Mais uma vez a avaliação dos professores
Hoje a nossa Ministra já se saiu com uma à moda de Maria de Lurdes Rodrigues: 83% dos professores neste último ano tiveram a classificação de Bom. E porquê esta percentagem? Porque já era hábito antigo dar-se bom a toda a gente! Gostei e fiquei esclarecido.
Mas não era bem isto que queria dizer, mas sim outra coisa, ou seja, a progressão na carreira dos professores até ao topo.
Muita gente tem dado como exemplo para o facto dos professores não deverem chegar todos ao topo da carreira com as Forças Armadas, dizendo que nem todos os soldados chegam a generais. É um facto, mas também é demagógico, porque soldados são soldados, sargentos são sargentos e generais são generais e dentro de cada categoria não ganham todos o mesmo. Má comparação!
Tomemos como exemplo a empresa Autoeuropa que tem nos seus quadros uns milhares de trabalhadores. Dentre estes há várias profissões. Uns serão mecânicos, outros soldadores, outros ainda montadores, etc, tal como numa escola. Nesta há funcionários administrativos, há auxiliares de educação e professores.
Detenhamo-nos numa classe profissional na Autoeuropa. Por exemplo os soldadores. São uns quantos certamente. Como em qualquer outra profissão, seja pública ou privada, quando o tempo de serviço vai crescendo os vencimentos vão aumentando, ou seja, a todo o momento teremos uns soldadores a ganharem mais do que outros em função da avaliação de desempenho e do tempo de serviço. Quero com isto dizer que dentro da classe de soldadores há vários níveis de vencimentos, e a não ser que alguns tenham um mau desempenho, todos chegarão ao topo do vencimento para a classe. Se tudo correr bem, não haverá dois soldadores com 30 anos de serviço com vencimentos diferentes. Dir-me-ão que há os chefes dos soldadores e que nem todos chegam lá. Certo!
Voltemos então às escolas e aos professores. Estes pertencem a uma categoria profissional CHAMADA DE PROFESSORES. Não há várias categorias! Há só uma, a de professor, que tal como a do soldador vai subindo dentro da carreira até atingir o topo. Tal como nos soldadores que têm chefes, na escola é o mesmo, pois têm directores e que ganham como tal. Chegam lá todos? Não! Chegam só alguns.
Dei aqui o exemplo de soldadores e professores, mas poderia ter escolhido a profissão de pedreiro ou electricista ou outra qualquer e que vai dar no mesmo.
Assim sendo continuo a não entender o problema! Ou será que é um falso problema?
Quem tiver melhor opinião que a mostre.
Jacinto César
Caro amigo
Sabe uma coisa? Não deve passar de um frustrado na vida. Faça por ela como muita gente faz.
Jacinto César
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