Hoje e por acaso, li uma notícia oriunda de Espanha me deixou espantado, mas que por outro lado me despertou a consciência. A notícia referia-se ao aproveitamento num cemitério de uma localidade próxima de Barcelona, dos telhados dos blocos de cofres para a colocação de painéis solares que forneciam electricidade a 60 famílias nas proximidades do mesmo. Segundo parece a medida não foi lá muito bem aceite de início pelos familiares dos que aí estavam sepultados. Mas depois de dadas as explicações e verificados os resultados parece que tudo se acalmou. Com esta introdução, não vou aqui pedir que se faça o mesmo em Elvas, como poderia parecer. No entanto gostaria de acrescentar algo. Senhor Presidente da Câmara, presumo que a câmara seja proprietária de alguns terrenos no concelho. Ora bem, e se a câmara aproveitasse os ditos e investisse neles para a produção de energia? Pelo que todos conhecemos, já começou a usar a energia solar para alimentar os painéis solares que fornecem electricidade aos semáforos das freguesias rurais do concelho. E se fosse um bocado mais além? E se em cada freguesia fosse instalando pequenas centrais, que cresceriam a pouco e pouco, para alimentar de energia eléctrica as populações? Sei que o investimento é grande, mas as receitas em lugar de reverterem para a EDP, reverteriam para a câmara. Não seria este um investimento que se pagaria a ele próprio e num futuro seria uma fonte de rendimento? Mais, porque é que a câmara não procede à recolha dos óleos alimentares usados e produz o biodiesel que usaria na sua frota de carros? Dir-me-á que não é suficiente para toda a frota. Muito bem, mas daria para uma parte e estaria a contribuir para o ambiente de duas formas: 1 – os óleos alimentares usados não iriam parar aos esgotos e consequentemente facilitava a “vida” à ETAR; 2 – poupava no combustível, já que a transformação dos óleos alimentares são convertidos facilmente e com poucos custos e que a própria câmara podia fazer. Senhor Presidente, como presumo que queira modernizar a cidade, aqui tem um meio de dar um passo em frente nessa modernidade e não investir somente em projectos (que também fazem falta) economicamente não reprodutivos. Voltaremos ao tema mais em detalhe e por pessoas mais entendidas no assunto que eu. Jacinto César
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