivessem os mesmos votos das legislativas, o que em si mesmo não era grande feito dado o já atrás referido insucesso da campanha legislativa do PSD.

O MUDE obtém menos de dois vereadores e então a derrota é estrondosa, pois significa uma sangria de votos, em apenas duas semanas, e relativamente a resultados que já estiveram longe de ser bons.

Esperemos pois serenamente os resultados para retirar as devidas conclusões.

 

 

 

António Venâncio

Força política            Nº de Votos


Tasca das amoreiras às 16:30
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E a guerra rebentou!

 Sempre tive a sensação que Sócrates e Cavaco eram incompatíveis, mas podia ser que se entendessem, pelo menos era o que mostravam em público, além dos elogios mútuos que iam fazendo.

Os motores já estavam aquecendo há muito tempo com alguns episódios, uns mais importantes que outros, mas que os havia, havia. Mais, penso que a gota que fez transbordar o copo do presidente foi o estatuto dos Açores. Desde aí que só faltava uma faísca para dar início à guerra aberta. Isso aconteceu hoje. O verniz estalou.

Para ser sincero ainda não entendi bem o problema. Se houve escutas ou não, se houve violação do correio electrónico também não sei, mas lá que se passou algo de grave, passou. Nunca tinha visto o presidente tão crispado e a utilizar um discurso tão violento. Partindo do princípio que Cavaco Silva não deve estar louco, presumo que Sócrates não deverá estar inocente no caso.

Se o futuro do governo que há-de vir aí já não seria muito brilhante em virtude dos resultados eleitorais, agora com estes episódios, não lhe prevejo nada de bom. Digamos que mais coisa menos coisa, dois anos de vida. Cá por mim até poderia não nascer, aproveitando para por em prática a lei do aborto.

Venham de lá os próximos episódios.

 

Jacinto César

 


Tasca das amoreiras às 03:20
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Terça-feira, 29 de Setembro de 2009

Forças armadas

Por favor digam-me que estou mesmo doido e que li mal a notícia que se segue. Se assim for marco já um lugar num manicómio.

 

“Redução de 1300 efectivos das Forças Armadas

 

Foi publicado esta segunda-feira em Diário da República o decreto-lei que define a redução de 1300 efectivos militares das Forças Armadas Portuguesas até 2013.

O diploma aponta para um universo total de 18.538 militares a atingir até 2013, constituído por 78 oficiais generais, 5146 oficias superiores, 9296 sargentos e 4018 praças dos três ramos das Forças Armadas.”

 

Ver em http://tvnet.sapo.pt/noticias/detalhes.php?id=49083

 

 Vejamos então:

 

1 – 1 general comanda 66 oficiais superiores

2 – 1 oficial superior comanda 1,8 sargentos

3 – 1 sargento comanda 0,4 praças

 

Visto de outra forma, 2 soldados precisam de 5 sargentos a dar-lhes cabo da cabeça, 9 sargentos são comandados 5 oficiais superiores e finalmente um general tem às suas ordens 66 oficiais.

Se os 78 generais mais os 5146 oficiais tiverem um motorista, estes só podem ser sargentos já que os soldados não chegam só para este efeito. Mas como as Forças Armadas necessitam de soldados como impedidos, de empregados de mesa e balcão nas messes de sargentos e oficiais, mais uns quantos nas secretarias e como guardas e sentinelas nos “quartéis”, quantos sobram para cumprir a função MILITAR? Poucos ou nenhuns. Pergunto então muito inocentemente para que servem umas forças Armadas destas? Eu não digo mas penso.

Bem, que entender mais de assuntos militares que se prenuncie, já que eu desta tropa não entendo nada.

Bem, devo estar mesmo doido!

 

Jacinto César

 


Tasca das amoreiras às 01:58
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Segunda-feira, 28 de Setembro de 2009

Eleições

Uma análise

 

Factos

1-                      39, 4% de abstenção; 1,31 votos nulos; 1,7% votos brancos; Total 42,46%

       O que se traduz em 57,54% de eleitores votando em partidos políticos.

2-               

PS                                  36,56%

PSD                               29,09%

CDS                               10,46%

BE                                  9,85%

PCP/PEV                      7,88%

      3 No distrito de Portalegre o PSD elege um Deputado pela primeira vez desde que a representação parlamentar do distrito foi reduzida a dois deputados, retirando um deputado ao PS (fonte Pag. RTPhttp://ww1.rtp.pt/noticias/eleicoes/ legislativas 2009/index.php  28/09/2009 10h 52m)

 

A primeira conclusão a retirar dos resultados apresentados, e que a meu ver deve ser motivo de reflexão para toda a Classe Política, prende-se com o desencanto dos eleitores relativamente a esta classe. De notar que apenas 57,54% dos eleitores inscritos, se manifestam expressamente por um partido, seja ele qual for, os restantes 42,46% mostram claramente o seu desagrado relativamente a todos eles, quer através da abstenção quer através do voto nulo ou branco, e ganham indiscutivelmente as eleições com uma maioria tão confortável que, a ter representação parlamentar, dependendo da distribuição por círculos, poderia significar a maioria absoluta na Assembleia da República. Se a estes factos acrescentarmos que, muitos dos que fomos votar e o  fizemos num partido, entre os quais me incluo, não o fizemos como manifestação de apoio convicto a um partido, mas apenas como escolha do mal menor teremos que concluir que o apoio real a qualquer dos partidos é escasso. Posto isto, não serve a qualquer partido “embandeirar em arco” pois não houve nenhuma vitória. Perdeu a democracia. Torna-se pois urgente que todos os partidos, e a sociedade Portuguesa reflictam sobre estes resultados.

 

Analisemos os resultados individuais de cada partido:

O PCP/PEV demonstra indiscutivelmente ser uma força política com um eleitorado de há muito consolidado, mantém-se igual a si mesma e não tem, na nossa sociedade, capacidade para melhorar os seus resultados, no entanto, também não é espectável que, a manter as políticas que tem seguido, venha a perder representatividade, os 7,88% de votantes que obteve, e que representam 4,53% dos eleitores inscritos, são um eleitorado fiel. Até aqui nada de novo.

O BE duplica o número de deputados, capitalizando uma parte do descontentamento do PS, mas falha dois dos seus objectivos, não consegue ser a terceira força parlamentar, ficando pelos 9,85% de votantes que correspondem a 5,67% dos eleitores inscritos, e não consegue um número de deputados suficientes para influenciar decisivamente o próximo governo, pois dependerá sempre de um terceiro partido para formar maioria parlamentar com o PS. Os “tiros no pé” dados no programa e na campanha e a desilusão dos debates televisivos terão contribuído definitivamente para este resultado. Certo é que, para fazer deslocar para a esquerda a governação socialista, será necessário um acordo tripartido entre PS, BE e PCP/PEV o que se me afigura difícil e altamente perigosa para o próprio BE que verá reduzido o seu espaço entre os dois partidos.

 O CDS com 10,46% dos votantes, correspondentes a 6,02% dos eleitores inscritos, torna-se a terceira força política na Assembleia da República, o número de Deputados eleitos coloca-o numa posição de força no actual espectro parlamentar, ao permitir formar maioria com o PS, quer através de uma coligação, quer através de acordos pontuais. Esta força será tanto maior quanto menor for a possibilidade de entendimentos tripartidos há esquerda e quanto mais se estremarem as posições entre PS e PSD o que acho uma hipótese bastante plausível. Por tudo isto o CDS e Paulo Portas, vão certamente ter, nos próximos tempos um poder superior ao que os resultados poderiam deixar supor.

O PSD com 29,09% dos votantes que correspondem a 16,74%, fruto de uma campanha que não o foi e de uma liderança com notória dificuldade em unir o partido e chegar á população, desperdiçou uma oportunidade única de se tornar na maior força parlamentar. Forçosamente terá que repensar a estratégia e eventualmente a liderança e esperar por melhores dias. Não creio que venha a contribuir para uma solução tipo bloco central, podendo no entanto, em situações pontuais, contribuir para aprovar algumas medidas, ou para alterar outras. Esperemos para ver.

O PS com os seus 36,56% dos votantes que representam 21,04% dos eleitores inscritos, tem uma vitória com sabor a derrota. Não consegue congregar um quarto dos eleitores portugueses, o que significa que mais de três quartos destes não acreditam nas suas propostas, perde a maioria absoluta, vendo-se forçado a procurar apoios parlamentares para poder fazer passar, desde o programa ao orçamento, passando por todos os outros diplomas que necessitem passar pela Assembleia. A principal derrota, é mesmo da arrogância e da prepotência com que conduziu a sua política nos últimos quatro anos. Não será fácil a uma personalidade como a do Primeiro-Ministro ter que encontrar estes acordos. Mudanças de orientação política esperam-se em função desses acordos.

Outro grande derrotado nestas eleições, foram mais uma vez as sondagens e projecções.

Mais uma vez, excepção feita para os resultados do PCP/PEV, quer umas, quer outras apontavam um resultado para o PS que dificilmente atingiu a margem mínima ficando muito aquém do número de mandatos que lhe foi atribuído durante mais de uma hora e que lhe permitiria formar maioria com qualquer partido, um resultado para o PSD que se veio a situar no limite superior, ultrapassando mesmo este limite no caso das projecções, um resultado para o BE que o colocava à frente do CDS, com terceira força política, contrariamente ao que se veio a verificar e com uma diferença não desprezável de cinco mandatos, a diferença entre formar maioria com o PS ou não formar. Tendencioso? Não sei, no entanto acho estranho que as sondagens “errem”sistematicamente no mesmo sentido.

Uma nota final, o objectivo que aqui defendi várias vezes neste blog, retirar um Deputado ao PS no Distrito de Portalegre, e, desta forma, contribuir se não para a derrota pelo menos para a retirada da maioria absoluta a José Sócrates, foi atingido como reconhecimento de muitos eleitores dos prejuízos que o governo PS trouxe a este Distrito.

 

António Venâncio

 

 

 

 


Tasca das amoreiras às 16:04
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Domingo, 27 de Setembro de 2009

Eu ganhei, eu perdi!

Ao dizer que ganhei estas eleições, arrisco-me a parecer-me ao Partido Comunista, que mesmo perdendo, ganhava sempre. Mas eu explico. A minha (nossa) grande vitória foi ter retirado a maioria absoluta a Sócrates. E porquê? Porque a sua arrogância e prepotência terá que acabar de vez sob pena de aqui a poucos meses haver novas eleições. Para governar precisará, tal como tinha previsto, uma muleta. Pelos resultados só poderá ser o CDS, coisa que espero que não aconteça e para bem do próprio CDS, que sendo justos foi o grande vencedor da noite. Espero que tal aliança não se faça sob pena de em próximas eleições sofrer um grande trambolhão. Vamos ver agora o que é que vai acontecer. Os próximos dias serão decisivos.

Quero aqui deixar uma nota desagradável e muito estranha e que foi a colagem dos movimentos “gays” ao PS. Quererá isto dizer alguma coisa?

Quando digo que perdi, digo-o com mágoa pois tinha uma vaga esperança que o PSD não tivesse o resultado que teve o que inviabilizou uma coligação PSD-CDS. Foi pena mas já era esperado. A campanha deste partido foi má demais para ser verdade. Muitas vezes tenho aqui falado na maledicência das campanhas que acabam por se virarem contra quem as fez. A campanha feita de ataques e mais ataques não esclarecem ninguém e as pessoas na dúvida votam no mesmo. O mesmo acontecerá nas Autárquicas fatalmente. Mas sobre estas iremos falando nestes próximos dias.

 

Jacinto César  

 


Tasca das amoreiras às 00:03
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Sábado, 26 de Setembro de 2009

Sou professor, não voto PS

                                                                                                                                                                                       Se fosse uma pessoa egoísta bastava-me o facto de ser professor para nem querer ouvir falar em José Sócrates. Nunca uma classe profissional foi tão humilhada por um governo. Já aqui falei sobre o assunto e como tal dispenso-me de falar mais nele.

Como nunca fui e nem sou egoísta, tenho muitos mais argumentos que me levariam a não votar em tal pessoa, mesmo que me tivesse aumentado o vencimento para o dobro. Acho que o colectivo sempre foi mais importante que o indivíduo e é sobre isso que quero hoje escrever antes do dia das eleições.

Estou convicto que as pessoas que nos lêem diariamente já têm na sua cabeça a quem vão dar o seu voto, mas se conseguir mudar de opinião um só que seja já é uma vitória para mim.

Voltemos então ao assunto e aos porquês desta minha atitude em pedir que não votem PS.

Se bem recordados estão, fez agora quatro anos que Sócrates jurou a pés juntos que não iria aumentar os impostos. Foi o que se viu: não houve taxa ou imposto que não tivesse aumentado. Se tivesse aumentado os impostos sobre artigos de luxo ou supérfluos ainda aceitava, mas o IVA por exemplo é inaceitável. O aumento deste até aos 21 % quem é que prejudicou? Os mesmos de sempre ou seja, a classe média e os pobres, já que para os abastados mais um menos um tanto dá. Depois veio o IRS sobre as reformas. Quem tinha reformas grandes ou milionárias já pagava este imposto. Quem é que mais uma vez saiu mal da situação? Os que tinham uma reforma baixa ou miserável. E o que é que se pode chamar a uma pessoa que disse uma coisa e fez outra? MENTIROSO.

Mas há mais, muito mais. Que dizer do tratamento que deu aos pequenos agricultores? E dos pequenos comerciantes? Sobre estes últimos gostaria de falar mais detalhadamente, mas fica para depois. Gostaria no entanto dizer às pessoas que nos lêem e a título de exemplo que os comerciantes chineses estão isentos de impostos durante cinco anos. Pensem na justiça desta medida.

Não quero maçar com mais mil e um argumentos para justificar um NÃO ao PS. Meditem no assunto.

Eu sou professor e como tal não voto PS.

 

Jacinto César

 


Tasca das amoreiras às 00:00
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Sexta-feira, 25 de Setembro de 2009

Na Hora da Verdade

Durante os últimos quatro anos ouvi, dos mais variados sectores da actividade, queixas relativamente à actuação do Governo PS e do seu Primeiro-Ministro. Dos pequenos comerciantes que dizem viver uma situação de dificuldade como nunca viveram, aos trabalhadores por conta de outro que viram precarizado o seu vínculo laboral e uma nova formula de cálculo das pensões que os deixará com metade do salário quando se reformarem, dos que se viram de um momento para o outro no desemprego sem vislumbrarem uma réstia de esperança no futuro, aos reformados que viram as suas magras pensões diminuídas  por força do aumento da carga fiscal que sobre elas incidiu, dos agricultores que viram restituídos a Bruxelas milhões de euros, alguns dos quais, como os das agro-ambientais, já estavam  contratualizados, aprovados e, nalguns casos com investimentos feitos, dos funcionários Públicos que viram as suas carreiras cerceadas e a mudança unilateral dos contratos que um dia tinham assinado ao entrar em funções, aos doentes que se viram forçados a pagar “taxas moderadoras” para exames internamentos e cirurgias, das forças de segurança que se viram privados de direitos que vinham usufruindo, aos professores que foram achincalhados pelo Ministério da Educação, de todos ouvi queixas.

Hoje é o último dia da campanha eleitoral.

Domingo chega a hora de mostrar aquilo que pensamos relativamente ao que foram estes quatro anos.

O nosso Distrito elege apenas dois deputados, e apenas PS e PSD podem aspirar a ter representação.

Chegou o momento de traduzir em actos todas estas queixas, e, em coerência, contribuir para retirar do poder quem esteve na origem de todas elas.

Assim sendo, votar no PS para quem durante estes quatro anos sofreu esta política está fora de questão, seria contribuir para que pudesse eleger os dois deputados no Distrito, e portanto para que tivéssemos mais quatro anos do mesmo.

Votar em qualquer um dos partidos que não tem possibilidade de eleger um deputado será dar meio voto ao PS pois não contribuindo directamente para eleger um deputado do PS, também não contribui par eleger um de outro partido, e poderá, em última análise permitir que o PS acabe por eleger os dois.

Votar no PSD é a única hipótese de contribuir para que o PS perca um deputado no Distrito e  para que não tenha maioria para governar.

Por isso,

Na Hora da Verdade, vou votar PSD

 

António Venâncio

 

 

 


Tasca das amoreiras às 19:02
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Quinta-feira, 24 de Setembro de 2009

A Avenida de Badajoz e as zebras

Algo de mal se passa na Av. de Badajoz com as zonas de travessia de peões.

Diz o Código da Estrada que as zonas para travessia de peões de qualquer via rodoviária devem ser assinalada por sinalização (passe a redundância) vertical e horizontal. A vertical consta das vulgares tabuletas que advertem os automobilistas da proximidade duma zona de travessia. A horizontal consta de duas linhas perpendiculares ao eixo da via preenchido o espaço entre elas por linhas oblíquas, vulgarmente chamadas zebras. Qualquer condutor deve obrigatoriamente dar prioridade aos peões quando estes se encontram já a atravessar a zebra ou que manifestem a vontade de a atravessar. Até aqui penso que não há discussão.

O segundo processo para o atravessamento de uma via, consta de duas linhas paralelas e perpendiculares ao eixo da via protegidas por semáforos de fecho periódico e automático ou por botões colocados nos postes dos semáforos e comandados pelos peões. Aqui penso que também estão todos de acordo.

Vejamos então o que se passa na Av. de Badajoz. Até há uns dias atrás havia o primeiro sistema (os das zebras mais a sinalização vertical) em funcionamento. Este obedecia ao Código da Estrada. Acontece que, como todos sabemos que os condutores “bem educados” passavam pelas zebras sem levarem em conta os direitos dos peões e assim aconteceram vários acidentes, alguns dos quais com consequências fatais.

Resolveu a Câmara colocar semáforos com sensores de velocidade para refrear a fúria de alguns condutores. Só que … saiu asneira. E porque?

Vejamos um exemplo. Um veículo circula na referida avenida a uma velocidade dentro dos limites da lei. Aproxima-se de uma passadeira de peões com o semáforo verde e continua o seu andamento. Ao mesmo tempo um peão atravessa a ZEBRA que lhe dá prioridade sobre os veículos automóveis. Dá-se o acidente! Quem é o culpado? Ninguém, porque tanto o veículo como o peão estavam ambos a cumprir o código da estrada. E como descalçar uma bota destas? Pela lei não sei. O que sei é que o sistema é que não obedece à lei. Se há semáforos não há zebras e se há zebras não pode haver semáforos. Como resolver então a situação? De duas maneiras. A mais simples será acabar com as zebras e substitui-las por duas linhas paralelas em coexistência com os semáforos. Se quiserem manter as zebras então terão que retirar os semáforos e colocá-los entre zebras para refrear a velocidade dos veículos. Assim é que não.

Fica este assunto à consideração dos técnicos camarários.

 

Jacinto César

  

 


Tasca das amoreiras às 23:14
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Quarta-feira, 23 de Setembro de 2009

A grande farra das eleições

Já há muitos anos que não se via um regabofe de tal grandeza numas eleições. Tem valido de tudo um pouco. E não é só deste ou daquele partido. São todos.

Os escândalos têm sido mais que muitos e apanham transversalmente todos os partidos. É o PS com todas as trapalhadas à volta do seu Secretário-geral e de alguns (quase todos) ministros. É o PSD com as tramóias com o PR e as escutas telefónicas para já não falar das palhaçadas com o “cubano” que vive na Ilha da Madeira e de que é dono. É o BE com os tiros que tem dado nos pés a propósito daquele velho ditado “faz o que eu digo e não o que eu faço”. Claro que estou a falar do caso dos PPR’s, acções e coisas tais. O CDS tem arrastado atrás de si “problemas antigos” dos quais não há maneira de se livrar, como é o caso Portucalle e do seu ex-ministro Nobre Guedes. O PCP é o único que se vai safando mais ou menos bem, não porque as não façam, mas talvez porque são mais espertos a fazê-las.

Claro que a campanha eleitoral tem reflectido tudo isto, valendo unicamente os debates televisivos a dois. Mas estes debates safaram-se da confusão precisamente porque foram a dois, porque se têm juntado toda a “manada” em debates então teria sido bonito.

Se pusermos de parte os votantes crónicos nos respectivos partidos do coração, como é que o resto da população se vai decidir? E os 700.000 novos votantes (os jovens), que pensarão desta geração que os está a governar?

Bem, isto é a campanha. E o dia seguinte como será? É quase fatal que não haverá maioria absoluta. Assim sendo como será o próximo governo?

Se ganhar o PS, será que se vai coligar com o BE ou com o PCP apesar de já todos terem jurado que não? O PCP não, mas parece-me que o BE se está a colocar a jeito para o fazer. Pode dar-se ainda o caso  de o CDS alinhar na coligação, algo que não seria inédito. Mas mais grave é ainda se não bastarem dois partidos para fazerem a maioria e necessitarem de um terceiro. Aí seria um arraial.

Se ganhar o PSD, fatalmente terá que se coligar uma vez mais com o CDS. Se repararem nestes últimos tempos deixou de haver “mimos” entre os dois partidos. O problema mais uma vez é se não chegam os dois e necessitarem de um terceiro. Aqui é que a porca torcia o rabo porque não há terceiro “nestas bandas”.

Mas para a confusão ser total, basta que o que ganhar, PS ou PSD, se meter na cabeça governar em minoria. Então sim, voltaríamos aos bons velhos tempos do PREC com os governos a caírem de quando em vez e o PR a tentar fazer governos de independentes.

Amanhã continuaremos a analisar a bagunça política.

 

Jacinto César

 


Tasca das amoreiras às 16:44
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Terça-feira, 22 de Setembro de 2009

Coisas

1 – Eleições Autárquicas

 

Como estamos já muito próximos do 27 de Setembro, vou fazer aqui um interregno nas Autárquicas para podermos dedicarmo-nos um pouco mais aos problemas nacionais e que não são poucos. Amanhã penso começar a publicar uma série de escritos sobre o assunto e o porque votar neste e não naqueles.

Para já continuo à espera que sejam tornados públicos os programas das várias candidaturas para todos podermos tomar as nossas decisões. Nota negativa para os partidos.

 

2 – Largo da Misericórdia

 

Saiu um panfleto do palácio a anunciar a inauguração da estátua de D. Manuel I. Já falei aqui no assunto uma quantidade de vezes. Sei que fui vencido mas não fiquei convencido. Nem pouco mais ou menos. Continuarei a dedicar-me ao assunto porque penso que a minha proposta era sem dúvida a melhor. Polémica sim, mas indiscutivelmente era a que tinha mais lógica. Guardemos para outra oportunidade “o voltar à carga”. Para já, nota negativa.

 

3 – S. Mateus

 

Mais um S. Mateus que passa e tudo na mesma, salvando-se como sempre a Procissão dos Pendões, já que esta, calhe em que dia calhar, faça chuva ou sol, todo o elvense que se preza não falha. É o tal dia especial.

Quanto ao resto tudo igual. Igual não, cada vez pior já que as festas fazem-se com gente e essa é cada vez menos pelos motivos que todos nós sabemos, mas cujos responsáveis parecem não querer saber.

Mas deixemos também para mais tarde o “after day” do S. Mateus. Nota negativa.

 

Jacinto César

 


Tasca das amoreiras às 16:19
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O mundo é dos caloteiros . Uma autentica vergonha.
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