Jamais pensei que este simples projecto durasse tanto tempo!
Jamais pensei que este simples blog tivesse tido a aceitação que teve!
Passados 3 meses e cerca de nove mil acessos, jamais me passaria pela cabeça!
Assim sendo, só me resta agradecer a todos aqueles que tiveram paciência de nos aturar.
Escrevemos aqui de tudo um pouco, atravessando horizontalmente todos os temas que nos pareceram actuais. Sem limites, sem censuras, sem estarmos “presos” a ninguém nem às ordens de alguém. Dissemos aquilo que pensámos e que nos ia no coração com honestidade.
Assim, somos “obrigados” a continuar.
Obrigado!
Jacinto César
Hoje já é a segunda vez que escrevo aqui, mas não resisti à tentação de deixar aqui para quem faz o favor de nos aturar, o mail que um amigo me enviou. Uma história deliciosa e duma imaginação pouco comum. Ora leiam se fazem o favor:
ANTES DA POSSE
O nosso partido cumpre o que promete.
Só os tolos podem crer que
não lutaremos contra a corrupção.
Porque, se há algo certo para nós, é que
a honestidade e a transparência são fundamentais.
para alcançar os nossos ideais
Mostraremos que é uma grande estupidez crer que
as máfias continuarão no governo, como sempre.
Asseguramos sem dúvida que
a justiça social será o alvo de nossa acção.
Apesar disso, há idiotas que imaginam que
se possa governar com as manchas da velha política.
Quando assumirmos o poder, faremos tudo para que
se termine com os marajás e as negociatas.
Não permitiremos de modo algum que
as nossas crianças morram de fome.
Cumpriremos os nossos propósitos mesmo que
os recursos económicos do país se esgotem.
Exerceremos o poder até que
Compreendam que
Somos a nova política.
DEPOIS DA POSSE
Basta ler o mesmo texto acima, DE BAIXO PARA CIMA
Jacinto César
Hoje li uma notícia que me deixou deveras preocupado, porque nunca tinha reflectido sobre o assunto e provavelmente poucos de nós o fizeram. Passo a transcrever: Jean Ziegler, um especialista das Nações Unidas, condenou o uso crescente das plantações para produzir bio-diesel em substituição do petróleo considerando-o um crime contra a humanidade (semanário Sol. Fiquei a pensar para com os meus botões: se hoje toda a economia mundial está refém de uma ditadura dos países produtores de petróleo, com o aumento do cultivo de oleaginosas, ficaremos todos reféns dos possuidores de terras aráveis, que em lugar de produzirem “comida” passarão a produzir “petróleo” (bio-disel). E depois como será? Morremos de fome mas inundados de combustíveis, que sendo “verde” não deixam de o ser. Por este andar ainda vamos ver os árabes a semear cereais no deserto e assim perpetuar a sua ditadura, só que desta vez ainda pior. Todos nós, mais uns que outros temos consciência que algo tem que mudar em termos ambientais e disso não tenho dúvidas. Mas se levarmos estes assuntos ao limite, diria mesmo ao fanatismo, qualquer dia teremos mesmo um ambiente são: morremos todos de fome e volta tudo à estaca zero. Fica o ambiente e vamos nós! Este mundo está doido!
Jacinto César
E se um dia os pobres, os reformados e todos os mais desfavorecidos deste país resolvessem fazer GREVE? Lá teríamos de certeza o governo a entrar em pânico e suplicar por negociações!
Isto vem a propósito da greve dos pilotos. Não sou contra a referida greve pois entendo que eles lá terão os seus motivos para a fazer, estou é contra a rapidez do governo em aceitar negociar com os respectivos sindicatos. Bem, não estou contra a rapidez, mas sim com a falta dela quando se tratam de classes profissionais sem “peso” e sem poder negocial, que não é o caso desta e de mais algumas, que por acaso até são as classes mais favorecidas. Por este andar ainda vamos assistir a uma greve dos gestores públicos a reivindicar melhores salários e menos anos para a reforma. Falei em reforma? Pois foi, mas enganei-me. Para estes ela está já mais que garantida com poucos anos de “trabalho”. Coitados dos pilotos!
E já que falo de reformas, melhor, melhor, só a dos políticos. O ex-deputado e ex-presidente do PSD já correu a reclamar a sua e por inteiro por ter estado no Parlamento doze longuíssimos anos. Ganda nóia. Coitados, fartam-se de trabalhar.
Eu quando crescer quero ser como eles!
Jacinto César
Finalmente e ao fim de seis ano fez-se luz verde para todos os Europeus. Finalmente vamos ter “alguma coisa” por onde nos guiarmos. Não será bem uma Constituição, mas já é alguma coisa para quem não tinha nada. Se irá ser bom para todos, penso que só o tempo o dirá. Uns talvez percam alguma coisa, outros ganharão talvez e outros ainda, ficarão na mesma.
Mas não é propriamente sobre o tratado que escrevo, pois não o li e se o tivesse lido se calhar não o saberia analisar e muito menos criticar.
O quero referir aqui foi o facto de tal acordo ter sido conseguido em Lisboa, na Presidência Portuguesa e com o português a Presidente da Comissão Europeia. Pode eventualmente que Portugal e o seu governo pouco ou nada tenham contribuído para tal ocorrência, mas lá que fica na história fica, o que pode constituir uma injecçãozinha no ego e na moral dos portugueses.
Mas se por uma perspectiva fico satisfeito, vendo as coisas por outro lado fico triste, senão mesmo preocupado e estou a referir-me a este (des)governo. Depois disto, quem é que os vai tirar de lá agora? Se juntarmos a isto tudo, mais umas benesses (em 2008 que é ano de eleições autárquicas e em 2009 legislativas) que de certeza vão ser distribuídas, quem é que apeia o homem da cadeira do poder? Menezes? Não me parece! Portas? Tão pouco! O Jerónimo e o Louçã? Só se o povo enlouquecesse!
E em que ficamos? Mais cinco anos com mais do mesmo! A arrogância, a prepotência a atingir as raias do escândalo, a democracia e a liberdade a fragilizarem-se e tudo o mais que todos conhecemos muito bem (e aquilo que não sabemos). Iremos certamente a continuar a emagrecer para engordar alguns e os 2 milhões de pobres a aumentar em flecha (a vergonha nacional)
Animem-se, hoje é fim-de-semana!
Jacinto César
Por jardim temos a noção de um local aprazível e tranquilo.
Já para Cidade Jardim o conceito é bem diferente: local movimentado, barulhento e agitado.
Quero deixar bem claro que nada tenho contra os bares que aí se localizam e com os seus proprietários que não conheço, mas no entanto tenho que reconhecer que para todos aqueles que residem nas suas proximidades terão muitas dificuldades em conviver com eles. A minha residência é a cerca de quinhentos metros do local e mesmo aí chega o bruá das noites de fim-de-semana. Ora para quem tem que se levantar cedo e trabalhar, o ambiente que ali se vive não deve ser o melhor para quem tem ou quer descansar.
Penso que mais cedo ou mais tarde terá que se encontrar uma solução de consenso e que agrade a todos os interessados. Penso que a Câmara Municipal também terá uma palavra a dizer.
Jacinto César
Parece uma contradição, mas este foram os sentimentos que me assaltaram ontem à noite no final do concurso “Sabe mais que um Miúdo de 10 anos?” na RTP.
Foi lindo ver uma Avó, cuja formação académica se reduz ao “ultrapassado” sétimo ano dos liceus e com uma vida profissional como funcionária pública, classe profissional “incompetente”, onde residem todos os males deste país, percorrer toda a série de dez perguntas sem recorrer a qualquer ajuda, e com uma segurança reveladora de um conhecimento bem cimentado.
Foi lindo ouvi-la dizer que tinha concorrido apenas para que os seus netos sentissem orgulho na avó, tentando passar às novas gerações a mensagem que o conhecimento, hoje completamente fora de moda, é algo de importante e de que nos devemos orgulhar.
Foi lindo ver brilhar os olhos daqueles netos perante a Avó convertida em estrela de televisão.
Foi lindo ver a confiança daquela família, quando chegada questão onze, incentivou unanimemente a Avó/Mãe a não desistir, apesar de não conhecer a pergunta, e arriscar oito mil e quinhentos euros dos dez mil que havia ganho.
Foi lindo perceber que a décima primeira pergunta teria sido também respondida com êxito, não fora o medo de assumir riscos de quem viveu uma vida limitado ao salário modesto de servidor do estado, e em funções nas quais assumir riscos é absolutamente proibido.
É triste verificar na nossa sociedade quanto se subvaloriza o conhecimento, e quanto este está fora de moda.
É triste pensar de que forma a nossa sociedade menospreza os seus idosos e considera as suas reformas como um peso.
É triste ver quantas famílias vivem desmembradas, nas quais os avós nunca verão brilhar os olhos de seus netos.
É triste constatar quantos netos não são educados a admirar o capital de cultura que transportam seus avós, e desvalorizam saber e experiência acumulados ao longo de uma vida.
É preocupante que até agora nenhum concorrente tivesse conseguido atingir a décima pergunta, mesmo com o recurso às ajudas.
É preocupante que os licenciados em diversas áreas que já passaram pelo programa, tivessem revelado um desconhecimento de conceitos ao nível do primeiro ciclo do ensino básico e início do segundo suficiente em muitos casos para os fazer errar mais de três questões em dez (utilizar as ajudas todas antes de ser eliminados).
É preocupante constatar o óbvio, a degradação progressiva do sistema de ensino, bem patente na diferença abissal entre os conhecimentos e segurança revelados por esta Avó, e as dúvidas e ignorância patenteadas por outros concorrentes com formação teoricamente superior, apenas justificável pela geração e pelo momento em que percorreram o sistema de ensino.
É preocupante , que os (i)responsáveis políticos que nos governam, não encarem a realidade bem de frente, e ponham fim às pseudo pedagogias, importadas de Boston por uma certa elite que aí realizou mestrados relâmpago, que têm cerceado a formação de sucessivas gerações dos nossos jovens.
É ainda preocupante que pais e educadores, perante esta situação tão clara, continuem a “assobiar para o lado”, não tendo a coragem de gritar que “O Rei vai nu”.
António Venâncio
Blogs de Elvas