1 – Candidato Manuel António Torneiro
Do eterno candidato não se esperava muita coisa tal como prevíramos. Os votos que amealhou são os dos amigos e pouco mais. Poderia ter evitado fazer a figura patética que fez ao andar a discursar pelas ruas de megafone nas mãos. Enfim, o estilo conhecido por todos.
2 - Candidato João Pinheiro
Sem surpresa a agonia do PCP é um facto, acelerado aqui em Elvas pelo motivo do candidato não ser de cá, além de ser um funcionário do partido. Cumpriram calendário.
3 – Candidato Luís Pedras
Eu avisei que o nosso homem andava a sonhar muito alto. Mais sonhou depois das Eleições Legislativas. O tombo foi maior que o esperado. Deixo no entanto aqui uma palavra de conforto para o Luís Pedras dada a campanha honesta que fez. É merecedor de todo o nosso respeito. Se eleito seria de certeza um bom vereador.
4 – Candidato Simão Dores
Não sei bem o que dizer deste candidato e da equipe que o acompanhou. Tudo começou mal e acabou pior.
Em Elvas cultiva-se muito a má-língua e o mexerico, mas a maioria das pessoas não gostam de ouvir dizer mal por dizer. A campanha baseou-se fundamentalmente em dizer mal. Foram tantos os factores que contribuíram para a estrondosa derrota que será difícil aqui enumerá-los. Mas tentemos mostrar os principais.
4.1 – A formação da ADE foi logo o primeiro tiro no pé. Quiseram fazer passar uma ideia que toda a gente viu logo que era uma mentira.
4.2 – A falta de conhecimento da realidade elvense, por ter sido enganado pelos “comparsas” ou então por inocência. Nunca entendeu bem a guerra em que se ia meter, ainda por cima a comandar um “exército” que lhe foi imposto por uma equipe do mais heterogénea que se pode conceber. Sem já falar nas equipes para as freguesias, as equipes para a Assembleia Municipal e para a Câmara eram confrangedoras.
4.3 – O comandante das tropas no terreno e principal estratega revelou-se a nulidade que a maioria das pessoas já sabiam. Apologista de uma preparação de campanha agressiva, e de uma campanha no mesmo estilo foi a machadada final nas suas intenções. Disparou em todas as direcções e uma bala fez ricochete no próprio. Estou-me a referir a Tiago Abreu. Ele definiu a SUA estratégia, o SEU “modus operandis”, e geriu a seu belo prazer e todos os outros fizeram coro. Penso que nunca conseguirei saber como é que consegue persuadir os parceiros, já que nem os militantes e simpatizantes do seu partido convence. Se acreditasse em bruxarias, diria que exerce um ascendente astral sobre algumas pessoas.
4.4 – A “coligação” fez a pré e a campanha atacando sistematicamente Rondão Almeida. O pior é que atacou com toda a artilharia os pontos fortes deste último. Depois fizeram passar a ideia que só os burros e os ignorantes é que votariam no candidato da continuidade. A esperteza e a inteligência eram monopólio dos apoiantes do MUDE.
4.5 – José Júlio Cabaceira não sai imune desta trapalhada. Pôs o partido que comanda contra ele ao aceitar tal aliança contra natura. Não foi por falta de avisos de quem lhe quer bem sobre a necessidade de “correrem” sozinhos e contarem espingardas. Não ouviu ninguém. Parecia que andava hipnotizado. Resumindo, o desastre foi total. Agora já não vale a pena chorar.
4.6 – Agora vamos ao futuro próximo. Vamos ver se adivinho.
4.6.1 – Simão Dores vai desertar nos tempos mais próximos. Não acredito que se vá deslocar de armas e bagagens para Elvas para acabar em vereador sem pelouro.
4.6.2 – A senhora que se segue, dado a experiência política que tem, deverá ficar horrorizada com a ideia de o substituir e desertará também.
4.6.3 – Em que braços irão cair o bebé? Em José Júlio Cabaceira, fragilizado dentro do partido. Iremos assistir a uma revolução interna.
5 – Candidato Rondão Almeida
Que se pode dizer do candidato vencedor? Passeou! Limitou-se a passear e gerir a campanha ao seu belo prazer. Pôs em evidencia a obra feita, evitou fazer grandes promessas e “voi lá”.
Sobre o vencedor falaremos noutro dia.
Jacinto César
Caro anónimo
Serei um zero à esquerda em muita coisa. Não entenderei de política como muitos. Relativamente à inocência, bem, essa já se foi há muitos anos! Preocupe-se o meu amigo com o chão que pisa.
Jacinto César
Blogs de Elvas