Parece que é desta vez que se vai fazer justiça a todos aqueles que morreram por Portugal no ex-ultramar.
Já não era sem tempo que se acabassem com os tabus e se homenageassem todos aqueles que deram a vida por aquilo que à época era o nosso país.
Eu fico extremamente feliz por tal acontecer. Só espero que aquilo que se vai construir tenha dignidade e que esteja à altura do sacrifício dos nossos concidadãos.
Jacinto César
Acabei agora mesmo de ler uma notícia que me deixou pasmado e que não resisto deixar de comentar. Ora bem, é assim:
1- Em 2007, os trinta e quatro hospitais que foram semi privatizados (EPE), tiveram um saldo negativo de 158 m€ (leram bem, cento e cinquenta e oito milhões de euros).
2- No mesmo período, os dez maiores hospitais públicos (SPA) tiveram um saldo positivo de 6 M€.
É pá, quem é que anda a ganhar assim tanto dinheiro para terem um resultado daqueles? Os administradores não são com certeza!?
E depois o público é que é mau, onde ninguém trabalha e ganham rios de dinheiro.
Para a frente é que é caminho. Ponha-se um contador em cada um de nós para saber o ar que respiramos e depois privatize-se.
Jacinto César
Todos os dias, por 3 vezes, e por “dever” para com um cachorro, vou ao Jardim Municipal. São indiscutíveis o arranjo e a limpeza deste. Quanto a isso estamos falados.
Já o mesmo não se pode dizer em relação ao jardim em frente à chamada Cidade Jardim. Eu não sei de quem é a propriedade do mesmo, mas lá que está muito mal, lá isso está. Um parque infantil com piso de tartan na última, uma iluminação aparentemente de boa qualidade apagada e todo o terreno que deveria em princípio servir para passear ou a miudagem brincar a parecerem uma selva. As entradas semivedadas com uma rede de construção civil dão logo a perceber o que se passa no seu interior.
A quem de direito ponha mão naquilo. Ai do Cónego Ayres Varela ou de António Sardinha se levantassem a cabeça. É uma vergonha!
Jacinto César
Cada vez ando mais confuso com esta história do “público” e do “privado”.
A seguir ao 25A e com o advento da democracia, acompanhada de fortes ventanias vindas de leste, foi a febre das nacionalizações. Para o bem ou para o mal, fez-se.
Com a chegada do 25, mas de Novembro e do ano seguinte, começou-se a desfazer a pouco e pouco o que anteriormente se tinha feito duma acentada. O povo ia assistindo a este vaivém de bens. Uns a favor e outros contra. Como sempre. Mas quase de certeza que quase ninguém entendia o que se passava. Dum modo geral a dita esquerda era defensora do público e as “direitas” a favor do privado. Numa época em que a ideologia era rainha, compreendia.
Com o passar dos anos as coisas foram mudando. A ideologia foi substituída pelo pragmatismo e pela tecnocracia e tudo se baralhou, ao ponto de hoje não saber bem qual é o papel dos partidos e dos políticos em toda esta confusão.
Com a chegada ao poder deste governo que temos, tudo se baralhou ainda mais. Eu explico. Através dos meios de comunicação social e de uns quantos fazedores de opinião arregimentados pelo governo, começou-se a criar a ideia que os serviços públicos e seus trabalhadores (vulgo função pública) eram autênticos sorvedouros das finanças públicas e os trabalhadores vampiros de meter inveja a qualquer Conde de Drácula. Resumindo, era o alvo a abater acompanhada pelo coro da opinião pública, anteriormente e atempadamente envenenada. Tudo o que era público era mau por natureza (sobre isto não digo nada, pois sou parte interessada).
E o que é que está agora a acontecer? As ditas “esquerdas” privatizam tudo e as “direitas” protestam.
Mas será que dá para perceber uma coisa destas? Afinal aquilo que até há bem pouco tempo era o “cancro” da sociedade, agora passou a ser bom! Vá lá a gente entender. Por favor expliquem-me lá isso “como se fosse muito burro” pois estou num grande dilema.
Jacinto César
"não há providências cautelares que possam interromper o processo de avaliação"
As declarações da Ministra da Educação que acima se transcrevem, são esclarecedoras da confusão de conceitos que reina na cabeça de quem tutela a Educação em Portugal (o será que é um problema de quem tutela o país todo?...).
É que, Senhora Ministra, não são “aquela meia dúzia” dos professores dos sindicatos, que dão provimento às providências cautelares, nem tão pouco são aqueles professores ligados a um certo partido, como também é agora costume (novamente) argumentar, são os tribunais.
E saiba, Senhora Ministra, que no sistema político Português, os tribunais são Órgãos de Soberania, tal como a Assembleia da República, a Persistência da República e o Governo.
As decisões de um Órgão de Soberania, quando tomadas no respeito pela lei e dentro do limite das suas funções, são para respeitar e acatar. Estes são princípios elementares de cidadania que todos os dias procuramos transmitir na Escola aos nossos alunos.
Eu sei que me dirá que não há uma sentença, apenas uma providência cautelar, mas Senhora Ministra, também ninguém falou em sentença, apenas em decisão, e uma providência cautelar é uma decisão provisória que vigora até que seja tomada a decisão definitiva.
Nunca tinha ouvido, nos meus cinquenta anos de vida, algém reponsável afirmar publicamente que não repeitava a decisão de un tribunal.
Senhora Ministra, não se iluda, apesar das aparências maioria absoluta não é poder absoluto.
António Venâncio
Depois de uns sais de fruto e umas horas sono, lá me recompus da má disposição que ontem sofri. Já mais sereno e mais a frio já posso dizer alguma coisa do que ontem se passou e tirei algumas conclusões:
1- Havia um filósofo chinês que dizia: “ … junta-te àqueles que procuram a verdade e foge daqueles que julgam que a encontraram”. Digo isto para ilustrar o comportamento da Ministra da Educação. Ela é dona da verdade e não aceita opiniões diferentes ou apenas sugestões que sejam. Nem que lhe abram a cabeça. Uma coisa é determinação, outra é teimosia. É um caso perdido.
2- Os políticos e principalmente os que se encontra no Ministério da Educação têm uma noção muito deturpada do que é hoje a realidade de uma escola. Eles lembram-se de como esta era nos seus tempos, mas que nada tem a ver com a escola de hoje. Tudo mudou: a sociedade, a política, a escola, os professores, os alunos, os pais e um sem número de coisas que contribuem para essa diferença. Acho, na minha modesta opinião que, qualquer ministro ou secretário de estado deveria antes de assumir o cargo passar uns tempos numa escola como professor. Se calhar teria outra visão do que é a realidade. Para eles, a escola, não passa de uma realidade virtual.
3- Concordo e defendo a participação dos pais na vida escolar, mas não na sua organização, porque estou-me a ver pertencer a uma gestão hospitalar. Quais são os meus conhecimentos dessa realidade? Nenhuns! E que faria eu num lugar daqueles? Nada. Estou consciente que é uma utopia, mas para mim, útil era podermos contar com um pai(mãe) nas salas de aula. Isso sim, era envolver os pais nos problemas do dia a dia dum professor. Eu cá por mim, não me importava de lá os ter.
4- Quanto à gestão unipessoal que se quer implementar nas escolas, cheira-me a política. Penso que no futuro não muito longínquo teríamos mais uns jobs para os boys do partido que estivesse no governo. Se eles já estão disseminados por todos os lados, porque não as escolas? Não estamos ainda a viver sob um regime de partido único, mas estamos numa de agora vou eu e depois vais tu. Parece aquele jogo das cadeiras que quando era pequeno fazia na escola.
5- Ontem durante o programa falou-se muito do sistema de ensino da Finlândia e do seu sucesso. Num destes próximos dias abordarei o assunto.
Jacinto César
Lamentavelmente hoje não tenho disposição de escrever qualquer coisa.
Depois de 3 horas de televisão, fiquei tão mal disposto que acabei por vomitar várias vezes. Ouve qualquer coisa naquele programa que me causou a indigestão.
Desculpem, mas tenho que ir correr novamente .. .. . . . .. . . . ..
Jacinto César
O Senhor Primeiro Ministro José Sócrates vai promover uma reunião socialista na Guarda, na qual dará a conhecer e explicará os seus “projectos”, e procurará acertar estratégias para os levar a bom termo.
Tem de facto o Senhor Primeiro Ministro uma elevada auto-estima,, só assim se explica, que ainda creia que,, à vista da “obra,” alguém se sentirá motivado para apoiar novos projectos
António Venâncio
Não é por nada mas começo a simpatizar com Cuba e os seus dirigentes. Sei que é estranho uma simpatia destas, principalmente pelo facto de o regime político que por lá impera, não tem nada a ver com os meus princípios. Mas, e há sempre um mas, e como se costuma dizer, inimigo do meu inimigo, meu amigo é, eu não suporto os americanos e a sua arrogância como se fossem donos de todos nós. Na verdade aquele pequeno povo faz-me lembrar a pequena aldeia de gauleses que resistia a tudo e todos, na banda desenhada do Axtérix. Nem menos. Eles sozinhos conseguem dar cabo da cabeça aos vizinhos “cow-boys”, e para ser sincero e aqui que ninguém nos ouve, eu até gosto. Primeiro foi o mano Fidel que durante 49 anos resistiu às investidas dos “imperialistas” ali do lado. Agora cabe a vez ao mano Raul.
Se a saudosa Hermínia Silva estivesse viva diria certamente: “Anda Raul!”
Jacinto César
“Juiz aceita queixa por «publicidade enganosa» contra PSOE por não cumprir promessa eleitoral
Um juiz madrileno admitiu hoje tramitar uma queixa por «publicidade enganosa» apresentada contra o PSOE, no governo em Espanha, por não ter cumprido um ponto no seu programa eleitoral de
Agora pergunto eu inocentemente: e se em Portugal algum “maluco” se lembra de fazer o mesmo? E se algum juiz “maluco” resolve aceitar a queixa?
Como são tantas as promessas que não foram cumpridas, o nosso primeiro-ministro não poderia ser condenado senão a prisão perpétua. A sorte dele é que a pena máxima são de 25 anos, que se transformarão em metade se o “homem” tiver bom comportamento. E se fizer por lá umas obrasinhas podia ser que saísse ainda mais cedo.
Espero solenemente que ninguém se lembre de fazer tal patifaria!
Jacinto César
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