Uma delas refere-se ao (des)emprego. No tempo das vacas gordas, uma das bandeiras dos privados é o do Estado emagrecer à força e deixarem os negócios e a economia à iniciativa privada. Não sendo muito apologista do liberalismo económico, pois entendo que o estado deve ter em sua posse sectores estratégicos, até compreendo os empresários. O que já não entendo é que em tempos de vacas magras todos gritam pela ajuda do estado. Não se importa nestes tempos em ficar abrigado da tempestade à custa do estado.
Quero eu dizer com isto que, dependendo das “épocas” assim se é mais ou menos liberal. Depende do clima (económico).
A presente conjuntura tem sido extremamente desfavorável, e como todos sabemos, para o emprego tem sido trágico. Não tenho visto ou ouvido os defensores desse liberalismo saírem a terreiro dizerem que irão fazer sacrifícios, e que conjuntamente com o sacrifício dos trabalhadores, manteriam os empregos. O despedir está na ordem do dia. Opções!
Mas o que ainda mais estranho é o facto destes terem criticado tanto a Câmara Municipal de amealhar uns cobres e agora virem a criticar a mesma Câmara de distribuir dinheiro e empregos por estarmos em pré-campanha eleitoral. Eu pergunto, se não fosse a política de formiga da Câmara e não distribuísse AGORA a quem mais necessita, como é que uma parte dos nossos cidadãos estariam agora a viver? Para os liberais, talvez a assaltar bancos.
Palavra de honra que tenho muita dificuldade em entender tudo o que atrás disse.
Sei que alguns dos habituais comentaristas irão dizer que também eu me vendi ao poder. Pois digam! Eu, o que não queria era estar na pele de algumas centenas de pessoas, que a não serem atendidas, irão fatalmente passar necessidades.
Não sou, nem nunca fui socialista e nem acredito nesta doutrina que dizendo-se de esquerda tem actuado à moda da direita radical.
Sendo católico, acredito na doutrina social da Igreja em dar a que mais precisa. Nesse aspecto honra seja feita à Câmara Municipal de Elvas, que metendo água em muitos domínios, não se lhe pode apontar o dedo nas políticas sociais.
Jacinto César
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