1 – Todos aqueles que têm dinheiro e podiam investir na sua cidade preferem a segurança de um banco a aplicá-lo. E que esperam eles? Um milagre! Sim, um milagre que haja alguém a fazê-lo por eles e depois poderem tranquilamente alguns dividendos. Resumindo, que venha alguém de fora a arriscar que depois “eles” ajudam.
2 – Algumas (se calhar muitas) pessoas andam à espera que haja um milagre e um emprego tropece com elas. Mas atenção, tem que ser um emprego e não um trabalho porque isso cansa. Não vale a pena escamotear a situação e arranjar desculpas, porque as coisas são mesmo assim. Vejamos em pormenor o que acontece.
2.1 – Uns quantos estudaram, trabalharam e conseguiram tirar um curso. Destes, poucos conseguiram fixar-se em Elvas. Outros resolveram a vida rumando a outras paragens. Saíram da sua terra, mas foram à procura do seu futuro. Finalmente os comodistas, mesmo tendo feito pela vida enquanto estudaram, não tiveram a coragem de sair debaixo da protecção familiar e conformaram-se em aceitar um trabalho num qualquer supermercado. Uma questão de opção de vida.
2.2 – Os jovens que acabaram o secundário e não quiseram ou puderam estudar mais, são o grande problema. Sentem-se no direito de terem um emprego bem pago mesmo sem terem feito nada para o merecerem. Disparam em todas as direcções, com se os outros é que fossem os culpados da sua situação. Mas TRABALHAREM é que não. Julgam-se merecedores de outra vida.
2.3 – Depois há os outros a viverem de expedientes. Esses não se queixam e vão vivendo sem darem muito nas vistas. Boa vida sem se lhes conhecer a proveniência dos rendimentos.
2.4 – Finalmente aparecem os “boys” do regime. Tal como antes, quem tem uma cunha no sítio certo está safo. Estes são aqueles que querem que as coisas se mantenham como estão. Sentem-se protegidos pelo poder sem pensarem que um dia o sistema dá a volta e terão que dar o lugar aos “outros”. Coisas da vida.
Tal como disse aqui há uns dias atrás, empregos não os há e penso que nunca mais os haverá como dantes, em que se arranjava um para toda a vida. Infelizmente nada está bem.
Resumindo, os que têm dinheiro, vão-no guardando. Outros vão fazendo pela vida. Os outros não querem trabalhar. Finalmente, todos esperam por um milagre que não vem. No entanto todos têm em comum uma coisa: dizer mal. Muitas vezes já se diz mal sem se saber bem o porquê. Diz-se simplesmente ou pelo vício.
Para finalizar gostaria de deixar aqui uma pergunta para todos: o que é que cada um já fez para que as coisas melhorassem? Dizia Jonh Kennedy, “perguntem antes o que cada um pode fazer pela América e não o que a América pode fazer por cada um”. Tinha razão!
Jacinto César
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