As notícias dos últimos dias, referem-nos uma certa carta rogatória na qual a polícia inglesa, depois de indiciar o cidadão português José Sócrates Pinto de Sousa como suspeito por um crime de corrupção, solicita o acesso às contas do mesmo para investigação.
Não pode a justiça portuguesa, de acordo com a legislação em vigor, ordenar a quebra do sigilo bancário, situação que aliás já se colocou relativamente a outras investigações, mas que o legislador nunca quis alterar.
Qualquer cidadão pode no entanto, em defesa da sua honra, autorizar o levantamento do sigilo relativamente às suas contas e permitir uma investigação completa que permita estabelecer a sua inocência.
Que o cidadão José Sócrates Pinto de Sousa não queira dar a referida autorização, em defesa da sua honra, é uma decisão do seu foro pessoal que não podemos nem devemos contestar.
Quando o cidadão José Sócrates Pinto de Sousa é Primeiro-ministro de Portugal, o caso muda de figura!... É que não pode um país, em qualquer caso, muito menos numa situação de crise como esta, viver durante muito tempo com o seu Primeiro-ministro sob suspeita…por uma questão de credibilidade.
António Venâncio
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