Aleluia!
Finalmente os nossos leitores resolveram dar um ar da sua graça e comentar um assunto que diz respeito a todos e que é transversal a toda a sociedade. Só é pena os termos que se usam para fazer vingar argumentos. Mas à frente.
Se a actual geração jovem me perguntar sobre as gerações que as precederam, é óbvio que tenho que admitir que não tenho lá muito orgulho delas, mas …
Das gerações ainda “presentes”, a dos meus pais foi sem dúvida a pior. Basta lembrar os terríveis conflitos que criaram em todo o mundo. Era sem dúvida mais ordeira, mais respeitada e respeitosa, mais moralista (?), mais dedicados à sociedade e à família (?) e outras virtudes mais. Mas de santos também não tinham nada! Era a época dos que mandavam e dos que obedeciam cegamente, o que tornava os primeiros em autênticos ditadores e os últimos em autênticos carneiros. Quero eu com isto dizer que a maior parte das virtudes que tinham era impostas e o medo imperava. A minha geração ainda foi vítima da anterior, e muito. Basta lembrar alguns conflitos em que nos vimos envolvidos devido a eles. Falo por exemplo da Guerra do Vietname, a Guerra colonial portuguesa e outros mais.
A minha geração abriu os olhos nos anos 60/70 do século XX. E como não podia deixar de ser, passou-se do 8 para o 80 num esfregar de olhos. Todos os valores que nos eram impostos foram postos
Se me posso orgulhar de que a minha geração foi uma geração libertadora e criadora como nunca tinha havido anteriormente, não me posso orgulhar da geração que criámos. Como vamos resolver este problema, que para os jovens é um não problema, não sei. Mas que temos que entre todos encontrar uma solução, lá isso é obrigação de todos, porque senão quem ficará ainda pior serão os quem vêm a seguir, e era uma herança que não gostava de deixar aos meus netos.
Continuaremos a falar do assunto.
Jacinto César
Não gosto muito de fazer isto, mas não resisti em transcrever na íntegra um artigo escrito pelo conhecido jornalista Joaquim Letria.
A geração que nos governa é a dos enteados do salazarismo, afilhados do marcelismo, crianças do PREC, cheios de expedientes e carregados de gel e de sucesso pessoal. Enterrou a geração dos resistentes à ditadura e prepara-se para acolher a geração J.
Esta geração J nasceu em democracia, foi fabricada nas juventudes dos partidos, fez a sua formação cívica na "Juve Leo", nos "No Name Boys" e nos "Super Dragões", não aprendeu grande coisa nos colégios nem nas universidades privadas e está a tirar o tirocínio em gabinetes de ministros e secretários de estado.
A geração J não fugiu aos impostos nem pagou sisa porque nunca trabalhou e vive em casa dos seus pais. Não fez a tropa, não casou e vai governar o País em breve, depois de ir à República Dominicana no fim de curso e ter a noção do mundo que a administração Bush facilita.
A geração J ganhou experiência de vida na catequese, ou nas discotecas, é impulsiva e irreflectida, capaz de erros graves, antes de acertar. Falta já pouco para a conhecermos melhor e a vermos em todo o seu esplendor. Ficaremos então cientes do seu valor.
Queira Deus abençoar Portugal
Será que depois de lermos este artigo ainda podemos dormir descansados? Eu subscrevendo o que a cima ficou dito, só me resta ir rezando que Joaquim Letria não tenha razão.
Jacinto César
Certa vez estando eu no Conselho Executivo da minha Escola, entra no gabinete uma senhora que se identificou como mãe de uma aluna. Que queria a senhora? Queria que nós proibíssemos a filha de entrar na escola vestida da maneira como andava. Alguém lhe perguntou: e porque não proíbe a senhora que a sua filha sai de casa assim vestida? Resposta da mãe: porque não faz caso se mim.
Hoje vi no telejornal alguém com a lucidez de espírito fazer uma pergunta muito pertinente: se a aluna do Porto gritou daquela maneira para a professora não seria natural que a rapariga “falasse” assim também para os pais?
No meu post de ontem alguém me desafiou para comentar uma entrevista do Dr. Daniel Sampaio sobre o que ele pensa sobre o novo estatuto do aluno. Concordo plenamente com o que disse, mas, continuo a insistir que o problema não está na escola mas sim em casa e na sociedade. Aí sim, está o cerne da questão.
Já há uns tempos atrás aqui tinha falado sobre os problemas da educação de hoje e continuo a reafirmar o que então dizia. A célula básica da sociedade e que é a família, está em desagregação acelerada e isso reflecte-se na sociedade. Por sua vez esta está a atravessar uma grave crise de valores. Ora se a família e a sociedade estão como estão, que pode a escola fazer? A minha experiência diz-me que nada. É o salve-se quem poder e o último que feche a luz. Como posso eu fazer de pai e professor ao mesmo tempo de uma montanha de alunos? Mas alguém acha em consciência isso possível? Dir-me-ão que esta maneira de estar é derrotista e é de quem não quer saber do que se passa à sua volta. Puro engano. Os professores, e eu falo por mim, limitam-se a ser uns actores secundários num filme em que os protagonistas são os maus da fita. Nós vamos gerindo a educação em função das leis que a sociedade produz. Quero com isto desculpabilizar-me e sacudir a água do capote? Não! Mas se a sociedade não ajudar que podemos nós fazer senão remar contra a maré?
Imaginemos a belíssima estátua de Miguel Ângelo que se encontra na Basílica de São Pedro no Vaticano:
Jacinto César
Senhor Presidente da Câmara Municipal de Elvas
Dirijo-me hoje a V. Exª pelo motivo relacionado com o boletim que a câmara publica quinzenalmente. Não, não é pelo seu conteúdo, pois deixo essa tarefa para os políticos, mas não acha que é um desperdício de dinheiro pela qualidade do papel que se utiliza? Não poderia V. Exª fazer exactamente a mesma coisa num papel de pior qualidade ou mesmo em papel reciclado? Acho que é muito dinheiro deitado ao lixo, mesmo presumindo que toda a gente (12.500 ex.) o lê. Vá lá: poupava uns cobres e ajudava o ambiente. Se fosse feito à maneira dos prospectos do Lidl (passe a publicidade), até o podia fazer semanal.
E já agora que me estou a dirigir a V. Exª, aproveitava para fazer uma pergunta: não haverá em Elvas qualquer tipografia que o possa imprimir?
Os meus respeitosos cumprimentos
Jacinto César
Sei que sou uma desgraça em termos de economia, mas quando me vão ao bolso sei que o estão a fazer.
Mas porque sou ignorante gostaria que alguém me explicasse algumas coisas que se passam de há uns tempos a esta parte.
Dados concretos:
1- Em 26 de Outubro de 2000, com 1 Euro comprávamos 0,825 Dólares.
2- Em 21 de Janeiro de 2008, 1 Euro valia 1,489 Dólares.
Perguntas:
1- Se todas as importações extra comunitárias são feitas com a nota verde, porque não baixaram os preços das referidas importações?
2- Se na primeira data, 1 barril de petróleo valia $63 o que daria aproximadamente 70€ e na segunda data o preço do mesmo barril era de $100 o que daria qualquer coisa como 66€, porque é que a gasolina em lugar de baixar, tem vindo sempre a aumentar?
3- Porque será que o pão vai aumentar para valores incomportáveis quando o trigo que Portugal consome vem quase todo dos States? Mesmo que o trigo tenha tendência para aumentar na origem, será que a depreciação do Dólar não compensará?
Outros casos poderiam ser aqui colocados, mas como já não entendo estes nem me debruço sobre outros.
Como não hei-de andar deprimido se estão metendo a mão no meu bolso?
Jacinto César
Quero escrever sobre qualquer coisa e não sei que escrever.
Olhe-se para onde se olhar desgraças atrás de desgraças, problemas atrás de problemas, que qualquer mortal fica desanimado com a vida. É isso mesmo, desanimado.
Estou cansado. Muito cansado mesmo. É a nossa cidade, é o nosso país, é o mundo. Tudo do avesso, tudo de pernas para o ar.
Podia começar a dizer mal de qualquer coisa, mas são tantas que nem saberia por onde começar. Escrever sobre coisas boas? Mas aonde é que elas estão?
Lembrei-me agora de uma: esteve um belo dia de sol! Isso mesmo.
Não, se pensam que estou deprimido, pensam mal. O meu problema é ter-se vontade de lutar e não saber por onde começar, nem tão pouco saber quem ele é. Ou será que sei?
Vistas bem as coisas, este estado de alma deve ser resultante do que comi a mais durante as festas. Do que fui falar! Coitados, e aqueles que estão a passar fome como é que se sentirão?
Bem, o melhor é estar calado e assobiar para o lado como nada de mau se passasse. Não é o que a maioria faz? É na verdade uma boa terapêutica. Amanhã é outro dia e logo se verá!
Jacinto César
Caros amigos e leitores
Queria deixar-vos uma mensagem de esperança na convicção que ELE olhará por nós.
Uma Boa Páscoa para todos
Mais um português a sério morreu. Infelizmente poucos vão sobrando.
Alguns dirão que foi um fascista, outros dirão que era um anti-comunista primário. Eu considerei-o sempre um homem com H, um patriota que amava o seu país. Com um curriculum invejável opôs-se com bravura aos ventos de leste que dominaram o PREC.
Morreu só. Um dia ser-lhe-á feita justiça.
Meu GENERAL, descanse em paz.
Jacinto César
Por vários motivos não queria voltar aqui a colocar problemas relacionados com a educação, mas perante o acontecimento que hoje foi tornado público pelas televisões, não podia calar a minha revolta.
Podia custar-me o emprego, alguns meses de vencimentos, mas uma aluna(o) não me o faria, pois teria pela certa a resposta correspondente. No entanto o episódio tem alguma coisa de positivo: foi filmado e mostrou ao país como os professores são tratados dentro de uma sala de aulas. Toda a gente sabia que este fenómeno se passava incluindo a Exª Ministra, mas todos iam assobiando para o lado. Agora que todos viram como é?
Voltando à questão das avaliações, será que os pais não precisarão também ser avaliados e com urgência?
Jacinto César
Tanto se tem falado nestes últimos tempos na avaliação dos professores, que nos escapa por vezes outras “avaliações”, que são por exemplo a dos políticos.
Qualquer político só é responsável criminalmente por actos gravosos praticados por si, mesmo que no exercício das suas funções. Resumindo, sob o ponto de vista criminal é um cidadão comum com algumas particularidades que eu considero menores.
E sob o ponto de vista civil? Qual é a responsabilidade? É isso que vamos analisar.
Demos como exemplo um ministro qualquer, seja ele de que partido for. O homem é nomeado e quando toma posse além de jurar a Constituição, jura também fazer o melhor pelo país. Só que este melhor é subjectivo. Se as coisas correm bem, terminaríamos por aqui. E se as coisas correm mal? E se o homem é incompetente e pratica uma política ruinosa para o país? Como é que se avalia este caso e como é que se penaliza? Como já atrás referimos, sob o ponto de vista civil não pode ser julgado e condenado por actos políticos, por muito maus que estes sejam. Diz a Constituição que são penalizados politicamente nas urnas, ou seja, o homem apresenta-se outra vez como candidato ministeriável e perde as eleições. Mas será que foi penalizado? Ou será que não foi premiado? Continuemos a análise.
Tentemos lembrar-nos de ministros que foram despedidos nestes últimos governos. Lembremo-nos também daqueles que perderam eleições.
Que lhes aconteceu e quais as penas que sofreram por má governação? Um miserável emprego como administrador de uma qualquer empresa que anteriormente tinham beneficiado ou pior ainda, nomeados para qualquer organismo internacional. De verdade a penalização foi “bárbara”.
De certeza que não querem que comece a escrever aqui nomes. Não que tenha medo, mas dava muito trabalho a escrevê-los todos. E só aqueles que são do domínio público.
Como vêm há avaliações e avaliações e há portugueses de 1ª e de 2ª. Eu juraria que não faço parte dos de 1ª.
Diz-se por aí à boca cheia que os FP em geral e os professores em particular são uns privilegiados em relação às reformas. Eu não sei como são as dos outros, no entanto sei dizer que com 57 anos de idade e 37 anos de serviço se me quisesse ir embora, teria a enorme recompensa de ir para casa com metade da reforma. Sim, metade. E os políticos? É preciso contar o que se passa com eles? E por exemplo os militares?
Por favor digam-me onde está um ex-político a passar fome ou mesmo a viver mal que eu dou-lhe uma parte do meu vencimento.
Jacinto César
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