Nestes últimos dias o tema da moda é o Orçamento Geral de Estado. Oiço uns e dizem uma coisa. Vem outros e dizem o contrário. E eu a ver navios. Aparecem economistas a dizer que as grandes obras públicas serão a salvação da economia, para logo de seguida virem outros dizer que serão o nosso enterro. Mas afinal em que ficamos? Aparecem uns políticos e dizer que o pior já passou e que até estamos já a recuperar em contra ponto com outros a dizer que o maior aperto do cinto ainda está para vir. Como é que é então?
Às vezes dou comigo a perguntar a mim próprio se não há gente demais a falar, ou antes, no nosso país parece-me que há mais gente com vontade de ser ouvido do que ouvir.
Desabou um telhado algures. As televisões aparecem como aves de rapina ávidas de sangue. O bombeiro dá a sua opinião do acontecido. A vizinha ali do lado aparece também a querer botar a “faladura”. Mas eis que chega o presidente da junta de freguesia, mais o padre, mais a criada do 5º andar, mais o miúdo que segundo a mãe só por milagre se escapou a quererem dar a sua opinião. É demais! E depois disto alguém ficou esclarecido? Eu não!
Ajudem-me que estou baralhado! Se no futebol se diz que há em cada português um potencial treinador, na política temos 10 milhões de futuros governantes. Estou confuso!
Já agora com o frio que está e com a chuva que tem caído, estamos em aquecimento global ou em arrefecimento? Até nisto ninguém se entende. Ajudem-me.
Jacinto César
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