Penso que a todos nós já aconteceu aquilo que de quando em vez me acontece. Por vezes ao ver na televisão um desafio de futebol em que as equipes nada me dizem e se uma delas é muito mais fraca em relação à outra, dou por mim e inconscientemente a torcer pela a inferiorizada. Outra coisa que se passa comigo e que já aqui manifestei mais que uma vez, é o meu fraquinho por Israel, apesar de alguns povos árabes também me caírem simpáticos.
Isto tudo vem a propósito de a semana passada o Papa ter “readmitido” um Bispo que tinha sido expulso da Igreja Católica e que costumava dizer em voz alta e para quem queria ouvir que não acreditava no HOLOCAUTO.
Que haja extremistas que o possam dizer, ainda o admito num contexto de paranóia anti-semita. Agora o Papa vir defender o Bispo é que não passa pela cabeça de ninguém, e a mim muito menos que sou católico.
Eu não sei se neste caso podemos somar 1 mais 1 e chegarmos a uma conclusão, mas que dá para desconfiar, lá isso dá. Julgo que todos, católicos e não católicos, têm muitas saudades do Papa João Paulo II, a quem nos habituamos ouvir sempre palavras de apaziguamento entre as várias religiões e o seu bom senso em lidar com questões melindrosas.
Acredito que o povo judeu tenha má fama em relação a tudo que diga respeito a cifrões e que façam por aí algumas patifarias. No entanto também acredito que não podemos confundir o individual com o todo, até porque tal como se passa noutros países e com outras religiões, nem todos os israelitas são judeus.
Sei que muitos não estarão de acordo comigo, mas convenhamos que os israelitas são um povo muito especial no que toca à defesa do seu país. Mais, confesso que por vezes tenho uma certa inveja por nós portugueses não sermos como eles. Por cá, mesmo que assim não o seja, tudo é mau e somos sempre piores que os outros povos. Só somos melhores se tivermos um carro melhor ou uma casa maior que o nosso vizinho, se ganharmos mais que o nosso companheiro de trabalho e coisas do género. Aí sim, pomo-nos sempre em bicos de pés. Confesso que tenho uma certa inveja do patriotismo (não confundir com nacionalismo) dos israelitas. Confesso que tenho uma certa inveja da sua coragem de enfrentarem tudo e todos, não passado de um país tão pequeno quanto o nosso. Confesso que por vezes tenho vergonha não do meu país, mas dos seus filhos.
O problema é mesmo esse, a inveja que muita gente tem do povo judeu. Essa inveja que em ti se traduz em admiração e em desejo que por cá tivéssemos a capacidade de realização deles, noutro é ódio por quem tem mais sucesso na vida. O ódio de quem não descobriu ainda que "o dicionário é único sítio onde sucesso vem antes de trabalho" com dizia há dias um amigo.
5 de Fevereiro de 2009 - 17:01 Manifestante atira sapato contra embaixador de Israel na Suécia ESTOCOLMO (Reuters) - O embaixador de Israel na Suécia tornou-se a mais recente figura pública a virar alvo de um manifestante atirando seus sapatos.
Autoridades da Universidade de Estocolmo disseram que uma pessoa presente a uma reunião de estudantes convocada esta semana para ouvir o embaixador israelense Benny Dagan explicar a eleição que acontecerá nos próximos dias em Israel atirou um sapato contra o embaixador.
"Durante o seminário, alguém atirou um sapato no embaixador", disse uma porta-voz da universidade, Maria Sandqvist.
"Era uma organização estudantil que promoveu um evento e convidou o embaixador para falar sobre a eleição próxima em Israel."
Em dezembro passado um jornalista iraquiano atirou seus dois sapatos contra o então presidente norte-americano George W. Bush, quando este fazia uma viagem de despedida do Iraque.
Na última segunda-feira, um manifestante atirou um sapato contra o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, quando ele fazia um discurso na Universidade Cambridge, na Inglaterra.
O grupo estudantil Associação de Políticas Externas, em Estocolmo, divulgou em seu site um comunicado lamentando o incidente.
"A violência nunca é solução", disse o comunicado.