1 – Neste primeiro caso são protagonistas os digníssimos deputados à Assembleia da República. Hoje mesmo o seu presidente convocou os chefes dos grupos parlamentares para que controlem as faltas dadas pelos senhores deputados. São tantas e por tão variados motivos que qualquer dia deixam o presidente a falar sozinho.
Sendo que os deputados são os representantes do povo, não seriam estes os primeiros a ter que dar o exemplo? Eu sei que a grande maioria têm um trabalho quase “escravo” e quando lá vão chegam tão cansados que ninguém lhes ouve o pio.
A notícia só peca pelo facto de não ter nada de original.
2 – O nosso “Bochechas”, mais conhecido por Mário Soares já há muito devia ter metido a viola no saco e reformar-se de vez, ou seja, manter-se calado.
Não é que esta grande figura republicana se deu ao luxo de hoje perguntar “mas afinal quem é que é o primeiro-ministro belga para ser o primeiro Presidente Europeu”?
Senhor Dr. Mário Soares, não acha que é muito feio ter dor de cotovelo? Ou será que ainda tinha esperança de ser convidado para o cargo. O senhor já reparou que nestes últimos anos tem desbaratado todo o capital político positivo que tinha acumulado? Já reparou que o Zé já está farto de ouvir os resultados da sua arteriosclerose? Oh homem, vá lá gozar a sua reforma e deixe-nos em paz.
3 – Sempre aqui defendi o referendo como o expoente máximo da democracia, e sempre admirei a Suiça pelo facto de aplicar com frequência a chamada democracia directa. Até aqui tudo bem. Só que desta vez abusaram. Lembraram-se de fazer um referendo sobre se as mesquitas existentes no país deveriam ter ou não minaretes. É o cúmulo da intolerância. Claro que os cem mil promotores do referendo são de origem germânica, ou seja, do cantão alemão. Deus me perdoe se estou a dizer um disparate, mas o povo alemão (ou de origem alemã) não perdeu os tiques de outrora. A sua mania de superioridade está patente nos inúmeros casos de racismo e xenofobia passados no país da cerveja. Não aprenderam a lição e penso que nunca aprenderão. È genético.
Jacinto César
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