Há qualquer coisa na água que não cheira bem e não me estou a referir propriamente ao cheiro dela, mesmo que por vezes não cheire nada bem!
Alguém já se pôs a fazer contas dos milhares de litros de água mineral que se vendem diariamente em Elvas? Pois são muitos! Ora bem, se a canalizada fosse de boa qualidade o que é que acontecia? A mineral deixava de se vender e o negócio do precioso líquido lá se ia! Entendem o que eu quero dizer, não entendem? É assim uma espécie de gato escondido com o rabo de fora! E que fazer? Entregar provavelmente a exploração do dito líquido a uma empresa privada. Bom negócio e que será melhor ainda se a qualidade (má) se mantiver, pois então o comércio continuará a vender as garrafinhas aos milhares. A das fontes públicas é o que se sabe: não presta (ou será que presta?) e garantidamente que jamais prestará. Quem tem furo, boa ou má tem que a pagar também!
Eu cá por mim desconfio que tanto faz que a exploração e comercialização seja pública como privada a “coisa” continuará sempre a cheirar mal, e ao fim e ao cabo quem continua a pagar é sempre o mesmo, ou seja, o comum dos cidadãos.
Sendo este um bem que a natureza nos deu e como tal devia ser de todos, desconfio que um dia deste tenhamos que andar de contador ao pescoço para pagarmos o ar que respiramos. Eu cá por mim já ando a treinar-me: respiro vez sim, vez não, não vá aqui também o diabo tecê-las.
Jacinto César
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