Vamos assistir a partir do próximo dia 1 de Janeiro à maior perseguição jamais vista em Portugal: aos “criminosos” fumadores.
Nunca vi no nosso país uma campanha desta dimensão contra a corrupção do poder! Nunca vi nada igual contra a pobreza galopante. E a favor das crianças? E dos doentes sem dinheiro para medicamentos?
Mas não; os fumadores é que são os criminosos a abater. Parece a Santa Inquisição!
Isto num país em que a droga está a caminho da legalização, em que para a adquirir vale tudo, desde o roubar a matar, num país em que o consumo de álcool é o que sabemos, e causa aquilo que todos vimos diariamente nos telejornais...
Mas coitados, esses são doentes. E nós pagamos os tratamentos!
Mas o fumador é um “ser” maldito…
Por acaso, até pagam impostos elevadíssimos pelo vício. E por acaso roubam ou matam para pagar os cigarros que consomem? Depois de fumar, mesmo que seja um pacote inteiro, causam distúrbios ou desacatos?
Desde sempre me habituei, e por uma questão de EDUCAÇÃO, quando estou na presença de algum não fumador, a perguntar se estou a incomodar. Se sim, não penso duas vezes e apago.
Agora perseguirem-me como se fosse um malfeitor?
A partir de 1 de Janeiro, se for apanhado a fumar num local proibido, posso se autuado até 750€. Se em lugar do cigarro estiver a fumar um “charro”, pago de multa 50€. Uma justiça muito “justa”.
Para terminar, deixo aqui o lamento que um anónimo escreveu num fórum.
“Cá para mim, a vida está cada vez pior...
Não tenho nenhuma "qualidade" que seja objecto de defesa, compreensão, elogio ou virtude:
1) Não sou mulher
2) Não sou minoria étnica
3) Não sou judeu (nem cristão, nem muçulmano, nem nada)
4) Não sou homossexual
5) Não rapo os pelos do peito e das pernas
6) Não sou deficiente físico nem mental
7) Nunca usei heroína, coca, etc, nem sequer cannabis
8) Não sou seropositivo nem tenho sida
9) Nunca fui preso ou sequer sujeito a um interrogatório
10) Não pertenço a nenhum partido político
11) Não gosto de fast-food nem coca-cola. Adoro comida bem temperada e vinho tinto
12) Não frequento discotecas. Só tascas onde se come bem e barato
13) Nunca tive "problemas de adaptação" nem "dificuldades de aprendizagem"
14) Não fujo ao fisco
15) Não gosto da globalização nem da maioria dos ditames de Bruxelas
16) SOU FUMADOR. Portanto, a partir de 1/1/2008 vou passar a ser ostracizado por:
a) Rapaziada politicamente correcta, que não suporta o fumo do cigarro mas não se importa de levar com os escapes dos camiões
b) "autoridades" que se preocupam muito com a minha saúde mas não têm tomates para PROIBIR mesmo o fabrico e venda de tabaco, e consequentemente perder os milhões em impostos
c) Malta que não sabe que em muitas zonas das grandes cidades o ar da rua está mais poluído que dentro de um restaurante onde um ou outro fumem
ENFIM, SOU UM CRIMINOSO!”
Jacinto César
“O tribunal chinês condenou à morte e confiscou as propriedades do ex subgovernador da província de Anhui (este da China), He Minxu, declarado culpado por aceitar subornos milionários, informou a agência noticiosa oficial Nova China”
E se de repente a pena de morte fosse restabelecida em Portugal? E se de repente todos os corruptos fossem condenados e os seus bens expropriados?
Sou um acérrimo, diria mesmo fanático, defensor da abolição da pena de morte em todo o mundo, mas gostaria de ver a cara de “muito boa gente” se esta fosse restabelecida no nosso país!
Havia uma classe profissional que ficaria muito satisfeita e que seriam as agências funerárias (alguns deles também seriam clientes de si próprios).
Desculpem, sou eu que estou a sonhar acordado!
Jacinto César
Todos nós prometemos todos os anos fazer Natal todos os dias, mas todos os dias nos esquecemos. É uma esperança que renasce todos os anos por esta época, mas que se dissolve com o tempo. Fica sempre a intenção.
Renovando a esperança de dias melhores para todos, aqui ficam os votos de um
SANTO NATAL
e que se prolongue pelos próximos 365 dias
Jacinto César
A mudança de Deus!...
Quando era criança, o Natal era vivido desde bem cedo, na tarde de dia vinte e quatro, com a família toda junta à volta da mesa para a consoada, que se prolongava em agradável convívio, até se fazer hora da Missa do Galo. A virtude, espírito de sacrifício e união da Sagrada Família, eram apresentados como modelo para todas as famílias. Aprendíamos que Jesus estava do lado dos desfavorecidos, desde o primeiro momento da sua vida, e era perseguido pelos poderosos. No final, o Menino Jesus era dado a beijar a todos os presentes, sendo seguidamente colocado pela primeira vez no presépio, feito alguns dias antes.
Regressávamos a casa para cear, o conforto do corpo era assegurado por uma lareira, se se tratasse da casa dos meus avós paternos, ou de uma braseira se se tratasse da casa dos meus avós maternos, o do espírito, em ambos os casos, pelo calor sempre presente dos afectos.
E as prendas?- perguntarão os leitores.
As prendas, se as havia, o que não acontecia sempre, e também não era o mais importante, eram postas no sapatinho pelo Menino Jesus, e quase sempre constavam de uma peça de roupa para substituir outra, demasiado pequena ou demasiado velha.
A iluminação Natalícia era garantida pela lareira a arder e pela luz do candeeiro a petróleo.
Um Natal feliz nesse tempo.
Festejávamos o Natal de Jesus!...
Não tinha ainda chegado em força a Portugal, um outro Natal, que nunca foi de nossa tradição, que tem por figura central um santo velhinho, de seu nome São Nicolau, que em seu tempo foi um grande benfeitor dos pobres, espírito aliás bem Natalício, e que uma certa marca de bebidas, resolveu vestir com as suas cores para uma monumental campanha publicitária que já cruzou duas mudanças de século, convertendo o espírito Natalício no espírito consumista.
Nas nossas cidades, vilas e aldeias já não há presépios, mas sim enormes árvores de Natal, competindo para ver qual é a maior e mais bem iluminada, esquecendo que Ele, nasceu pequeno e humilde, numa gruta escassamente iluminada. As prendas passaram a ser entregues pelo Pai Natal, alcunha que deram ao pobre São Nicolau, agora disfarçado de rótulo de bebida e as pessoas correm de um lado para o outro, tentando comprar tudo, ficando sem tempo para o essencial, os afectos e a atenção aos outros.
Tudo são luzes e cor por todo o lado.
O Natal é bom ou mau consoante a facturação das lojas da baixa de Lisboa.
Hoje a felicidade é um direito e é proibido falar em sacrifícios, virtudes e apresentar a união familiar como um valor.
Festeja-se o Natal do consumo.
A todos os que tiveram a paciência de nos ler ao longo destes meses, desejo sinceramente um
BOM NATAL DE JESUS.
Como é costume dizer-se, “todos batem no ceguinho”! Agora o ceguinho é a Função pública.
Precisa-se de dinheiro para equilibrar as contas públicas, não há problemas: os funcionários públicos pagam. Buraco na saúde? Funcionários públicos! Problemas na Segurança Social? Pois bem, funcionários públicos. Dinheiro para aqui ou para lá, funcionários públicos. Arre que é demais.
Criou-se na opinião pública a noção de que a função pública é o grande cancro da sociedade. Os “fazedores de opinião” fartaram-se de trabalhar, mas conseguiram o objectivo dos “patrões”: denegrir a imagem dos trabalhadores do estado! É ver todas as pessoas dizerem com desprezo “ é funcionário público”.
Eu sou-o e com orgulho e dedicação, mas tenho que dizer que começo a ODIAR o meu patrão. Paga mal e faz passar a mensagem que paga bem! Sempre pagou os impostos, mas faz passar a mensagem que pagam pouco. Trabalhamos como os demais, mas faz passar a mensagem de que somos uns mandriões.
Está na hora de dizer BASTA! Basta da mentira e da calúnia. Basta de atentar contra a dignidade das pessoas. Basta de virar portugueses contra portugueses. BASTA!
Querem um exemplo? Todos os portugueses trabalhadores por conta de outrem, além do IRS, descontam 11% para a SS. Desde há muitos anos que sempre paguei 10+1%. Cá pelas minhas contas, 10+1 são 11. São agora e sempre o serão. Pois bem, sempre passou para a opinião pública que só pagávamos 10. Depois de a opinião pública ter sido devidamente orquestrada, passámos a pagar 10+1,5%.
Como os trabalhadores do estado NUNCA e ao contrário dos outros tiveram subsídio de desemprego o patrão resolveu fazer justiça: passámos a tê-lo! Só que… Só que vamos descontar mais 1% para o respectivo fundo (que não tem fundo). Ou seja, vamos descontar todos os meses 10+1+0,5+1 que é igual a 12,5% Mas aonde é que está a JUSTIÇA?
Mas chamam a isto um Estado de direito e ainda por cima com um governo SOCIALISTA?
Desculpem-me lá a franqueza, mas venha lá outra vez o “António das botas”! Aí, “governaram-se” alguns! Agora são aos bandos!
Autentica pornografia social! BASTA!
Jacinto César
Nestes últimos dias perdi a cabeça e fiz uma leitura em diagonal do Tratado de Lisboa.
Acredito que não seja suficientemente inteligente para digerir tal prosa, pois no fim, fiquei mais ou menos na mesma.
Acredito que 99% da população não o lerá.
Acredito que os restantes, que o leram, mais de 90% não o entenderam.
Pergunto então: para que serve o Referendo? Se é para aferir a opinião dos portugueses, duvido que a quase totalidade a tenha, a não ser que sigam as indicações dos partidos das suas simpatias. Sendo assim quase de certeza, para que serve então? Para gastar mais uns euros no dito? Para nos azucrinarem mais os neurónios com tempos de antena? Para os políticos terem mais uns dias de mediatização?
Vamos poupar tempo e dinheiro numa coisa que já está decidida e aprovada nos bastidores.
Como acredito que os nossos políticos são pessoas de uma cultura acima da média e que lhes permite navegar sem dificuldades nas teias legislativas do tratado, deixemos que os nossos ilustres deputados decidam por nós. Ao fim e ao cabo não é isso que fazem sempre?
Mesmo assim, se me dessem a oportunidade para isso, sempre gostaria de fazer umas perguntinhas a todos os nossos representantes da segunda fila para trás da Assembleia da República. Palpita-me que me iria divertir com as respostas.
Jacinto César
Segundo o semanário Expresso do passado sábado, o Sr. Alan Lamassoure, conselheiro do Presidente Francês Nicolas Sarkozy, terá feito a seguinte afirmação “Se fizer um referendo, Sócrates é um traidor”. Tal afirmação leva-nos a concluir que o Primeiro Ministro de Portugal terá assumido com os seus congéneres Europeus, ou pelo menos com alguns deles, o compromisso de não referendar o novo Tratado Europeu.
Durante a campanha eleitoral o actual Primeiro Ministro, assumiu com o Povo Português o compromisso ratificar o Tratado pela via do referendo.
Não sabendo neste momento qual será a decisão final do Primeiro Ministro, podemos no entanto afirmar que, qualquer que ela seja, terá que cometer traição. Se optar por referendar o Tratado, a acreditar nas palavras do conselheiro do Presidente Francês, irá trair os parceiros Europeus com os quais se comprometeu a não o fazer!...Se optar pela ratificação Parlamentar, irá trair o Povo Português!...
Brevemente ficaremos a saber o que é mais importante para o Primeiro Ministro, se manter o compromisso, assumido na clandestinidade dos gabinetes, com os dirigentes dos outros países Europeus, se manter o compromisso público, assumido com o Povo Português, que lhe outorgou pelo voto a autoridade para negociar, assinar e em última análise definir o método de ratificação do tratado em questão.
Há por aqui gato escondido com rabo de fora!
Então não é que de um momento para outro Portalegre quer ficar mais próxima de Elvas? Ou será que sou muito desconfiado?
O IP2 tem o seu trajecto desde o norte até ao sul do país, passando pela “capital do distrito” e por Estremoz. Até às proximidades de Portalegre o IP2 coincide com a A23. Se assim é, não seria de estranhar que no prolongamento para sul continuasse a coincidir com o IP2. Mas não! Portalegre “quer” que a A23 se ligue à A6 em Elvas, até porque esta ligaria as duas principais cidades do distrito. Que “amizade” esta tão repentina e estranha!
Atentemos no seguinte. Alguém por acaso já viu uma estrada nacional com um “stop” a meio? Eu nunca vi a não ser na EN246 ou seja na estrada que liga as duas cidades. Não se recordam? Então eu lembro-vos! Quando se vai a caminho da “capital” e imediatamente a seguir a Arronches, a estrada que vem de Campo Maior (EN243) entronca na nacional 246. Devia, mas não é assim, pois existe um sinal de “stop” que a interrompe. Ou seja, quem se desloca de Portalegre para Elvas, tem que sair da EN246 à direita para a EN246. Da mesma para a mesma!
Agora até a associação empresarial da “capital” quer chegar mais depressa à nossa cidade. Com amizades destas, se, e digo se, tiver que me deslocar à parvónia maior, vou pela nacional. No regresso é que preferia vir na A23, para sair de lá o mais depressa possível.
Passem bem!
Jacinto César
Cá estamos nós a passar do 8 para os 80. Eu explico.
Antigamente qualquer instituição pública ou empresa privada, tinha por exemplo, uma ou mais pessoas que faziam a limpeza. Estas pessoas tinham um emprego, mesmo que mal pago, mas era um emprego. Com os anos de trabalho o seu vencimento ia subindo e tinha alguma estabilidade. Podia ao menos fazer planos com o pouco que ganhava. Com o passar dos anos, estas pessoas deixaram de fazer parte dos planos de gestores públicos ou privados. Para o lugar delas foram contratadas empresas de limpeza que pagam miseravelmente e com trabalhadores a prazo que de x em x meses vão parar ao desemprego e nós a pagar. No fundo onde reside a diferença: o diferencial dos vencimentos vai directo para o bolso do dono da empresa de limpeza! Para este caso, dou como exemplos, as escolas e os bancos entre outros.
Mais um exemplo. Antigamente a EDP tinha electricistas que davam assistência aos consumidores o que fazia todo o sentido. E agora? Pois bem, a EDP subcontrata os serviços de uma empresa que vai fazer o mesmo serviço que dantes faziam os seus funcionários. Como já devem ter calculado quem é que se sai mal disto tudo? Os empregados da empresa prestadora de serviços que ganham menos, têm instabilidade laboral e vão para o “olho da rua” quando já forem demasiado velhos para o cargo! E quem paga? Nós! E quem é que ganha? Mais uma vez os donos das empresas de serviços!
O mesmo se passa em centenas de empresas que todos nós conhecemos. Resumindo, o “bolo” é o mesmo, só que em lugar de ser repartido por quem trabalha, agora é repartido por quem trabalha e por quem manda trabalhar. Dantes tínhamos intermediários nos produtos, agora são os intermediários dos serviços. Os parasitas da economia.
Gostaria de não ser adivinho, mas “cheira-me” que o sector da saúde, educação e segurança social vão pelo mesmo caminho. As seguradoras e os bancos já estão a afiar o dente!
Último caso: a água. Pelo que julgo saber, esta, é um bem de todos nós. Até há bem pouco tempo foi gerida por entidades públicas, particularmente pelas câmaras municipais. Em lugar de tentarem melhorar os seus serviços, não! Privatizam! Trocando em miúdos: os trabalhadores das águas serão reformados ou coisa do género, a gestão passa para privados, e as câmaras perante a continuação de um mau serviço, sacodem a água do capote. Nós continuaremos a beber água engarrafada, cozinhar e tomar banho em água de má qualidade e alguém a meter a “massa” no bolso!
Se logo a seguir ao 25A quase nos tornámos num país comunista, agora estamos a caminhar a passos largos para o liberalismo absoluto ou capitalismo selvagem. E por ironia do destino quem é que serve de locomotiva no processo? O Partido Socialista! E esta hã, como diria o saudoso Fernando Peça!
Desde que nasci, e por influência do meu pai, sempre fui encarnado (leia-se benfiquista), mas agora além de encarnado começo-me a sentir um pouco “vermelho”. Ou será que me sinto conservador?
Jacinto César
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