Cada vez que deste governo vem a público alguma coisa relacionada com as Escolas é certo que temos disparate do grosso. Agora foi o plano brilhante apresentado pela DGS, no qual se propõe o teletrabalho dos professores e a distribuição de trabalhos por e-mail. Realmente é de quem não tem qualquer noção do que é o ensino. Então onde fica a relação pedagógica com os alunos, o acompanhamento próximo de cada um, a observação que permite detectar as suas dificuldades, a avaliação contínua a tão proclamada aposta na qualidade... Áh! Estava esquecido, isso não vem nas estatísticas!... Depois vem uma afirmação interessante “os pais podem vir a assumir o papel de educadores”. Pensava eu (santa ignorância), que os pais tinham que assumir sempre o papel de educadores, incutindo nos filhos princípios, respeito pelo próximo e normas de boa convivência e comportamento
Para além das questões pedagógicas e de desigualdade atrás descritas, colocam-se ainda outras de caris eminentemente prático:
Será que todos os alunos dispõem de computador e de acesso à internet?
E os professores, já não falo dos que estão em suas casa na qual terão eventualmente o SEU computador e o SEU acesso à internet, pago do SEU bolso, e que já estão habituados a que o Ministério da Educação, que não lhes fornece nem canetas, use e abuse dos seus equipamentos, da electricidade que consomem em suas casa e dos serviços net por si contratados, para efectuar trabalhos para o Ministério, mas e os que se encontram colocado por vezes a mais de
Há ainda uma outra questão que penso que não agradará muito aos pais. É que estando os respectivos filhos em casa a receber “aulas” via internet, quem toma conta deles?
Mais uma vez não se pensou minimamente antes de anunciar uma medida.
Como diz o povo cada tiro cada melro
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